Entre a razão e a paixão: o mito ovidiano de Píramo e Tisbe revisitado em Romeu e Julieta, de Shakespeare

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Jorge Alves
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Caldas, Viviane Moraes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Letras Raras
Texto Completo: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1940
Resumo: O presente artigo tem como objetivo realizar uma análise de duas obras literárias: Romeu e Julieta de William Shakespeare e o mito Píramo e Tisbe, presente no livro IV das Metamorfoses do poeta latino Ovídio. Ao comparar os dois textos, investigamos seus aspectos trágicos à luz do Estoicismo, como proposto pelo filósofo e tragediógrafo latino Sêneca. Os principais aportes teóricos são os textos de Sêneca, Cícero e Brun (1986) para as discussões acerca do Estoicismo; Aristóteles, Ubersfeld (2010) e Brait (1980) para as considerações acerca da personagem e do trágico; Bate e Rasmussen (2007) e Heliodora (2016) para discussões sobre Shakespeare; Closel (2011), Lucas (1922), e Lohner e Freitas (2014) para orientar as considerações acerca da influência latina no teatro Elisabetano. Consideramos que as personagens responsáveis por moverem os enredos nas duas obras deixam-se influenciar pelo affectus e, tomados pela paixão, contrária à razão, tomam decisões imprudentes que resultam em catástrofes. As catástrofes semelhantes em Shakespeare e em Ovídio retratam as consequências da alma que permite que a paixão se instale, colocando de lado a sua racionalidade. A morte trágica, como resultado do não comedimento, funciona, no trágico, como um recurso pedagógico aos leitores dos textos trágicos em questão.
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