Composição nutricional do casco da Tartaruga-da-Amazônia Podocnemis expansa (Schwegger,1812)

• Autor(a) principal: Aline Telles Lima
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Relatório
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
• Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1685
• topic: Pescado de água doce; Carapaça de quelônio; CIÊNCIAS AGRÁRIAS: RECURSOS PESQUEIROS E ENGENHARIA DE PESCA

O interesse na criação comercial da Tartaruga-da-Amazônia já vem desde os anos setenta, por se tratar de uma espécie silvestre e de grande procura para o consumo regional, e o principal avanço nesse sentido deu-se com a legislação específica para a criação e a comercialização deste quelônio (BRASIL, 1992; BRASIL, 1996). Desse modo, 10% dos filhotes produzidos em áreas naturais de desovas foram disponibilizados para a criação em cativeiro e a comercialização somente pode ser efetuada com animais a partir de 1,50 kg de peso vivo. Mas a escassez de informações científicas/tecnológicas sobre a tartaruga-da-amazônia dificulta seu cultivo em escala comercial para abastecer a demanda de sua carne, muito apreciada nos centros urbanos do Amazonas (LIMA, 1998). O casco da tartaruga-da-amazônia é um subproduto de abate até então não comestível, utilizado na fabricação de objetos e artesanatos. É formado pela fusão das costelas e coluna vertebral. Alguns autores o classificam como um tecido vivo, com função de defesa e estocagem de nutrientes durante períodos de adversidade, podendo ser o responsável pela longevidade da ordem Chelonia (ZANGERL, 1969). Considerando a importância da tartaruga-da-Amazônia como fonte alimentícia para as populações das Regiões Norte e Centro-Oeste brasileiras, o grande volume de subprodutos de abate da espécie descartado e a elevada carência nutricional das populações ribeirinhas, este trabalho pretende, avaliar quantitativamente a composição nutricional, do casco da P. expansa, com fins de utilização deste subproduto para ração animal.