Pós-tratamento com cal de efluentes de sistemas de tratamento de esgoto.

• Autor(a) principal: SILVA, Wellington Regis.
• Data de Publicação: 2003
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11182
• topic: Engenharia Civil; Cal - Pós-tratamento; Efluentes; Sistemas de Tratamento de Esgoto; Esgotos Industriais; Tratamento Biológico; Lime - Post-treatment; Effluents; Sewage Treatment Systems; Industrial Sewers; Biological Treatment

Em regiões de secas prolongadas uma maneira de garantir a disponibilidade de água para industrias é o tratamento de esgoto visando o reuso do efluente. Dependendo do uso previsto na industria, os efluentes de sistemas de tratamento biológico podem requerer remoção adicional de material orgânico e sólidos em suspensão, de nutrientes, de patógenos e, em muitos casos, também de dureza. Uma possibilidade e o tratamento com cal, que eleva o pH e causa a formação de um precipitado, resultando na clarificação do esgoto, podendo reduzir substancialmente a dureza e eliminar completamente microrganismos patogênicos. Nesta dissertação se avalia a viabilidade técnica de se produzir água de boa qualidade para uso industrial, a partir da floculação do efluente de um sistema de lodo ativado e de um reator UASB, utilizando como agente coagulante a cal na forma de óxido de cálcio. Também se realizaram testes comparativos utilizando-se água de abastecimento. Quanto a qualidade do efluente final, ficou estabelecido que a adição de cal e um meio eficiente para remoção de nutrientes e patógenos. O fosfato e removido por precipitação de hidroxiapatita enquanto ha dessorção de amônia a valores de pH elevados, induzidos pela adição de cal. Os coliformes fecais foram removidos ou inativados completamente a valores de pH elevados. A cor foi parcialmente removida, enquanto que a turbidez aumentava com o aumento da dosagem de cal Quanto a dureza a remoção foi apenas parcial e abaixo da eficiência que poderia ser esperada a partir de equilíbrio termodinâmico. Em todos os casos a precipitação do CaCO3 foi menor que a esperada, deixando o efluente final supersaturado. O valor determinado da constante aparente de solubilidade foi pKs' - 6,1; enquanto que a constante termodinâmica e 8,33. Desse modo, o produto iônico de CaCO3 foi mais que 100 vezes superior a constante termodinâmica. A remoção de magnésio com cal, também foi difícil: somente foi possível obter uma remoção parcial quando o pH se encontrava em valores superiores a 11,0 de modo que a dosagem necessária de cal era muito elevada.