Rap: a voz da resistência em sala de aula
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/4916 |
Resumo: | Este artigo apresenta uma proposta de aplicação didática de letras do rap nacional, para as últimas séries do Ensino Fundamental, inserindo-o na escola, de modo a valorizar esse gênero poético/musical, compreendido, aqui, como forma de expressão e resistência dos segmentos juvenis e jovens da classe social trabalhadora. Essa abordagem didática do rap também se justifica por acreditarmos que o estilo musical traz para o ambiente escolar, ainda no calor da hora, a efetividade das periferias de onde esses grupos provêm. Na sala de aula, as práticas, os desafios, as lutas, os medos e as esperanças dessa efetividade, plasmada no rap, contêm energias que podem ser força motriz para os alunos problematizá-la questioná-la e ultrapassá-la, quando for possível. Para além da apreciação meramente gustativa o rap pode também proporcionar momentos de debate e de reflexão sobre os espaços de vivências, práticas e valores da vida social e seu entorno. Com a aplicação desta proposta julgamos também poder incentivar a leitura literária e a produção escrita dos alunos e colaborar para que eles encontrem a si mesmos, para além dos estreitos roteiros e estereótipos traçados pelo “establishment”, e reciclem seu aparato cognitivo-afetivo, percebendo condições de possiblidades dentro da divisão internacional do trabalho, imposta a países como o Brasil. Para essa discussão, inicialmente são abordados, de forma sucinta, alguns aspectos referentes à escola, à leitura e às contradições existentes nessa instituição secular, com base teórica em Gnerre (1994), Soares (2005), Orlandi (1998) e Zilbermam (1999). Em seguida, destaca a origem do rap, suas peculiaridades e possibilidades de abordagens pedagógicas, tomando como base os estudos de Duarte, Guimarães e Andrade (1999), Fonseca (2011), entre outros. Na sequência, duas letras de rap nacional são analisadas e complementadas com sugestões de encaminhamentos metodológicos, finalizando com algumas considerações sobre o trabalho aqui exposto. |
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Rap: a voz da resistência em sala de aulaEste artigo apresenta uma proposta de aplicação didática de letras do rap nacional, para as últimas séries do Ensino Fundamental, inserindo-o na escola, de modo a valorizar esse gênero poético/musical, compreendido, aqui, como forma de expressão e resistência dos segmentos juvenis e jovens da classe social trabalhadora. Essa abordagem didática do rap também se justifica por acreditarmos que o estilo musical traz para o ambiente escolar, ainda no calor da hora, a efetividade das periferias de onde esses grupos provêm. Na sala de aula, as práticas, os desafios, as lutas, os medos e as esperanças dessa efetividade, plasmada no rap, contêm energias que podem ser força motriz para os alunos problematizá-la questioná-la e ultrapassá-la, quando for possível. Para além da apreciação meramente gustativa o rap pode também proporcionar momentos de debate e de reflexão sobre os espaços de vivências, práticas e valores da vida social e seu entorno. Com a aplicação desta proposta julgamos também poder incentivar a leitura literária e a produção escrita dos alunos e colaborar para que eles encontrem a si mesmos, para além dos estreitos roteiros e estereótipos traçados pelo “establishment”, e reciclem seu aparato cognitivo-afetivo, percebendo condições de possiblidades dentro da divisão internacional do trabalho, imposta a países como o Brasil. Para essa discussão, inicialmente são abordados, de forma sucinta, alguns aspectos referentes à escola, à leitura e às contradições existentes nessa instituição secular, com base teórica em Gnerre (1994), Soares (2005), Orlandi (1998) e Zilbermam (1999). Em seguida, destaca a origem do rap, suas peculiaridades e possibilidades de abordagens pedagógicas, tomando como base os estudos de Duarte, Guimarães e Andrade (1999), Fonseca (2011), entre outros. Na sequência, duas letras de rap nacional são analisadas e complementadas com sugestões de encaminhamentos metodológicos, finalizando com algumas considerações sobre o trabalho aqui exposto.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2019-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/491610.13102/cl.v20i2.4916A Cor das Letras; v. 20 n. 2 (2019): Ensino de Língua e Literatura; 38-532594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/4916/pdfCopyright (c) 2019 Universidade Estadual de Feira de Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, Valdeci Batista de MeloBoniatti, André2020-02-06T19:00:24Zoai:ojs3.uefs.br:article/4916Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2020-02-06T19:00:24A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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