Maré subiu, maré desceu: louvores a Santo Amaro de Cacha Pregos no trânsito festivo para Jaguaripe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Célia Conceição Sacramento
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24319
Resumo: Resumo As festas ocupam um lugar de destaque no contexto histórico e cultural das expressões culturais tradicionais da Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos. Estão relacionadas às experiências humanas, ao cultivo de repertórios, que vinculam o simbólico, o imaginário, os rituais, construindo, assim, uma teia de significados que remetem às trajetórias de vida dos ilhéus. O estudo marca um rito espetacular, a terça-feira da Festa de Santo Amaro de Cacha Pregos, em Vera Cruz - Ilha de Itaparica, no trânsito devocional festivo de Cacha Pregos para Jaguaripe. Essa experiência coletiva torna oportuno o encontro de saveiristas, festeiras e brincantes, num cortejo lúdico que coloca em cena práticas cotidianas dos nativos, seus enredos e suas histórias, reunidos para venerar o Senhor Santo Amaro, padroeiro de Cacha Pregos. As referências geosociais são o município de Vera Cruz e o município de Jaguaripe. A brincadeira difunde fortes raízes de um rico acervo cultural da Bahia. Entrelaçar os fios da festa representa, então, resignificar a ordem prevista nas ações ordinárias da vida, invertendo-as para privilegiar o momento, onde o brincar é uma estratégia para trazer o sonho e deixá-lo fluir no cotidiano, a forma de fazer emergir uma 'segunda vida'. Ao longo do tempo, as transformações da vida insular, como o afastamento das práticas cotidianas dos insulares, o distanciamento das referências geosociais, o escasso compartilhamento das experiências de vida entre os nativos, que era um dos fatores de coesão grupal, poderão resultar em alterações, na medida em que esses princípios eram os pilares que fundamentavam a festa. A labuta cotidiana da pesca e o trabalho com as embarcações vêm perdendo espaço com o surgimento de outras formas de trabalho, principalmente entre os mais jovens. Essa nova ambiência, que vem se tornando mais visível nas últimas décadas, pode repercutir na tessitura da festa, em meio a uma complexidade de fatores específicos e outros decorrentes da contemporaneidade.
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spelling Gomes, Célia Conceição SacramentoMatos, Edilene DiasPereira, Cláudio LuizSilva, Andréa BetâniaMatos, Rita de Cássia AragãoSeverino, José Roberto2017-10-03T17:37:25Z2017-10-032017-08-10Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24319Resumo As festas ocupam um lugar de destaque no contexto histórico e cultural das expressões culturais tradicionais da Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos. Estão relacionadas às experiências humanas, ao cultivo de repertórios, que vinculam o simbólico, o imaginário, os rituais, construindo, assim, uma teia de significados que remetem às trajetórias de vida dos ilhéus. O estudo marca um rito espetacular, a terça-feira da Festa de Santo Amaro de Cacha Pregos, em Vera Cruz - Ilha de Itaparica, no trânsito devocional festivo de Cacha Pregos para Jaguaripe. Essa experiência coletiva torna oportuno o encontro de saveiristas, festeiras e brincantes, num cortejo lúdico que coloca em cena práticas cotidianas dos nativos, seus enredos e suas histórias, reunidos para venerar o Senhor Santo Amaro, padroeiro de Cacha Pregos. As referências geosociais são o município de Vera Cruz e o município de Jaguaripe. A brincadeira difunde fortes raízes de um rico acervo cultural da Bahia. Entrelaçar os fios da festa representa, então, resignificar a ordem prevista nas ações ordinárias da vida, invertendo-as para privilegiar o momento, onde o brincar é uma estratégia para trazer o sonho e deixá-lo fluir no cotidiano, a forma de fazer emergir uma 'segunda vida'. Ao longo do tempo, as transformações da vida insular, como o afastamento das práticas cotidianas dos insulares, o distanciamento das referências geosociais, o escasso compartilhamento das experiências de vida entre os nativos, que era um dos fatores de coesão grupal, poderão resultar em alterações, na medida em que esses princípios eram os pilares que fundamentavam a festa. A labuta cotidiana da pesca e o trabalho com as embarcações vêm perdendo espaço com o surgimento de outras formas de trabalho, principalmente entre os mais jovens. Essa nova ambiência, que vem se tornando mais visível nas últimas décadas, pode repercutir na tessitura da festa, em meio a uma complexidade de fatores específicos e outros decorrentes da contemporaneidade.Abstract The parties have a place of prominence in the historical and cultural context of the traditional cultural expressions of Itaparica Island, in the Todos os Santos Bay. they are related to the human experiences, to the culture of repertoires that links the symbolic one, the imaginary one, the rituals, constructing a tissue of meanings that sends to the islanders trajectories of life. The study marks a spectacular rite, the Tuesday of Saint Amaro of Cacha Pregos Party, in Vera Cruz - Itaparica Island, in the festive devotional transit of Cacha Pregos for Jaguaripe. This collective experience makes opportune the meeting of “saveiristas”, “festeiras” and “brincantes”, in one playful procession that places in scene the daily practices of the natives, with their plats and their histories, congregated for to venerate The Lord Amaro Saint, patron of Cacha Pregos. The local and social references are the city of Vera Cruz and the city of Jaguaripe. The “brincadeira” spreads out the strong roots of a rich cultural heap of Bahia. Then, to interlace wires of the party represents to give a new meaning to the foreseen order in the common shares of life, inverting them to privilege the moment when playing is a strategy to bring the dream for the daily one, the way to make to emerge one “second life”. Throughout the time, the life of islanders transformations as the removal of daily practices of islanders, the distance of the local and social references, the scarce sharing of life experiences between the natives that was one of the factors of group cohesion, will be able to result in alterations, while these principles were the pillars that based the party. The daily drudgery of fishes and the work with the boats comes losing space with the sprouting of other forms of work, mainly enters youngest. This new atmosphere that in the last decades is becoming more visible can re-echo in the party tessiture party, between a complexity of specific factors and other ones from the contemporariness.Résumé Les fêtes ont une place de premier plan dans le contexte historique et culturel des expressions culturelles traditionnelles de l'île d'Itaparica, dans la baie de Tous les Saints. Elles sont liées à des expériences humaines, à l’entretien de répertoires qui lient le symbolique à l’imaginaire ainsi qu’aux rituels qui construisent une toile de significations renvoyant aux trajectoires de vies des insulaires.Cette étude marque un rite spectaculaire, le mardi de la fête de Saint Amaro de Cacha Pregos à Vera Cruz - Île d’Itaparica lors de la circulation de dévotion festive à Jaguaripe. Cette expérience collective rend opportune la rencontre de navigateurs, participants et joueurs lors d’un cortège ludique qui met en scène les pratiques quotidiennes des natifs, leurs intrigues et histoires, réunis pour vénérer Saint Amaro, Saint patron de Cacha Pregos. Les références géo- sociales sont: le municipe de Vera Cruz et le municipe de Jaguaripe. Le jeu répand les fortes racines du riche patrimoine culturel de Bahia. Entrelacer les fils de la fête veut alors dire donner un nouveau sens aux actions ordinaires de la vie, en les inversant pour privilégier le moment où le jeu est une stratégie afin d’amener le rêve dans le quotidien, comme une façon de faire émerger une «seconde vie». Au fil du temps, les transformations de la vie de l’île, comme l’éloignement des pratiques quotidiennes des insulaires tout comme les références géo-sociales, le manque de partage des expériences de vie entre les natifs - qui était l'un des facteurs de cohésion du groupe- peut entraîner des changements dans la mesure où ces principes étaient les piliers sur lesquels se basaient la fête. Le labeur quotidien de la pêche ainsi que le travail avec les embarcations ont perdu du terrain avec l'émergence d'autres formes de travail, en particulier chez les jeunes. Ce nouvel environnement qui devient plus visible au cours des dernières décennies peut se répercuter sur l’aspect de la fête au milieu d'une complexité de facteurs spécifiques et d'autres découlant de la contemporanéité.Submitted by Célia Conceição Sacramento Gomes (cscgomes@uol.com.br) on 2017-10-02T17:38:54Z No. of bitstreams: 1 TESE Célia CSG pub_online.pdf: 2027323 bytes, checksum: a2eed6b94e2977a227652a52d745a65e (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2017-10-03T17:37:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE Célia CSG pub_online.pdf: 2027323 bytes, checksum: a2eed6b94e2977a227652a52d745a65e (MD5)Made available in DSpace on 2017-10-03T17:37:25Z (GMT). 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