A URGÊNCIA DO PRESENTE: ATITUDE CRÍTICA E ÉTICA DA LIBERDADE EM MICHEL FOUCAULT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/33222 |
Resumo: | Este trabalho parte do deslocamento – apontado por Frédéric Gros – no qual as análises foucaultianas desenvolvem uma nova concepção de subjetividade, verdade e filosofia. As implicações deste deslocamento são inúmeras e remetem principalmente aos conceitos de atitude crítica e ética da liberdade. A crítica é entendida como uma atitude filosófica que precisa ser reativada frequentemente, por problematizar as relações entre saber/poder/sujeito, sem pressupor nenhum privilégio cognitivo; e a ética entendida como o trabalho pelo qual o sujeito constitui a si mesmo. Ambas são vistas como exercícios de liberdade. Uma liberdade cujo alicerce é a possibilidade concreta de um questionamento constante da verdade e uma transformação permanente do sujeito. A liberdade, para Foucault, é algo que só existe em ato, uma prática que recebe sua significação na medida em que é exercida. A ideia a ser defendida aqui é a de que a atitude crítica com seu caráter ético pressupõe uma problematização permanente de nossas verdades, uma construção constante de nossas subjetividades e uma filosofia que atenda aos apelos da nossa atualidade. Assim como a liberdade; sujeito, verdade e filosofia são práticas que só fazem sentido na medida em que são efetivamente articuladas. É neste contexto que podemos diagnosticar e compreender o presente, para que, através de uma filosofia crítica e uma ética da liberdade, possamos mudar aquilo que nos pareça necessário ser mudado. O presente urge por novas práticas de liberdade, mas elas possuem o cuidado de si como pré-requisito, ou seja, só podemos fazer sua ontologia em termos de práticas de liberdade que pressupõem uma transformação do sujeito através de relações nas quais ele se engaja livremente. |
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