Achados histológicos em 48 pacientes transplantados do fígado: biópsias do enxerto pós-reperfusão (tempo zero) e de três a 15 dias pós-transplante
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442002000400009 |
Resumo: | Introdução: As relações entre a morfologia do enxerto transplantado e a do período pós-transplante são importantes no acompanhamento dos pacientes e no direcionamento dos tratamentos instituídos. Objetivo: Analisar os achados histológicos do enxerto hepático em biópsiasrealizadas pós-reperfusão (tempo zero) e naquelas realizadas de três a 15 dias pós-transplante. Materiais e métodos: Noventa e seis biópsias de 48 pacientes foram selecionadas por terem sido colhidas no tempo zero (pós-reperfusão) e no período compreendido entre o terceiro e o 15º dia pós-transplante, com identificação das lesões hepatocitárias degenerativas, necrose e atividadeinflamatória. As biópsias pós-transplante foram ainda graduadas quanto ao índice de atividade de rejeição (IAR), segundo o consenso de Banff. Resultados: Osachados histopatológicos mais freqüentes nas biópsias pós-reperfusão foram de degeneração hidrópica discreta (acometimento de até 50% dos hepatócitos) em 87,5% dos casos e necrose focal intralobular (lítica, apoptose) presente em 75% dos pacientes, em graus variáveis. Nas biópsiasrealizadas pós-transplante encontrou-se degeneração hidrópica discreta também em 87,5% dos casos e rejeição aguda em 38 (79,2%) pacientes. Nestas biópsias com rejeição aguda, chamou atenção a intensidade da agressão a ductos biliares em graus moderado (2) e acentuado (3) presentes em 42,1% dos casos, enquanto a endotelialite portal, nestas mesmas intensidades, ocorreu em 21,05%. Conclusão: Nossos dados evidenciaram lesões relacionadas à preservação (lesões do tipo harvesting) nas biópsias pós-reperfusão. As biópsias pós-transplante revelaram índice de rejeição morfológica na maioria dos casos, como evidenciado na literatura, destacando-se aqui a intensidade da agressão a ductos biliares. |
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Achados histológicos em 48 pacientes transplantados do fígado: biópsias do enxerto pós-reperfusão (tempo zero) e de três a 15 dias pós-transplanteTransplante de fígadoRejeição agudaEndotelialite portalAgressão ductalIntrodução: As relações entre a morfologia do enxerto transplantado e a do período pós-transplante são importantes no acompanhamento dos pacientes e no direcionamento dos tratamentos instituídos. Objetivo: Analisar os achados histológicos do enxerto hepático em biópsiasrealizadas pós-reperfusão (tempo zero) e naquelas realizadas de três a 15 dias pós-transplante. Materiais e métodos: Noventa e seis biópsias de 48 pacientes foram selecionadas por terem sido colhidas no tempo zero (pós-reperfusão) e no período compreendido entre o terceiro e o 15º dia pós-transplante, com identificação das lesões hepatocitárias degenerativas, necrose e atividadeinflamatória. As biópsias pós-transplante foram ainda graduadas quanto ao índice de atividade de rejeição (IAR), segundo o consenso de Banff. Resultados: Osachados histopatológicos mais freqüentes nas biópsias pós-reperfusão foram de degeneração hidrópica discreta (acometimento de até 50% dos hepatócitos) em 87,5% dos casos e necrose focal intralobular (lítica, apoptose) presente em 75% dos pacientes, em graus variáveis. Nas biópsiasrealizadas pós-transplante encontrou-se degeneração hidrópica discreta também em 87,5% dos casos e rejeição aguda em 38 (79,2%) pacientes. Nestas biópsias com rejeição aguda, chamou atenção a intensidade da agressão a ductos biliares em graus moderado (2) e acentuado (3) presentes em 42,1% dos casos, enquanto a endotelialite portal, nestas mesmas intensidades, ocorreu em 21,05%. Conclusão: Nossos dados evidenciaram lesões relacionadas à preservação (lesões do tipo harvesting) nas biópsias pós-reperfusão. As biópsias pós-transplante revelaram índice de rejeição morfológica na maioria dos casos, como evidenciado na literatura, destacando-se aqui a intensidade da agressão a ductos biliares.Sociedade Brasileira de Patologia Clínica2002-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442002000400009Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial v.38 n.4 2002reponame:Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)instname:Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)instacron:SBP10.1590/S1676-24442002000400009info:eu-repo/semantics/openAccessCastro,Alexandre Fonseca deCastro,Lúcia Porto Fonseca deLeite,Virginia Hora RiosPaulino Júnior,EduardoLima,Agnaldo SoaresGazzola,LucianaToppa,Nivaldo Hartungpor2003-01-21T00:00:00Zoai:scielo:S1676-24442002000400009Revistahttp://www.scielo.br/jbpmlhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jbpml@sbpc.org.br1678-47741676-2444opendoar:2003-01-21T00:00Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online) - Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)false |
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