Brucelose canina: uma revisão prática para o clínico veterinário de pequenos animais

• Autor(a) principal: Rodrigues, Ramon Tadeu Galvão Alves; Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Bezerra, José Artur Brilhante; Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)., Medeiros, Vitor Brasil; Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)., Filgueira, Kilder Dantas; Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista brasileira de higiene e sanidade animal
• Texto Completo: http://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/678
• topic: Brucella canis, cães; infertilidade, abortamento, saúde pública.

A brucelose é uma doença bacteriana, causada pelo gênero Brucella, que compromete diversas espécies de mamíferos domésticos dentre as quais se destaca a espécie canina. Uma das fontes principais de contaminação corresponde ao contato direto com tecido expelido ou secreções genitais de cadelas que abortaram recentemente. A infecção por Brucella em cães causa várias manifestações clínicas. Em cadelas gestantes infectadas, pode resultar em óbito embrionário, aborto e subsequente descarga vaginal prolongada. Nos machos, a infecção está associada à epididimite, dermatite escrotal, atrofia testicular e infertilidade. Embora muitos cães infectados sejam clinicamente normais, poderá haver comprometimento da função reprodutiva, sendo assim um fator negativo para os animais que compõem programas de reprodução. O método de diagnóstico mais utilizado corresponde à sorologia, em que podem ser citados os testes de soro aglutinação rápida em placa, aglutinação em tubo e imunodifusão em ágar gel. As alternativas de tratamento incluem cursos concomitantes e repetidos de terapia antimicrobiana e também castração dos soropositivos. Dentre as medidas de prevenção e controle, pode-se citar o controle sorológico de cães reprodutores e de animais que venham a ser introduzidos em canis, bem como a utilização de desinfetantes para eliminação do agente infeccioso, das excreções dos soropositivos, presentes no ambiente. No contexto de saúde pública, o cão foi por muito tempo negligenciado como fonte de infecção para a espécie humana, embora possua um potencial zoonótico comprovado, além de um reflexo negativo sobre a economia.