Medo da morte; esperança de vida: como nascem as ligas no imaginário camponês.

• Autor(a) principal: RANGEL, Maria do Socorro.
• Data de Publicação: 1989
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33890
• topic: História.; Ligas camponesas; Camponeses; Imaginário camponês; Movimentos sociais - ligas camponesas; Peasant leagues; Peasants; Peasant imaginary; Social movements - peasant leagues

A decisão de estudar movimentos sociais no Brasil (Mais especificamente as Ligas Camponesas) nasceu de duas paixões: a primeira me estimula a compreender as experiências dos homens que cotidianamente enfrentam e sofrem desafios, temerosos e esperançosos diante da perspectiva permanente do novo; a segunda me desafia cotidianamente, enquanto sujeito da história, a potencializar com a força das experiências adquiridas, nossa participação neste processo. O primeiro capítulo sobre as lições do medo, nos mostra na verdade, como foram grandes as dificuldades para escutar os camponeses e do seu comportamento silencioso pudemos extrair a lição de como se fala sem falar. Com seus silêncios/falas os camponeses nos mostram como as Ligas foram uma experiência fundamental, que até hoje está marcada em sua vivência social e em sua prática política. Mas não existe medo sem esperança. Nem esperança sem medo, pois isso, no capítulo II: Terra, a esperança repartida, analisamos como o medo de perder a terra, um medo efetivado nas relações pessoais, os impulsiona a lutar nas Ligas pela terra na esperança de alcançar a liberdade. No terceiro capítulo, colocaremos como a união “maior força que existe no mundo” é a arma do camponês para defender nas Ligas o direito à liberdade, e sonhar com a festa do dia que chegará.