Vida, criação e linguagem enquanto acontecimento em O amor louco, de André Breton
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
Texto Completo: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000234768 |
Resumo: | Esta tese consiste numa proposição de leitura de O Amor Louco, do surrealista francês André Breton, com o objetivo de evidenciar o que há de revolucionário na narrativa poética segundo o pensamento do próprio autor nos Manifestos do Surrealismo, assim como em Nadja e em Arcano 17. A perspectiva revolucionária da proposição bretoniana, por sua vez, guarda uma relação significativa com o pensamento fenomenológico do filósofo alemão Martin Heidegger, cujas investigações buscam o sentido de ser. O propósito de ambos, por caminhos distintos, coloca em relevo a crítica ao que há de alienante e crônico no projeto moderno de civilização, ainda hoje vigente, o que atesta a atualidade de suas ideias e a consequente necessidade de retomá-las. Em termos metodológicos, a proposição de leitura ora apresentada se dará a partir do encontro, na narrativa poética bretoniana, com a perspectiva da não dualidade, sendo um dos objetivos da tese demonstrá-la como uma visão, apontada pelo próprio autor, o que torna possível o paralelo com o pensamento heideggeriano. Estruturalmente, a tese está dividida em duas partes. No capítulo introdutório da primeira parte, busca-se contextualizar o pensamento bretoniano desde o âmbito do surrealismo, chegando às possibilidades de relação com a perspectiva heideggeriana. Nos capítulos seguintes, intitulados, respectivamente, Amor e Plano da Linguagem, são pormenorizados aspectos basilares da tese, evidenciando as relações entre vida, criação e linguagem enquanto acontecimento a partir do destaque do amor como uma experiência transfiguradora. A segunda parte consiste na proposição de leitura inicialmente mencionada e também está subdivida em capítulos. No primeiro deles, intitulado O Amor Louco, apresentamos a perspectiva dos principais autores para a constituição do caminho trilhado, assim como algumas considerações sobre a constituição da narrativa a partir da experiência não dual com a linguagem, com a qual Breton tende à totalidade, uma de suas premissas. Nesse mesmo capítulo, a partir do tópico Fundação, iniciamos a proposição de leitura, propriamente dita, da narrativa poética, enlevando o pensamento que considera o amor como experiência de radicalidade na transfiguração do estado de coisas vigente. Nos dois capítulos seguintes, Centralidade e Desdobramentos, temos a sequência da leitura conforme a configuração de OAL, permeada por considerações a partir do pensamento dos principais autores desta caminhada. Nesses, que podem ser considerados os momentos mais analíticos da tese, as questões evidenciadas na primeira parte são retomadas, tendo como eixo, sobretudo, a narrativa poética. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisVida, criação e linguagem enquanto acontecimento em O amor louco, de André BretonLife, creation, and language as an event in André Breton's Mad love2021-09-17Marta Dantas da Silva . Claudio Jorge Willer Giovanni Jan Giubilato Frederico Augusto Garcia Fernandes Regina Célia dos Santos AlvesVanessa Tavares da SilvaUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras.URLBREsta tese consiste numa proposição de leitura de O Amor Louco, do surrealista francês André Breton, com o objetivo de evidenciar o que há de revolucionário na narrativa poética segundo o pensamento do próprio autor nos Manifestos do Surrealismo, assim como em Nadja e em Arcano 17. A perspectiva revolucionária da proposição bretoniana, por sua vez, guarda uma relação significativa com o pensamento fenomenológico do filósofo alemão Martin Heidegger, cujas investigações buscam o sentido de ser. O propósito de ambos, por caminhos distintos, coloca em relevo a crítica ao que há de alienante e crônico no projeto moderno de civilização, ainda hoje vigente, o que atesta a atualidade de suas ideias e a consequente necessidade de retomá-las. Em termos metodológicos, a proposição de leitura ora apresentada se dará a partir do encontro, na narrativa poética bretoniana, com a perspectiva da não dualidade, sendo um dos objetivos da tese demonstrá-la como uma visão, apontada pelo próprio autor, o que torna possível o paralelo com o pensamento heideggeriano. Estruturalmente, a tese está dividida em duas partes. No capítulo introdutório da primeira parte, busca-se contextualizar o pensamento bretoniano desde o âmbito do surrealismo, chegando às possibilidades de relação com a perspectiva heideggeriana. Nos capítulos seguintes, intitulados, respectivamente, Amor e Plano da Linguagem, são pormenorizados aspectos basilares da tese, evidenciando as relações entre vida, criação e linguagem enquanto acontecimento a partir do destaque do amor como uma experiência transfiguradora. A segunda parte consiste na proposição de leitura inicialmente mencionada e também está subdivida em capítulos. No primeiro deles, intitulado O Amor Louco, apresentamos a perspectiva dos principais autores para a constituição do caminho trilhado, assim como algumas considerações sobre a constituição da narrativa a partir da experiência não dual com a linguagem, com a qual Breton tende à totalidade, uma de suas premissas. Nesse mesmo capítulo, a partir do tópico Fundação, iniciamos a proposição de leitura, propriamente dita, da narrativa poética, enlevando o pensamento que considera o amor como experiência de radicalidade na transfiguração do estado de coisas vigente. Nos dois capítulos seguintes, Centralidade e Desdobramentos, temos a sequência da leitura conforme a configuração de OAL, permeada por considerações a partir do pensamento dos principais autores desta caminhada. Nesses, que podem ser considerados os momentos mais analíticos da tese, as questões evidenciadas na primeira parte são retomadas, tendo como eixo, sobretudo, a narrativa poética.This thesis proposes the reading of Mad Love, by the French surrealist André Breton, aiming to point out what is revolutionary in the poetic narrative according to the thought of the author himself, expressed in the Manifestos of Surrealism as well as in Nadja and Arcane 17. The revolutionary perspective of Breton's proposition, in turn, has a significant relationship with Martin Heideggers phenomenological thought on the meaning of being. The purpose of both authors, though in different ways, highlights the criticism of what is alienating and chronic in the modern civilization project, still in force today, which attests to the actuality of their ideas and the consequent need to revisit them. In methodological terms, the proposed reading will be established on the connection between Bretons poetic narrative and a philosophical-phenomenological approach, which we are calling an ontic-ontological perspective. One of the aims of the thesis is to demonstrate that Breton himself embraced this perspective, which makes it possible to draw a parallel with Heideggers thought. Structurally, the thesis consists of two parts. In the introductory chapter of the first part, we contextualize Bretons thoughts on surrealism, approaching the possibilities of a relationship with Heideggers perspective. In the following chapters, Love and Plan of Language, respectively, we delineate the central aspects of this thesis, evidencing the relationship between life, creation, and language as an event from the emphasis on love as a transfiguring experience. The second part consists of the reading proposition mentioned and consists of five chapters. In the first, Mad Love, the consideration of love as an experience of radicality in the transfiguration of the state of things in force guides our reading. In the second, we highlight the constitution of the narrative from the non-dual experience with language, with which Breton tends to totality, one of his premises. In the following three, we divide our reading according to the configuration presented. In what may be considered the most analytical moment of the thesis, the questions addressed in the first part are revisited, having as axis, above all, the poetic narrative.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000234768porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:31:42Zoai:uel.br:vtls000234768Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2021-11-23T12:00:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Esta tese consiste numa proposição de leitura de O Amor Louco, do surrealista francês André Breton, com o objetivo de evidenciar o que há de revolucionário na narrativa poética segundo o pensamento do próprio autor nos Manifestos do Surrealismo, assim como em Nadja e em Arcano 17. A perspectiva revolucionária da proposição bretoniana, por sua vez, guarda uma relação significativa com o pensamento fenomenológico do filósofo alemão Martin Heidegger, cujas investigações buscam o sentido de ser. O propósito de ambos, por caminhos distintos, coloca em relevo a crítica ao que há de alienante e crônico no projeto moderno de civilização, ainda hoje vigente, o que atesta a atualidade de suas ideias e a consequente necessidade de retomá-las. Em termos metodológicos, a proposição de leitura ora apresentada se dará a partir do encontro, na narrativa poética bretoniana, com a perspectiva da não dualidade, sendo um dos objetivos da tese demonstrá-la como uma visão, apontada pelo próprio autor, o que torna possível o paralelo com o pensamento heideggeriano. Estruturalmente, a tese está dividida em duas partes. No capítulo introdutório da primeira parte, busca-se contextualizar o pensamento bretoniano desde o âmbito do surrealismo, chegando às possibilidades de relação com a perspectiva heideggeriana. Nos capítulos seguintes, intitulados, respectivamente, Amor e Plano da Linguagem, são pormenorizados aspectos basilares da tese, evidenciando as relações entre vida, criação e linguagem enquanto acontecimento a partir do destaque do amor como uma experiência transfiguradora. A segunda parte consiste na proposição de leitura inicialmente mencionada e também está subdivida em capítulos. No primeiro deles, intitulado O Amor Louco, apresentamos a perspectiva dos principais autores para a constituição do caminho trilhado, assim como algumas considerações sobre a constituição da narrativa a partir da experiência não dual com a linguagem, com a qual Breton tende à totalidade, uma de suas premissas. Nesse mesmo capítulo, a partir do tópico Fundação, iniciamos a proposição de leitura, propriamente dita, da narrativa poética, enlevando o pensamento que considera o amor como experiência de radicalidade na transfiguração do estado de coisas vigente. Nos dois capítulos seguintes, Centralidade e Desdobramentos, temos a sequência da leitura conforme a configuração de OAL, permeada por considerações a partir do pensamento dos principais autores desta caminhada. Nesses, que podem ser considerados os momentos mais analíticos da tese, as questões evidenciadas na primeira parte são retomadas, tendo como eixo, sobretudo, a narrativa poética. |
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