Experiências reprodutivas de mulheres com anemia falciforme

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Aline Silva Gomes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12741
Resumo: As experiências reprodutivas são tomadas, neste estudo, como o início da atividade sexual, uso de métodos contraceptivos, experiências com gestações, parto, puerpério e histórias de abortamento.Determinou-se como objetivo geral, analisar as experiências reprodutivas de mulheres com anemia falciforme e, como objetivos específicos, caracterizar o perfil das mulheres com anemia falciforme e suas experiências reprodutivas; descrever as experiências das mulheres com anemia falciforme com relação à gravidez, parto e puerpério e caracterizar as experiências reprodutivas das mulheres com anemia falciforme, com ênfase no abortamento. Trata-se de um estudo qualitativo. A coleta de dados foi realizada na Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e em Ambulatório de um hospital público, referência para pessoas com doença falciforme localizado no município de Salvador/Ba. Utilizou-se a entrevista semiestruturada, orientada por roteiros específicos. Os dados foram organizados utilizando-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Participaram 25 mulheres, a maioria 25% na faixa etária de 41-45 anos, 36%, são solteiras 24%, casadas, a cor de maior predominância, a preta (56%), 52%, naturais do município de Salvador e 48% das mulheres são naturais do interior da Bahia. Quanto à renda familiar 52% têm apenas um salário mínimo. Das 25 mulheres, 16% são aposentadas devido às complicações da anemia falciforme, e 28% recebem o benefício de prestação continuada (BPC). Quanto ao grau de instrução, 44% têm ensino médio completo. Apenas 16% afirmam não ter religião, 48% são católicas e 36% são protestantes. Em relação ao perfil reprodutivo a faixa etária da primeira menstruação está entre os 14-17 anos (48%), e a idade da primeira relação sexual, entre os 18–19 anos; 44% das mulheres têm apenas um filho, 20% não têm filhos, mas tiveram experiências reprodutivas como aborto ou natimorto, 44%, tiveram apenas uma gestação, 36%, pelo menos, um aborto, 24% vivenciaram história obstétrica de natimorto. Sobre a descoberta tardia da doença e suas limitações observou-se que a anemia falciforme apresenta uma série de complicações que, desde a infância, impõem limitações, geram dificuldades para inserção no mercado de trabalho, na escola, nos diversos âmbitos do convívio social. O despreparo dos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento da doença, bem como a ausência de rede de apoio familiar implicam a não aceitação da doença. Quanto às experiências reprodutivas, entende-se que as alterações da autoimagem e da autoestima comprometem a vivência da sexualidade, também, que as crenças da infertilidade contidas nos discursos dos profissionais de saúde influenciam na saúde reprodutiva. Identificam-se complicações durante a gestação, o medo do parto e do puerpério, devido á pela ausência de maternidade de referência. Os discursos trazem os dilemas sobre a decisão do aborto provocado, o desejo conflituoso de ser ou não ser mãe e a tristeza e a decepção decorrentes do aborto espontâneo. A temática em foco vem sendo objeto de discussão no âmbito das políticas públicas em saúde. Para que se possam viabilizar tais políticas, faz-se necessário buscar o sentido da expressão gravidez de alto risco. A opção por ter filhos, embora com risco, deve ser assegurada com uma assistência pré-natal de qualidade.
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A coleta de dados foi realizada na Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e em Ambulatório de um hospital público, referência para pessoas com doença falciforme localizado no município de Salvador/Ba. Utilizou-se a entrevista semiestruturada, orientada por roteiros específicos. Os dados foram organizados utilizando-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Participaram 25 mulheres, a maioria 25% na faixa etária de 41-45 anos, 36%, são solteiras 24%, casadas, a cor de maior predominância, a preta (56%), 52%, naturais do município de Salvador e 48% das mulheres são naturais do interior da Bahia. Quanto à renda familiar 52% têm apenas um salário mínimo. Das 25 mulheres, 16% são aposentadas devido às complicações da anemia falciforme, e 28% recebem o benefício de prestação continuada (BPC). Quanto ao grau de instrução, 44% têm ensino médio completo. Apenas 16% afirmam não ter religião, 48% são católicas e 36% são protestantes. Em relação ao perfil reprodutivo a faixa etária da primeira menstruação está entre os 14-17 anos (48%), e a idade da primeira relação sexual, entre os 18–19 anos; 44% das mulheres têm apenas um filho, 20% não têm filhos, mas tiveram experiências reprodutivas como aborto ou natimorto, 44%, tiveram apenas uma gestação, 36%, pelo menos, um aborto, 24% vivenciaram história obstétrica de natimorto. Sobre a descoberta tardia da doença e suas limitações observou-se que a anemia falciforme apresenta uma série de complicações que, desde a infância, impõem limitações, geram dificuldades para inserção no mercado de trabalho, na escola, nos diversos âmbitos do convívio social. O despreparo dos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento da doença, bem como a ausência de rede de apoio familiar implicam a não aceitação da doença. 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