A REDESCRIÇÃO DO FILÓSOFO: O IRONISTA LIBERAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Edna Maria Magalhães do
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Gonçalves e Sá, Júlio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Dialectus
Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/61583
Resumo: O objetivo deste trabalho consiste em compreender o termo filosófico “ironista liberal” criado por Rorty que caracteriza a figura do pensador contemporâneo, imerso no mundo das redescrições. Pretende-se compreender neste artigo como Rorty descreve o teórico ironista. Sabe-se que ele usa um tipo particular de ironista. O filósofo ironista tem o papel de subverter os cânones da tradição platônica e kantiana, por isso, a teoria ironista tem também uma função terapêutica, isto é, compreender a força da narrativa metafísica cujo desejo é teorizar para que a filosofia possa se livrar totalmente desta tradição. A solução que Rorty apresenta para se opor a filosofia fundacionista e à filosofia do especialista tem no ironista liberal um ponto de apoio. Após a publicação de A Filosofia e o Espelho da Natureza (1979) Rorty se dedicou ao trabalho de redescrição do filósofo e apresentou a figura do ‘ironista liberal’. Nessa redescrição o ironista liberal é aquele que entende que suas crenças e desejos mais centrais são contingenciais, rejeita o modelo de uma ordem dada para além do tempo e da mudança e não compreende a linguagem como "representação da realidade", mas enquanto vários jogos linguisticos. Esta guinada em direção a uma filosofia social, nos termos deweyanos, contém um forte apelo ético e humanista.
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