Itinerários formativos na BNCC: sentidos em mídias digitais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Aline Maria dos Santos
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Cortes, Gerenice Ribeiro de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Letras Raras
Texto Completo: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/938
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar o discurso inscrito em materialidades digitais sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, com foco nos Itinerários Formativos. Ancora-se teoricamente nos pressupostos da Análise de Discurso de filiação pecheuxtiana; mobilizamos, dentre outras, as noções de discurso, posição-sujeito, discurso logicamente estabilizado e silenciamento. Ademais, temos as contribuições das áreas de Educação e Ciências Sociais. O corpus é constituído por seis materialidades discursivas: dois fragmentos da BNCC sobre os Itinerários; três recortes de uma notícia sobre a BNCC/Itinerários; e um print com cinco comentários acerca da notícia. Os resultados apontam que o discurso da BNCC/Itinerários funciona com efeitosde flexibilização do currículo e liberdade de escolha dos alunos; porém, nesses ditos funcionam muitos não-ditos e outros sentidos são silenciados, tais como, diversidades regionais; desigualdade social; ausência de políticas governamentais adequadas para a educação; precárias condições de trabalho, além de diversas questões acerca da conjuntura social que interferem na dinâmica dos Itinerários e produzem determinações no processo educacional. Os sentidos se movimentam em/nas rede(s) midiáticas digitais, e nesse funcionamento discursivo, é possível observar que o discurso governamental, em anuência com o discurso pedagógico, busca impor uma posição-sujeito de defesa da BNCC, com efeitos de sentidos de que as orientações do documento trarão soluções aos problemas educacionais do país; entretanto, como a língua se constitui da falha, instauram-se também em/nas redes confrontos discursivos, resistência e contestação; afinal, como afirma Pêcheux (2014c), o sentido sempre pode ser outro.
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