Avaliação do estado nutricional das crianças índias do Alto Xingu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal de Pediatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000500008 |
Resumo: | Objetivo: determinar o estado nutricional e estimar a composição corporal de crianças índias do Parque Nacional do Xingu, associando antropometria e impedância bioelétrica. Casuística e Métodos: foram avaliadas 164 crianças índias (89 meninas e 75 meninos), com idade desconhecida, por meio da antropometria e da mensuração da impedância bioelétrica. A partir das medidas de peso e estatura, chegou-se ao escore z do indicador de peso/estatura. Para as estimativas da composição corporal, foram utilizadas duas equações baseadas nos valores da resistência obtidos pela impedância bioelétrica. Os dados obtidos foram comparados com valores de referência internacionalmente aceitos. Resultados: a mediana do escore z do indicador peso/estatura foi 0,59 (meninos) e 0,46 (meninas) (p=0,27), respectivamente. No grupo estudado, apenas 1,8% apresentou escore z menor que -2 desvios-padrão, e 3% apresentou escore z maior que 2 desvios-padrão. A média dos valores da resistência bioelétrica encontrados foram: 625,4±79,2 Ohms (meninas), e 588,8±68,9 Ohms (meninos) (p<0,01). Os valores percentuais da composição corporal calculados para meninas foram: 14,2% massa corporal gordurosa (MCG) e 85,8% massa magra (MM) e 11,7% MCG e 88,3% MM. Para os meninos, obtiveram-se os seguintes valores: 14,9% MCG e 85,1% MM, e 10,3% MCG e 89,7% MM. Conclusões: os resultados mostram baixas taxas de desnutrição atual e obesidade, além de valores de composição corporal próximos do esperado. Os dados obtidos pela impedância bioelétrica para composição corporal realçam a boa condição nutricional das crianças estudadas, o que nos leva a crer que, ainda que sob influência da cultura ocidental, as crianças do Parque Nacional do Xingu vêm preservando seu estado nutricional ao longo das últimas três décadas. |
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