A tuberculose na infância e na adolescência é difícil de diagnosticar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho Filho,João Carlos
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Caribé,Marwal Araújo, Caldas,Simone Castro Couto, Martins Netto,Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132011000300003
Resumo: OBJETIVO: Determinar a sensibilidade do sistema de escore proposto pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2002 para o diagnóstico de crianças e adolescentes com suspeita de tuberculose. MÉTODOS: Entre 1997 e 2007, 316 crianças e adolescentes (0-14 anos de idade) com diagnóstico de tuberculose pulmonar no Instituto Brasileiro de Investigação da Tuberculose, em Salvador (BA), foram incluídos no presente estudo retrospectivo. Foram revisados os prontuários médicos e as radiografias de tórax dos pacientes, e os escores foram calculados. RESULTADOS: A maioria dos sujeitos (80,4%) tinha história de contato domiciliar com adultos com BAAR positivo nos últimos dois anos. O teste tuberculínico foi negativo em 11 sujeitos (3,5%). Conforme o sistema de escore, 251 (79,4%) muito provavelmente tinham tuberculose (escores &gt; 40), 63 (19,9%) possivelmente tinham tuberculose (escores entre 30 e 35) e 2 (0,7%) pouco provavelmente tinham tuberculose (escores < 25). A sensibilidade desse sistema de escore foi de 99,3%, com um ponto de corte de 30. CONCLUSÕES: Em nossa amostra, a sensibilidade do sistema de escore foi alta para o ponto de corte selecionado. Com um ponto de corte de 40, 20% dos sujeitos não teriam sido tratados. Portanto, escores entre 30 e 35 são críticos para a definição diagnóstica. Uma avaliação clínica judiciosa deve prevalecer para a decisão de tratar esses pacientes. Com um ponto de corte de 30, 30% dos indivíduos com outras patologias seriam tratados para tuberculose. Isto enfatiza a necessidade de melhores métodos diagnósticos para a tuberculose
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