Profissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas do cearÃ: fatores que ampliam a vulnerabilidade para DST/AIDS

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Main Author: Raimunda Hermelinda Maia Macena
Publication Date: 2009
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
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Summary: ProstituiÃÃo pode ser encontrada em qualquer paÃs, independentemente do seu nÃvel de desenvolvimento. Esta ocupaÃÃo expÃe o indivÃduo a uma ampla gama de riscos para a saÃde. Este estudo documental, seccional investigou os fatores de risco para HIV e outras DST entre profissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas geogrÃficas do CearÃ. Fatores relativos ao perfil sÃcio-demogrÃfico, conhecimentos e prÃticas relativas Ãs DST/aids, prevalÃncia da infecÃÃo pelo HIV e pelo Treponema palidum foram relacionados ao envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas. A amostra foi constituÃda por 819 mulheres que referiram prÃtica sexual remunerada nos 180 dias anteriores à pesquisa recrutadas atravÃs de snowball nos municÃpios de Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato, entre fevereiro e novembro de 2003. A anÃlise foi realizada atravÃs do STATA, versÃo 10.0. A prevalÃncia de HIV e sÃfils foi 2,1% e 19,5%, respectivamente. A maioria sÃo mulheres jovens (<28anos; 64,6%), pardas (61,1%), com ensino fundamental incompleto (56,6%), com relacionamentos estÃveis anteriores (44,1%), atuando em bares (54,2%) e bordÃis (17,5%), com alta frequÃncia de consumo de Ãlcool semanal (44,2%). O comportamento sexual revela envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (35,1%). A prostituiÃÃo caracterizou-se por uma mÃdia de sete parceiros diferentes nos Ãltimos sete (7) dias da realiaÃÃo do estudo, cobranÃa de baixos valores (<R$ 20,00; 40,6%), altas taxas de uso de preservativo com parceiros pagantes (75,5%) e baixa entre os nÃo pagantes (30,4%), Na anÃlise bivariada, observou-se diferenca estatisticamente significante entre envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (RSD) e aquelas maiores de 20 anos (37,0% vs..26,9%; p=0,02), com idade de inÃcio na prostituiÃÃo < 15 anos (43,6% vs..33,8%; p=0,05,escolaridade inferior a 8 anos (40,3% vs.. 27,2%; p=0,000), com relacionamento estÃvel (60,9% vs..30,8%; p=0,000), que tiveram DST nos Ãltimos 12 meses (42,0% vs.30,3%; p=0,001), as que possuÃram menos de 7 parceiros diferentes nos Ãltimos sete dias (38,8% vs.28,5%; p=0,004), com menos de 7 clientes na Ãltima noite (33,5% vs.. 28,5%; p=0,04), as que foram imunizadas contra hepatite B (27,1% vs.39,8%; p=0,001) e a inexistÃncia de ONGs no municÃpio de residÃncia (31,5% vs.. 50,7%; p=0,000). Na anÃlise multivariada, o risco foi acrescido para mulheres na faixa etÃria superior a 20 anos (OR=1.69, IC95%=1.30-2.20), com parceiro fixo (OR=2.99, IC95%=1.30-6.88) e que tiveram DST no Ãltimo ano (OR=1.77, IC95%=1.39-2.25). Ter ONGs de trabalhadoras do sexo com atuaÃÃo especÃfica junto a esta populaÃÃo nos municÃpios de residÃncia (OR=0.38, IC95%=0.32-0.44) e ter sido vacinada contra Hepatite B (OR=0.50, IC95%=0.44-0.58) mostraram ser fatores de proteÃÃo para RSD entre estas mulheres. Conclui-se que esta populaÃÃo à bastante vulnerÃvel ao HIV e outras DST e que aÃÃes prevetinvas desenvolvidas pelas ONG especÃficas parecem nÃo apenas fornecer informaÃÃes associadas a outras fontes, mas tambÃm despertam em seu pÃblico o sentimento de cidadania, auxiliam na melhoria do nÃvel de conhecimento, auto-estima e empowerment. Entretanto, estas aÃÃes ainda sÃo insuficientes na prevenÃÃo das RSD com parceiros nÃo pagantes.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisProfissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas do cearÃ: fatores que ampliam a vulnerabilidade para DST/AIDS2009-02-20LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr12225734828http://lattes.cnpq.br/6549222399222061Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo08670191822http://lattes.cnpq.br/8090769371296465Florence Kerr-CorrÃa74390970844Florence Kerr-CorrÃaMaria LÃcia Duarte Pereira17258200304http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706696H8Carl Kendall41449070310Raimunda Hermelinda Maia MacenaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicasUFCBR SÃndrome da ImunodeficiÃncia Humana Adquirida OrganizaÃÃo nÃo GonvernamentalProstituiÃÃo. SÃndrome da ImunodeficiÃncia Humana Adquirida. OrganizaÃÃo NÃo GovernmentalCIENCIAS DA SAUDEProstituiÃÃo pode ser encontrada em qualquer paÃs, independentemente do seu nÃvel de desenvolvimento. Esta ocupaÃÃo expÃe o indivÃduo a uma ampla gama de riscos para a saÃde. Este estudo documental, seccional investigou os fatores de risco para HIV e outras DST entre profissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas geogrÃficas do CearÃ. Fatores relativos ao perfil sÃcio-demogrÃfico, conhecimentos e prÃticas relativas Ãs DST/aids, prevalÃncia da infecÃÃo pelo HIV e pelo Treponema palidum foram relacionados ao envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas. A amostra foi constituÃda por 819 mulheres que referiram prÃtica sexual remunerada nos 180 dias anteriores à pesquisa recrutadas atravÃs de snowball nos municÃpios de Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato, entre fevereiro e novembro de 2003. A anÃlise foi realizada atravÃs do STATA, versÃo 10.0. A prevalÃncia de HIV e sÃfils foi 2,1% e 19,5%, respectivamente. A maioria sÃo mulheres jovens (<28anos; 64,6%), pardas (61,1%), com ensino fundamental incompleto (56,6%), com relacionamentos estÃveis anteriores (44,1%), atuando em bares (54,2%) e bordÃis (17,5%), com alta frequÃncia de consumo de Ãlcool semanal (44,2%). O comportamento sexual revela envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (35,1%). A prostituiÃÃo caracterizou-se por uma mÃdia de sete parceiros diferentes nos Ãltimos sete (7) dias da realiaÃÃo do estudo, cobranÃa de baixos valores (<R$ 20,00; 40,6%), altas taxas de uso de preservativo com parceiros pagantes (75,5%) e baixa entre os nÃo pagantes (30,4%), Na anÃlise bivariada, observou-se diferenca estatisticamente significante entre envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (RSD) e aquelas maiores de 20 anos (37,0% vs..26,9%; p=0,02), com idade de inÃcio na prostituiÃÃo < 15 anos (43,6% vs..33,8%; p=0,05,escolaridade inferior a 8 anos (40,3% vs.. 27,2%; p=0,000), com relacionamento estÃvel (60,9% vs..30,8%; p=0,000), que tiveram DST nos Ãltimos 12 meses (42,0% vs.30,3%; p=0,001), as que possuÃram menos de 7 parceiros diferentes nos Ãltimos sete dias (38,8% vs.28,5%; p=0,004), com menos de 7 clientes na Ãltima noite (33,5% vs.. 28,5%; p=0,04), as que foram imunizadas contra hepatite B (27,1% vs.39,8%; p=0,001) e a inexistÃncia de ONGs no municÃpio de residÃncia (31,5% vs.. 50,7%; p=0,000). Na anÃlise multivariada, o risco foi acrescido para mulheres na faixa etÃria superior a 20 anos (OR=1.69, IC95%=1.30-2.20), com parceiro fixo (OR=2.99, IC95%=1.30-6.88) e que tiveram DST no Ãltimo ano (OR=1.77, IC95%=1.39-2.25). Ter ONGs de trabalhadoras do sexo com atuaÃÃo especÃfica junto a esta populaÃÃo nos municÃpios de residÃncia (OR=0.38, IC95%=0.32-0.44) e ter sido vacinada contra Hepatite B (OR=0.50, IC95%=0.44-0.58) mostraram ser fatores de proteÃÃo para RSD entre estas mulheres. Conclui-se que esta populaÃÃo à bastante vulnerÃvel ao HIV e outras DST e que aÃÃes prevetinvas desenvolvidas pelas ONG especÃficas parecem nÃo apenas fornecer informaÃÃes associadas a outras fontes, mas tambÃm despertam em seu pÃblico o sentimento de cidadania, auxiliam na melhoria do nÃvel de conhecimento, auto-estima e empowerment. Entretanto, estas aÃÃes ainda sÃo insuficientes na prevenÃÃo das RSD com parceiros nÃo pagantes. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2732application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:50Zmail@mail.com -
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