Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Maria Christina L. A.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Oliveira,Benigna M., Murao,Mitiko, Vieira,Zilma Maria, Gresta,Letícia T., Viana,Marcos B.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000100012
Resumo: OBJETIVO: A anemia hemolítica auto-imune é caracterizada pela produção de auto-anticorpos contra antígenos de superfície das hemácias. O objetivo do estudo foi identificar as características clínicas, imunológicas e evolutivas dos pacientes com anemia hemolítica auto-imune acompanhados no serviço de hematologia pediátrica do HC-UFMG e no Hemocentro de Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram avaliadas 17 crianças menores de 15 anos, diagnosticadas entre 1988 e 2003. O diagnóstico de anemia hemolítica auto-imune foi baseado no quadro de hemólise adquirida e confirmado por meio do teste de Coombs direto poliespecífico. Os dados clínicos, demográficos, laboratoriais e referentes à evolução dos pacientes foram obtidos retrospectivamente nos prontuários médicos. RESULTADOS: A mediana de idade ao diagnóstico foi de 10,5 meses. O teste de Coombs direto poliespecífico foi positivo em 13 pacientes e negativo em quatro. Em 14 pacientes, foi realizado o teste de Coombs direto monoespecífico. Nestes, a classe de anticorpo mais freqüente foi IgG (cinco pacientes), seguida pela IgM em dois. Em 13 (76%) pacientes, a anemia foi considerada grave, o que tornou necessária a hemotransfusão. Em quatro pacientes, foi identificada uma doença de base: lúpus eritematoso sistêmico, linfoma de Hodgkin, hepatite auto-imune e histiocitose de células de Langerhans. Os demais casos foram considerados como primários. A mediana de seguimento foi de 11 meses (5 a 23 meses). Ocorreram três óbitos, sendo dois após esplenectomia e um pela doença de base. CONCLUSÃO: A anemia hemolítica auto-imune é rara em crianças e adolescentes. Apesar de apresentar resposta ao corticóide e imunoglobulina, casos fatais têm sido relatados. O prognóstico é pior na presença de uma doença crônica de base.
id SBPE-1_d582d073a6134d445a7107da417c394a
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572006000100012
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivoAnemia hemolítica auto-imuneteste de Coombs diretoOBJETIVO: A anemia hemolítica auto-imune é caracterizada pela produção de auto-anticorpos contra antígenos de superfície das hemácias. O objetivo do estudo foi identificar as características clínicas, imunológicas e evolutivas dos pacientes com anemia hemolítica auto-imune acompanhados no serviço de hematologia pediátrica do HC-UFMG e no Hemocentro de Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram avaliadas 17 crianças menores de 15 anos, diagnosticadas entre 1988 e 2003. O diagnóstico de anemia hemolítica auto-imune foi baseado no quadro de hemólise adquirida e confirmado por meio do teste de Coombs direto poliespecífico. Os dados clínicos, demográficos, laboratoriais e referentes à evolução dos pacientes foram obtidos retrospectivamente nos prontuários médicos. RESULTADOS: A mediana de idade ao diagnóstico foi de 10,5 meses. O teste de Coombs direto poliespecífico foi positivo em 13 pacientes e negativo em quatro. Em 14 pacientes, foi realizado o teste de Coombs direto monoespecífico. Nestes, a classe de anticorpo mais freqüente foi IgG (cinco pacientes), seguida pela IgM em dois. Em 13 (76%) pacientes, a anemia foi considerada grave, o que tornou necessária a hemotransfusão. Em quatro pacientes, foi identificada uma doença de base: lúpus eritematoso sistêmico, linfoma de Hodgkin, hepatite auto-imune e histiocitose de células de Langerhans. Os demais casos foram considerados como primários. A mediana de seguimento foi de 11 meses (5 a 23 meses). Ocorreram três óbitos, sendo dois após esplenectomia e um pela doença de base. CONCLUSÃO: A anemia hemolítica auto-imune é rara em crianças e adolescentes. Apesar de apresentar resposta ao corticóide e imunoglobulina, casos fatais têm sido relatados. O prognóstico é pior na presença de uma doença crônica de base.Sociedade Brasileira de Pediatria2006-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000100012Jornal de Pediatria v.82 n.1 2006reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572006000100012info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Maria Christina L. A.Oliveira,Benigna M.Murao,MitikoVieira,Zilma MariaGresta,Letícia T.Viana,Marcos B.por2006-04-20T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572006000100012Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2006-04-20T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
title Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
spellingShingle Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
Oliveira,Maria Christina L. A.
Anemia hemolítica auto-imune
teste de Coombs direto
title_short Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
title_full Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
title_fullStr Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
title_full_unstemmed Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
title_sort Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo
author Oliveira,Maria Christina L. A.
author_facet Oliveira,Maria Christina L. A.
Oliveira,Benigna M.
Murao,Mitiko
Vieira,Zilma Maria
Gresta,Letícia T.
Viana,Marcos B.
author_role author
author2 Oliveira,Benigna M.
Murao,Mitiko
Vieira,Zilma Maria
Gresta,Letícia T.
Viana,Marcos B.
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira,Maria Christina L. A.
Oliveira,Benigna M.
Murao,Mitiko
Vieira,Zilma Maria
Gresta,Letícia T.
Viana,Marcos B.
dc.subject.por.fl_str_mv Anemia hemolítica auto-imune
teste de Coombs direto
topic Anemia hemolítica auto-imune
teste de Coombs direto
description OBJETIVO: A anemia hemolítica auto-imune é caracterizada pela produção de auto-anticorpos contra antígenos de superfície das hemácias. O objetivo do estudo foi identificar as características clínicas, imunológicas e evolutivas dos pacientes com anemia hemolítica auto-imune acompanhados no serviço de hematologia pediátrica do HC-UFMG e no Hemocentro de Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram avaliadas 17 crianças menores de 15 anos, diagnosticadas entre 1988 e 2003. O diagnóstico de anemia hemolítica auto-imune foi baseado no quadro de hemólise adquirida e confirmado por meio do teste de Coombs direto poliespecífico. Os dados clínicos, demográficos, laboratoriais e referentes à evolução dos pacientes foram obtidos retrospectivamente nos prontuários médicos. RESULTADOS: A mediana de idade ao diagnóstico foi de 10,5 meses. O teste de Coombs direto poliespecífico foi positivo em 13 pacientes e negativo em quatro. Em 14 pacientes, foi realizado o teste de Coombs direto monoespecífico. Nestes, a classe de anticorpo mais freqüente foi IgG (cinco pacientes), seguida pela IgM em dois. Em 13 (76%) pacientes, a anemia foi considerada grave, o que tornou necessária a hemotransfusão. Em quatro pacientes, foi identificada uma doença de base: lúpus eritematoso sistêmico, linfoma de Hodgkin, hepatite auto-imune e histiocitose de células de Langerhans. Os demais casos foram considerados como primários. A mediana de seguimento foi de 11 meses (5 a 23 meses). Ocorreram três óbitos, sendo dois após esplenectomia e um pela doença de base. CONCLUSÃO: A anemia hemolítica auto-imune é rara em crianças e adolescentes. Apesar de apresentar resposta ao corticóide e imunoglobulina, casos fatais têm sido relatados. O prognóstico é pior na presença de uma doença crônica de base.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000100012
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000100012
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572006000100012
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.82 n.1 2006
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122316302581760