Triagem diagnóstica da hepatopatia da fibrose cística

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fagundes,Eleonora D.T.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Roquete,Mariza L.V., Penna,Francisco J., Reis,Francisco J.C., Duque,Cristiano G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000500009
Resumo: Objetivo: determinar a prevalência de alterações clínicas e bioquímicas sugestivas de hepatopatia na população de fibrocísticos atendidos no ambulatório de fibrose cística do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, descrever o grupo de hepatopatas e compará-lo com o de não-hepatopatas, em relação a diversas variáveis clínicas e laboratoriais. Métodos: estudo descritivo, resultante da avaliação prospectiva e, parcialmente, retrospectiva de 106 fibrocísticos. A doença hepática foi definida pela presença de hepatomegalia (>2,5cm da reborda costal direita) firme, e/ou esplenomegalia, e/ou aumento persistente e significativo (>1,5 vezes o limite superior da normalidade, por pelo menos seis meses) de pelo menos duas das enzimas hepáticas (AST, ALT, GGT e FA). Resultados: hepatomegalia foi verificada em sete pacientes (6,6%), e esplenomegalia em cinco (4,7%). A atividade da AST mostrou-se alterada em 18,9% dos pacientes, ALT em 9,4%, GGT em 11,3% e FA em 46,2%. Elevações significativas e persistentes das enzimas hepáticas ocorreram em nove pacientes (8,5%). Dez fibrocísticos (9,4%) preencheram os critérios de hepatopatia. Foram excluídas outras causas de doença hepática. A média de idade dos pacientes com alterações sugestivas de hepatopatia foi de 7,7 anos. Houve predominância absoluta do sexo masculino. Todos os pacientes permanecem assintomáticos. Conclusões: a prevalência da hepatopatia associada à fibrose cística foi de 9,4%. A maior freqüência de elevações transitórias e pouco significativas das enzimas hepáticas é bem documentada na literatura. A sua significância como preditor de hepatopatia ainda não foi determinada. No entanto, esses achados ressaltam a necessidade de avaliações seqüenciais para a definição dos casos de hepatopatia na fibrose cística.
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