Serviço Social e movimentos sociais: debates contemporâneos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Maria Clariça Ribeiro.
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: PEREIRA, Maria Aparecida Elias., FIGUEIREDO, Cosma Caldas de., SOUZA, Cínthia Simão de., ALBUQUERQUE, Andreia Pereira de., CALIXTO, Éllida Kaline., GUEDES, Mirtes Nayanne Freitas Costa.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29627
Resumo: Para a elaboração deste livro, partimos da relexão de que a apreensão das contradições, dos conlitos de classe e da ação coletiva de sujeitos sociais no sentido de lutar contra condições degradadas de vida e trabalho e de garantir seus direitos interessa ao serviço social, especialmente, pelo fato de a questão social ser considerada o solo de inserção do trabalho dos(as) assistentes sociais. Além disso, no atual cenário de regressão de direitos, uma atuação proissional pautada na perspectiva da racionalidade crítico-dialética (Cf. GUERRA, 2004) e em consonância com o projeto proissional tem como premissa de relevo a necessidade de conhecer os movimentos sociais que atuam naquele contexto, bem como pressupõe “[...] ações voltadas ao fortalecimento dos sujeitos coletivos, dos direitos sociais e a necessidade de organização para a sua defesa, construindo alianças com os usuários dos serviços na sua efetivação” (IAMAMOTO, 2011, p. 199-200). Com essa perspectiva, os capítulos 1 e 2 discutem a relação dos movimentos sociais com a proissão. O primeiro enfatiza uma possibilidade de construção dessa relação no âmbito da formação proissional, particularmente por meio da experiência de extensão universitária, enquanto o segundo centra na dimensão do exercício proissional do(a) assistente social em sua condição de trabalhador assalariado. Os capítulos 3, 4, 5 e 6 particularizam movimentos sociais especíicos, com destaque maior para os movimentos pela livre orientação e expressão sexual e os movimentos de mulheres, tanto no que diz respeito à defesa da legalização do aborto quanto no que se refere à realidade das mulheres rurais. Fato é que ambos os movimentos, LGBT e feministas, têm a raiz da opressão-dominação-exploração que combatem situada no patriarcado. A exceção aqui é para o caso do sexto capítulo, na medida em que este focaliza um outro sujeito político coletivo: a juventude, em especial, a parcela desta que se encontra na condição de estudante. O capítulo 7 deixa inscrito nesta coletânea um debate sobre a conjuntura brasileira recente, com base no entendimento de que, parafraseando Iamamoto (2005), o atual quadro sócio-histórico não se reduz a mero pano de fundo para que possamos, depois, discutir o serviço social (e acrescentamos: a sua relação com os movimentos sociais), pois tal quadro societário possui implicações na vida social e proissional e perpassa e atravessa o cotidiano dos movimentos, conformando tensões, contradições e desaios para a construção da ação política e para o processo – em permanente construção – de renovação proissional do serviço social brasileiro. São, assim, referências interessantes para as relexões sobre a intervenção proissional do(a) assistente social junto aos movimentos sociais e nos processos de mobilização e organização popular. Por esta razão, sem dúvidas, trata-se de elaborações que interessam sobremaneira ao serviço social. Contudo, este não é um livro de interesse exclusivo de assistentes sociais e estudantes em formação. Interessa também às áreas de ciências sociais e humanas e a todos aqueles que se preocupam com os desaios postos à organização popular em um cenário no qual se acentuam as características do individualismo possessivo, do consumismo e do medo social no ethos dominante da sociedade contemporânea, conformando uma cultura conservadora com traços neofascistas que – ainda que coexistindo com formas de denúncias e resistências – pode constituir um cenário propício para a reatualização de projetos conservadores no serviço social. Até porque, além do conservadorismo encontrar raízes históricas na proissão, nenhuma categoria está imune a este contexto, especialmente quando a reatualização do conservadorismo é favorecida pelas precárias condições do trabalho e da formação. Paulo Freire já dizia que ensinar exige alegria e esperança. No cotidiano do trabalho docente na UFCG, aprendi que, na imensa maioria dos dias, as únicas experiências capazes de acolchoar nosso peito face às desesperanças que, por vezes, nos abatem na vida e no trabalho são justamente aquelas construídas e potencializadas pelo compartilhamento coletivo do saber em sala de aula, nas reuniões de pesquisa, em supervisões de estágio e orientações acadêmicas e, especialmente, nas muitas e intensas atividades de extensão construídas. É alta a probabilidade de que, caso nunca tivesse me deparado com estudantes dispostas a mergulharem comigo nessas experiências, há muito não existiria em mim nem alegria nem esperança para ensinar. Felizmente, fui frequentemente agraciada em minha trajetória docente com este tipo de encontro genuíno com jovens pesquisadoras e/ou extensionistas, estudiosas e inquietas. Uma parte signiicativa delas igura no presente livro na condição de autoras dos capítulos que o constituem. Um brinde com a certeza de que, como disse Lukács, “o caminho acabou... a viagem apenas começa”!
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GUERRA, 2004) e em consonância com o projeto proissional tem como premissa de relevo a necessidade de conhecer os movimentos sociais que atuam naquele contexto, bem como pressupõe “[...] ações voltadas ao fortalecimento dos sujeitos coletivos, dos direitos sociais e a necessidade de organização para a sua defesa, construindo alianças com os usuários dos serviços na sua efetivação” (IAMAMOTO, 2011, p. 199-200). Com essa perspectiva, os capítulos 1 e 2 discutem a relação dos movimentos sociais com a proissão. O primeiro enfatiza uma possibilidade de construção dessa relação no âmbito da formação proissional, particularmente por meio da experiência de extensão universitária, enquanto o segundo centra na dimensão do exercício proissional do(a) assistente social em sua condição de trabalhador assalariado. 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O capítulo 7 deixa inscrito nesta coletânea um debate sobre a conjuntura brasileira recente, com base no entendimento de que, parafraseando Iamamoto (2005), o atual quadro sócio-histórico não se reduz a mero pano de fundo para que possamos, depois, discutir o serviço social (e acrescentamos: a sua relação com os movimentos sociais), pois tal quadro societário possui implicações na vida social e proissional e perpassa e atravessa o cotidiano dos movimentos, conformando tensões, contradições e desaios para a construção da ação política e para o processo – em permanente construção – de renovação proissional do serviço social brasileiro. São, assim, referências interessantes para as relexões sobre a intervenção proissional do(a) assistente social junto aos movimentos sociais e nos processos de mobilização e organização popular. Por esta razão, sem dúvidas, trata-se de elaborações que interessam sobremaneira ao serviço social. 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Um brinde com a certeza de que, como disse Lukács, “o caminho acabou... a viagem apenas começa”!Universidade Federal de Campina GrandeUFCGBrasilCiências Sociais.Serviço SocialMovimentos sociaisMovimentos sociaisLuta femininaAborto - clandestinidadeAssentamento Nova Vida IMovimento estudantil de Serviço SocialPolítica do ódio contra movimentos sociaisSocial serviceSocial movementsFemale fightAbortion - clandestinityNew Life Settlement IStudent Social Work MovementHate politics against social movementsService socialMouvements sociauxCombat fémininAvortement - clandestinitéNew Life Settlement IMouvement étudiant en travail socialHaine politique contre les mouvements sociauxServicio socialMovimientos socialesPelea femeninaAborto - clandestinidadAsentamiento Nueva Vida IMovimiento Estudiantil de Trabajo SocialPolíticas de odio contra los movimientos socialesServiço Social e movimentos sociais: debates contemporâneos.Social work and social movements: contemporary debates.20212023-05-10T14:23:48Z2023-05-102023-05-10T14:23:48Zhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29627GUIMARÃES, Maria Clariça Ribeiro (Organizadora). Serviço Social e movimentos sociais: debates contemporâneos. Campina Grande - PB: EDUFCG, 2022. ISBN: 978-65-86302-29-5. 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