Concepções de escrita subjacentes às propostas de produção textual em livro didático de língua portuguesa no Ensino Médio.

• Autor(a) principal: ALVES, Nathalia Niely Tavares.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28652
• topic: Linguística; Escrita - ensino médio; Writing - high school; Produção textual - ensino médio; Textual production - high school; Livro didático de língua portuguesa; Portuguese language textbook; Concepções de escrita; Writing conceptions; Ensino de escrita; Writing teaching

O presente trabalho refere-se à produção textual escrita em um livro didático do ensino médio a partir de seis concepções de escrita elencadas por Ivanic (2004). Trata-se de uma pesquisa documental e descritiva realizada no livro Português Linguagens (2013), volume único, de Willian Roberto Cereja e Tereza Cochar Magalhães. A pesquisa é qualitativa, e por isso, buscamos responder ao seguinte questionamento: “Qual(is) a(s) concepção(es) de escrita que subjaz(em) o ensino da produção escrita em livro didático de língua portuguesa no ensino médio?” e elegemos como objetivo a extração das propostas de produção escrita do livro didático, bem como a identificação das concepções que as perpassam. Objetivamos também refletir sobre os objetivos do ensino da escrita, a fim de saber como eles cooperam para o fortalecimento desta prática em alunos de ensino médio. As propostas de produção textual extraídas do livro foram analisadas a partir das seis concepções de escrita elencadas por Ivanic (2004): habilidade, criatividade, processo, gênero, prática social e discurso sociopolítico. Fundamentam este trabalho as contribuições autores como Ivanic (2004), Antunes (2003), Marcuschi (2001; 2008), Koch e Elias (2014; 2015) e outros. Conforme análise, verificamos que as propostas sinalizam abrigar concepções mútuas de escrita, ou seja, uma proposta comunga simultaneamente de uma escrita que explora a habilidade, o gênero, o processo e a prática social, sendo esta última a menos recorrente. Contudo, a única concepção que não se verificou foi o discurso sociopolítico, o que faz com que os professores e demais usuários e elaboradores desse material explorem formas de escrita que permitam ao aluno saber que a escrita deve ser utilizada em diversos contextos, partilhando de experiências sociais, não alcançando o discurso sociopolítico da escrita. Desta forma, comprovamos, ao final, que as propostas podem ser compreendidas como parte importante do processo de aprendizagem da língua por meio da exploração de atividades que englobam conhecimentos de gênero, processo, habilidade, criatividade e uso social da língua. Essas concepções possibilitam ao aluno um estudo da língua aplicado às diversas situações comunicativas, que são explorados através do ensino da produção escrita.