A praxis coletiva do MST e a construção da sociabilidade nos assentamentos do MST na Chapada Diamantina - Ba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trabuco, Gismalia Luiza Passos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19164
Resumo: O trabalho analisa o hábitus dos assentados e sua relação com os referenciais de sociabilidade introduzidos pela práxis do MST, observando se a condição de assentado do MST opera uma re-semantização das relações anteriormente vivenciadas, fazendo-os experimentar novas formas de relacionamento com a propriedade da terra. Nos 03 assentamentos do MST na Chapada Diamantina/BA pôde-se observar que, mesmo não produzindo um efeito dissolvente dos padrões tradicionais de sociabilidade, o MST desestabiliza alguns referenciais historicamente normatizadores no “campo” rural, configurando-se como mediatizador de novas formas de se relacionar com a propriedade da terra. Porém, o vínculo entre as “disposições” e a “orientação” é precário, pois a atuação dos assentados não corresponde integralmente aos propósitos do MST. Ainda assim, o processo de reelaboração do hábitus se dá num ritmo diferenciado dos processos “espontâneos” de transformação cultural, devido a intencionalidade presente na práxis do Movimento. The work analyzes the habitués of the settled people and its relationship with the references of sociability inserted by the MST praxis, observing whether the condition of a MST settled person operates on a re-significance of the previous relationships, making them improve their relation with the land property. Inside the 03 MST settlements at Chapada Diamantina/BA, although without producing an effect that dissolves the traditional sociability standards, it was possible to see that the MST disestablishes some of the references that use to be historical standards in the rural “field” , being something which mediates new sorts of relation with the land property. But the linkage between the “dispositions” and the “orientation” is precarious because the activity of the settled people does not correspond to the MST purposes integrally. In spite of that, the hábitus re-elaboration process occurs according to a different time from the “spontaneous” processes of cultural change, due to the intentionality that is present in the Movement praxis.
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Porém, o vínculo entre as “disposições” e a “orientação” é precário, pois a atuação dos assentados não corresponde integralmente aos propósitos do MST. Ainda assim, o processo de reelaboração do hábitus se dá num ritmo diferenciado dos processos “espontâneos” de transformação cultural, devido a intencionalidade presente na práxis do Movimento. The work analyzes the habitués of the settled people and its relationship with the references of sociability inserted by the MST praxis, observing whether the condition of a MST settled person operates on a re-significance of the previous relationships, making them improve their relation with the land property. Inside the 03 MST settlements at Chapada Diamantina/BA, although without producing an effect that dissolves the traditional sociability standards, it was possible to see that the MST disestablishes some of the references that use to be historical standards in the rural “field” , being something which mediates new sorts of relation with the land property. But the linkage between the “dispositions” and the “orientation” is precarious because the activity of the settled people does not correspond to the MST purposes integrally. 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