Estudo epidemiológico de doenças infecciosas e parasitárias da esfera reprodutiva em búfalos (Bubalus bubalis) na Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BRASIL, Arthur Willian de Lima.
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25450
Resumo: O objetivo do trabalho foi determinar a frequência de anticorpos e os fatores de risco para brucelose, leptospirose, toxoplasmose e neosporose em búfalos do Estado da Paraíba. Foram utilizados 136 búfalos oriundos de 14 propriedades. Para o diagnóstico da brucelose empregou-se como teste de triagem o Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e o teste do 2-mercaptoetanol (2-ME) como prova confirmatória. Para leptospirose foi realizado o teste de soroaglutinação microscópica (SAM) com ponto de corte 1:100. Para a detecção de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e anti-Neospora caninum foi empregada a reação de imunofluorescência indireta (RIFI) com ponto de corte 1:64 para toxoplasmose e 1:200 para neosporose. As frequências de animais soropositivos para leptospirose, brucelose, toxoplasmose e neosporose foram de 27,9%, 1,5%, 12,5% e 19,1%, respectivamente, enquanto que as frequências de propriedades positivas foram de 64,3%, 14,3%, 71,4% e 71,4%, respectivamente. Não foram identificados fatores de risco para leptospirose e brucelose, no entanto, criação semiintensiva (odds ratio = 2,99; IC 95% = 0,99 - 8,98) e presença de suínos (odds ratio= 4,33; IC 95% = 1,34 – 13,98) foram identificados como fatores de risco para toxoplasmose e neosporose, respectivamente. Uma vez que a brucelose é alvo de controle oficial em bovinos no Brasil, a presença de búfalos positivos indica a possibilidade de impacto negativo nas ações de controle da doença em bovinos, e dessa forma recomenda-se que maior atenção seja dada a esses animais do ponto de vista do controle da brucelose. Com relação à leptospirose, sugere-se que a criação consorciada com equinos e suínos pode ser um fator importante na ocorrência de animais positivos. Baseado nas análises de fatores de risco sugere-se a necessidade de mais estudos acerca da importância de T. gondii e N. caninum em búfalos e em suínos, bem como da influência do tipo de criação na ocorrência de animais soropositivos.