Concepção de alfabetização em documentos que se referem às salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa (SEED-PR)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Onieski, Simone Bueno
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2480
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo principal analisar os documentos que dão suporte ao trabalho na Sala de Apoio à Aprendizagem (Programa SUED/SEED/PR), procurando observar qual concepção de alfabetização está presente nesses textos. Os documentos analisados são os seguintes: a) Resolução nº 1690/2011 GS/SEED; b) Instrução nº 05/2017 SUED/SEED; c) Ficha de encaminhamento. Também verificamos se há, e quais são, os direcionamentos apontados para superação de dificuldades de aprendizagem em língua materna e fazemos um levantamento da legislação das SAA (2004 a 2017) observando em que sentido as mudanças nesses documentos significam avanços ou retrocessos. Como referencial teórico para discutir a temática da alfabetização e, principalmente, a noção de sistema de escrita alfabética (SEA) nos baseamos em Cagliari (2008), Ferreiro (2011, 2012), Morais (2012) e Soares (2016). Para discussão sobre letramento, em Kleiman (2007). A metodologia de pesquisa utilizada foi a da pesquisa bibliográfica e documental dentro da perspectiva qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 2015). Os dados analisados demonstraram que a ficha de encaminhamento aponta para uma concepção de alfabetização baseada no SEA como forma de compreender a natureza das defasagens na alfabetização dos alunos das SAA. Entre os direcionamentos para superação de dificuldades identificamos referência à ampliação do tempo de permanência na escola (PARANÁ, 2011) e a atribuição de uma sobrecarga de responsabilidades aos profissionais que atuam nas SAA (PARANÁ, 2017). A comparação entre os documentos das SAA, que vigoraram entre os anos de 2004 e 2017, revelou uma descontinuidade das disposições (no que diz respeito aos anos atendidos, número de alunos, escolha das escolas), o que consideramos fragilizar o trabalho que acaba não tendo uma continuidade.