Tratamento endovascular nos aneurismas verdadeiros e na dissecção aórtica do tipo B: fase intra-hospitalar, seguimento de médio prazo e uma reflexão sobre seleção de pacientes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000100010 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O tratamento endovascular das doenças da aorta é procedimento estabelecido, mas com resultados tardios e diferenças nos resultados entre diferentes grupos demográficos ainda desconhecidos. MÉTODO: No período de dezembro de 1996 a dezembro de 2004, 92 pacientes com aneurismas verdadeiros ou úlcera penetrante de aorta em posição torácica (G1) e 130 pacientes com dissecção aórtica do tipo B ou hematoma intramural (G2) foram submetidos a tratamento endovascular primário ou secundário. Na fase hospitalar, sucesso clínico foi considerado como exclusão da lesão, sem morte ou conversão cirúrgica. Falência tardia foi definida pela ocorrência de morte por qualquer causa, conversão cirúrgica ou reintervenção. RESULTADOS: A média de idade do G1 foi de 65 ± 11 anos e de 56 ± 11 anos no G2 (P < 0,0001). Quanto aos dados demográficos, destacou-se a alta frequência de acidente vascular cerebral prévio no G1 (8,7% vs. 0; P = 0,0007). Sucesso clínico do procedimento foi obtido em 71% do G1 e em 84% dos pacientes do G2 (P = 0,02), com maior mortalidade intra-hospitalar no G1 (14% vs. 4,6%; P = 0,01). Complicações neurológicas foram semelhantes (6,5% vs. 3%; P = 0,32), com discreto predomínio de paraplegia no G1 (3,2% vs. 0,8%; P = 0,3). Em seguimento de 33 ± 27 meses, falência tardia foi atingida em 60% (28/47) dos pacientes do G1 e em 43% (31/74) do G2 (P = 0,09). CONCLUSÃO: Resultados em pacientes com aneurismas verdadeiros submetidos a tratamento endovascular são discretamente inferiores aos de pacientes com dissecção aórtica do tipo B. Isso pode ser explicado pelas diferenças demográficas entre os grupos e pelas dificuldades técnicas inerentes à anatomia. O conhecimento dessas peculiaridades permite a melhor seleção de pacientes nos quais o procedimento será eficaz em reduzir a mortalidade. |
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Tratamento endovascular nos aneurismas verdadeiros e na dissecção aórtica do tipo B: fase intra-hospitalar, seguimento de médio prazo e uma reflexão sobre seleção de pacientesAneurisma aórticoContenedoresAorta torácicaImplante de prótese vascularINTRODUÇÃO: O tratamento endovascular das doenças da aorta é procedimento estabelecido, mas com resultados tardios e diferenças nos resultados entre diferentes grupos demográficos ainda desconhecidos. MÉTODO: No período de dezembro de 1996 a dezembro de 2004, 92 pacientes com aneurismas verdadeiros ou úlcera penetrante de aorta em posição torácica (G1) e 130 pacientes com dissecção aórtica do tipo B ou hematoma intramural (G2) foram submetidos a tratamento endovascular primário ou secundário. Na fase hospitalar, sucesso clínico foi considerado como exclusão da lesão, sem morte ou conversão cirúrgica. Falência tardia foi definida pela ocorrência de morte por qualquer causa, conversão cirúrgica ou reintervenção. RESULTADOS: A média de idade do G1 foi de 65 ± 11 anos e de 56 ± 11 anos no G2 (P < 0,0001). Quanto aos dados demográficos, destacou-se a alta frequência de acidente vascular cerebral prévio no G1 (8,7% vs. 0; P = 0,0007). Sucesso clínico do procedimento foi obtido em 71% do G1 e em 84% dos pacientes do G2 (P = 0,02), com maior mortalidade intra-hospitalar no G1 (14% vs. 4,6%; P = 0,01). Complicações neurológicas foram semelhantes (6,5% vs. 3%; P = 0,32), com discreto predomínio de paraplegia no G1 (3,2% vs. 0,8%; P = 0,3). Em seguimento de 33 ± 27 meses, falência tardia foi atingida em 60% (28/47) dos pacientes do G1 e em 43% (31/74) do G2 (P = 0,09). CONCLUSÃO: Resultados em pacientes com aneurismas verdadeiros submetidos a tratamento endovascular são discretamente inferiores aos de pacientes com dissecção aórtica do tipo B. Isso pode ser explicado pelas diferenças demográficas entre os grupos e pelas dificuldades técnicas inerentes à anatomia. O conhecimento dessas peculiaridades permite a melhor seleção de pacientes nos quais o procedimento será eficaz em reduzir a mortalidade.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2009-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000100010Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.17 n.1 2009reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972009000100010info:eu-repo/semantics/openAccessAlves,Claudia M. RodriguesFonseca,José Honório Palma daSouza,José Augusto M.Kim,Hyung ChunEsher,GuilhermeBuffolo,Êniopor2012-08-20T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972009000100010Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-20T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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