Desempenho, características de carcaça e exigências nutricionais de proteína e energia para ganho de cordeiros Santa Inês e ½ dorper x ½ Santa Inês em pastejo na região semiárida.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASCIMENTO JUNIOR, Nilton Guedes do.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9202
Resumo: Sendo o bioma Caatinga, a fonte de alimento base na alimentação de ovinos criados extensivamente na região semiárida, é de relevância importância estudos que venham avaliar o desenvolvimento dos ovinos, desde o nascimento ao abate, tomando como parâmetros o desempenho e as exigências nutricionais solicitadas pela espécie, visando boas características de carcaça, levando-se em consideração a quantidade e a qualidade da forragem disponível em determinadas épocas do ano. Neste sentido torna-se importante, estratégias de suplementação animal em períodos de estiagem evitando a diminuição da capacidade produtiva do rebanho. O experimento foi conduzido na Fazenda NUPEÁRIDO, unidade experimental pertencente CSTR/UFCG Foram utilizados 36 cordeiros, machos, não castrados, sendo 18 Santa Inês e 18 F1 (Dorper x Santa Inês), destes, doze animais foram utilizados como referência, sendo seis de cada grupo racial e os 24 restantes foram divididos em três tratamentos, apresentando peso médio inicial de 15 kg. Os tratamentos avaliados consistiram de três níveis de ingestão de alimento ajustado em função dos tempos de pastejo (nove, seis e três horas de pastejo) e respectivo nível de suplementação. A distribuição dos animais nos tratamentos ocorria com a formação de lotes homogêneos de três animais sendo um de cada tratamento, à medida que alcançavam o mesmo peso. Quando um dos animais do lote atingia 30 kg de peso corporal, o respectivo lote era abatido. A mistura concentrada foi ofertada ao fim do período de pastejo, sendo elaborado a partir do farelo de milho, farelo de soja, mistura mineral e calcário ajustada de modo que atendesse as recomendações em Proteína Metabolizável (PM), Energia Metabolizável (EM) e Cálcio e Fósforo, estimando-se um ganho de peso médio de 200g/dia. Os resultados obtidos foram analisados utilizando Proc GLM do SAS através de um delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 2 (tempo de pastejo x grupo genético) e procedido uma análise variância, onde as médias das variáveis significativas foram submetidas ao teste de Turkey 5%. Os animais foram pesados a cada sete dias sempre as 08h00min da manhã, com jejum prévio de 15 horas para a avaliação do desempenho. Para a análise da carcaça foi realizado o abate comparativo dos animais e quando um dos animais do grupo atingia 30 kg de peso vivo, os demais animais do grupo eram abatidos, sendo realizadas mensurações dos componentes da carcaça: PJ, PCQ, PCF, PCV, PES, PCOS, PERT, PGAR, e os rendimentos: RB, RCQ, RL, RCOS, RPER, PPR e ICC. A composição corporal de energia e proteína foi estimada derivando-se equações logarítmicas (Log y = a + b * log x). As exigências nutricionais de proteína e energia para ganho foram estimadas através da derivação das equações logarítmicas de composição corporal. A variação dos pesos inicial e final foi significativa (P<0,05) para o grupo racial 1/2 Dorper 1/2 Santa Inês, porém o ganho médio de peso foi equivalente (P>0,05). Avaliando o ganho médio de peso entre os níveis de pastejo, foi observada diferença estatística (P<0,05). A composição corporal de proteína por kg/PCV em ovinos do grupo racial 1/2 Dorper foi de 155,70, superando (P<0,05) os 153,80 do grupo racial Santa Inês. As exigências líquidas de energia não apresentaram diferenças entre os grupos raciais estudados (P>0,05). Portanto, nas condições semiárida de pastejo, os requisitos nutricionais das raças pesquisadas foram atendidos, o que culminou com características de carcaça adequada.