Aspiração de corpo estranho em crianças: aspectos clínicos, radiológicos e tratamento broncoscópico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga,Andrea de Melo Alexandre
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Reis,Marcelo Conrado dos, Zambon,Mariana Porto, Toro,Ivan Contrera, Ribeiro,José Dirceu, Baracat,Emilio Carlos Elias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132008000200003
Resumo: OBJETIVO: Descrever manifestações clínicas e tratamento broncoscópico da aspiração de corpo estranho em crianças menores de 14 anos de idade, correlacionando com achados broncoscópicos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo analisando prontuários de todas as crianças menores de 14 anos de idade atendidas no Hospital das Clinicas da Universidade Estadual de Campinas de janeiro de 2000 a dezembro de 2005, submetidas à broncoscopia por suspeita clínica de aspiração de corpo estranho. RESULTADOS: Foram analisados 69 pacientes, com idade entre 8 meses e 12 anos/7 meses (75,4% abaixo de 3 anos), dos quais 62,3% eram do sexo masculino. A principal queixa foi tosse súbita (75,4%). Em 74% dos casos houve alteração de ausculta pulmonar e dispnéia foi observada em 20 crianças (29%). Um total de 88% apresentou alteração radiológica. A aspiração ocorreu predominantemente em pulmão direito (54,8%), com material de origem vegetal, destacando feijão e amendoim (30,7%). Complicações ocorreram em 29% dos pacientes, sendo pneumonia a mais comum, e foram associadas ao tempo maior de aspiração (p = 0,03). Um total de 7 pacientes (10,1%) necessitaram ventilação mecânica, e 5 (7,2%) foram submetidos a mais de uma broncoscopia. CONCLUSÃO: História clínica com início súbito de engasgo e tosse, anormalidades na ausculta pulmonar e na radiografia de tórax caracterizam o quadro clínico de aspiração e são indicativas de broncoscopia. Quanto maior o tempo de aspiração, maior o risco de complicações. A alta prevalência de corpos estranhos de origem vegetal alerta para a necessidade de programas preventivos dirigidos aos menores de 3 anos.
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