Pode a “traficada” falar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Venson, Anamaria Marcon
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Pedro, Joana Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/5667
Resumo: Neste artigo discutimos a definição de tráfico de pessoas colocada no código penal brasileiro e suas relações com sensos proibitivos da prostituição. Para pensar essa questão, fazemos uso de epistemologias feministas que apontam como essa discursividade se arranja em torno da noção de passividade e debilidade feminina. Parece haver um certo consenso entre as pessoas treinadas para combater o tráfico de pessoas a respeito do argumento de que um dos empecilhos ao seu trabalho é que as vítimas não se reconhecem como vítimas. Neste artigo, nós problematizamos tal argumento explicativo e mostramos como ele é, ao mesmo tempo, efeito e reforço da embaraçosa definição de tráfico colocada no código penal.
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