Investigação sobre associação entre ácaros da poeira, atopia, manifestações alérgicas e infecções intestinais helmínticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus, Joilson Ramos
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20230
Resumo: O papel de ácaros da poeira na determinação da forma clínica de alergia não tem sido muito estudado. Muitos relatos da literatura mostram uma associação negativa entre infecções por helmintos e alergia, entretanto estes resultados ainda são controversos. Neste estudo objetivou-se estudar os papéis do Blomia tropicalis e do Dermatophagoides pteronyssinus como agentes de atopia e alergia e possíveis associações entre atopia, alergia e helmintíases, em indivíduos de uma população de classe socioeconômica baixa, de Salvador-BA. O inquérito foi realizado utilizando questionário fase I do ISAAC. Dentre os 513 indivíduos entrevistados durante visitas domiciliares, 300 compareceram voluntariamente ao ambulatório implementado no bairro e foram submetidos ao teste cutâneo (TC) para aeroalérgenos e punção de sangue para hemograma e ELISA para detecção de IgG4 anti- Ascaris lumbricoides e IgE anti-B. tropicalis. Amostras de fezes foram coletadas para exames parasitológicos. Altas prevalências de sintomas de doenças alérgicas (asma e rinite) foram encontradas nesta população. A prevalência de reatividade ao TC para um ou mais dos alérgenos testados foi de 31,4%, sendo o B. tropicalis o aeroalérgeno mais freqüentemente encontrado (15,9%), seguido por D. pteronyssinus (12,1%) e Periplaneta americana (7,9%). IgE anti-B. tropicalis foi detectada em 40,9% dos indivíduos. Níveis de eosinófilos acima de 4% e 10% foram verificados em 78,1% e 36,2% da população do estudo respectivamente, sem, contudo se associar com alergia e atopia. Sintomas de asma associaram-se diretamente com TC positivo para D. pteronyssinus e sintomas de asma e rinite recente associaram-se com TC positivo para alérgenos de B. tropicalis. A reatividade ao teste cutâneo para B. tropicalis foi associada positivamente com a presença de IgE anti-B. tropicalis porém a correlação não foi perfeita. Utilizando estes dois marcadores de atopia, foram identificados quatro subgrupos de indivíduos nesta população e, através de “Western-blot” para detecção de IgE anti-B. tropicalis, verificou-se que apenas os dois subgrupos que apresentavam IgE no ELISA eram também positivos no “Western-blot”. A maioria das bandas detectadas nos dois grupos foram similares, porém o grupo com TC positivo reconheceu mais três bandas ausentes nos soros do grupo com TC negativo. Helmintíase intestinal ocorreu em 34,9% dos indivíduos, sendo A. lumbricoides, Trichuris trichiura e ancilostomídeos os helmintos mais prevalentes. Taxas de eosinófilos > 10% associaram-se diretamente com a presença de algum helminto intestinal, de A. lumbricoides e de Trichuris trichiura. Apenas 15,5% dos indivíduos desta população apresentaram carga parasitária elevada para A. lumbricoides. Taxas de eosinófilos >10% ocorreram em 36,2% da população estudada e não estavam associadas á sintomas ou teste cutâneo com aeroalérgenos, porém associaram-se positivamente com a presença de qualquer helminto, A. lumbricoides e T. trichiura. A presença dos marcadores de parasitoses (opg > 2600; presença de IgG4 anti-Ascaris e eosinófilos >10%) associou-se inversamente com positividade ao TC para B. tropicalis e á IgE anti-B. tropicalis (TCB+ IgE+), porém associou-se diretamente com a ausência de reatividade ao TC e presença de IgE-B. tropicalis (TCB+ IgE-). Os dados deste estudo vão de encontro a estudos anteriores feitos em Salvador que encontraram o D. pteronyssinus como o alérgeno mais importante e corroboram estudos anteriores mostrando que B. tropicalis é um dos principais aeroalérgenos das regiões tropicais. Na população estudada, a IgE sérica específica para B. tropicalis não traduziu o estado atópico. A diminuição de reatividade ao TC para D. pteronyssinus e para B. tropicalis na presença de infecções helmínticas, indica um provável efeito imunomodulador destes parasitos sobre as reações alérgicas.
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Os dados deste estudo vão de encontro a estudos anteriores feitos em Salvador que encontraram o D. pteronyssinus como o alérgeno mais importante e corroboram estudos anteriores mostrando que B. tropicalis é um dos principais aeroalérgenos das regiões tropicais. Na população estudada, a IgE sérica específica para B. tropicalis não traduziu o estado atópico. 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