DinÃmica do sistema estuarino Timonha/Ubatuba (Cearà â Brasil): consideraÃÃes ambientais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2879 |
Resumo: | O sistema estuarino Timonha / Ubatuba està localizado na divisa dos Estados do Cearà e PiauÃ, 500 km à noroeste de Fortaleza, nordeste do Brasil. A bacia hidrogrÃfica afluente ao sistema estuarino ocupa uma Ãrea de 2.165 km2. A porÃÃo norte està inserida em terrenos PaleozÃicos do Planalto da Ibiapaba, Embasamento Cristalino, FormaÃÃo Barreiras e depÃsitos QuatemÃrios enquanto que a porÃÃo sul està ~sentada sobre terrenos PrÃÂCambrianos com exumaÃÃes do GranitÃide Chaval. A procura por Ãreas para expansÃo da carcinicultura, crescimento urbano e desenvolvimento agroindustrial pode representar o comprometimento da saÃde desse ecossistema, considerado o maior do Estado do Cearà Estes impactos tendem a se incrementar com a construÃÃo e operaÃÃo do aÃude pÃblico ItaÃna, com capacidade de armazenamento de 77,5 milhÃes de m3, localizado 17 km à montante da Ãrea estuarina. A par destes problemas e considerando as hipÃteses de minimizÃÂlos ou elimina-Ios, este trabalho considerou os elementos estruturais, dinÃmicos e controladores do estado de evoluÃÃo atual do sistema estuarino, contribuindo com informaÃÃes Ãteis para o uso adequado e sustentÃvel da Ãrea. Os processos hidrodinÃmicos e sedimentolÃgicos estÃo subordinados, sobretudo, ao regime sazonal das precipitaÃÃes onde somam-se processos de assoreamento da foz pela deriva litorÃnea e oscilaÃÃo da marÃ. A construÃÃo do reservatÃrio implicou na reduÃÃo de 91% da descarga fluvial do rio Timonha apresentando atualmente, uma vazÃo de 5,6 X 108 m3 ao longo de um ano. A vazÃo regularizada nÃo à suficiente para promover os processos de mistura e diluiÃÃo de sais, contribuindo para inversÃo da salinidade no perÃodo e estiagem. No perÃodo chuvoso, a salinidade do rio Timonha aumenta progressivamente em direÃÃo ao mar com regimes oscilando do limnÃtico  0,5) ao euhalino (30,0 à 40,0). Na estiagem, o regime à tipicamente euhalino com fortes indÃcios de hipersalinizaÃÃo (> 40,0). No Ubatuba, o regime salino variou de polihalino (18,0 à 30,0) a euhalino entre os perÃodos de chuva e estiagem. Os estuÃrios sÃo do tipo 2a no perÃodo chuvoso e do tipo Ia no perÃodo de estiagem. O balanÃo de sal do rio Timonha no perÃodo de chuva foi de + 0,3 t enquanto que no perÃodo de estiagem foi 0,01. No Ubatuba o balanÃo referente ao perÃodo de chuva foi de - 0,1 t e na estiagem foi de - 0,2 1. A profundidade mÃdia do sistema à de 5m com mÃximas observadas no Ubatuba. O substrato à formado predominantemente por areias mÃdias e sedimentos bioclÃsticos. O total de sedimentos exportados para deriva litorÃnea, ao longo de um ano, foi de 250 t enquanto que a carga importada foi de 150 1. O volume do prisma de marà no Timonha foi de aproximadamente 3,6 x 107 m3 e no rio Ubatuba 4) x 107 m3. Considerando o modelo simplificado, o tempo de residÃncia do Timonha à de 1 dia no perÃodo de chuva e 5 dias no de estiagem No Ubatuba esse tempo à de 0,5 dia no perÃodo chuvoso e 2 dias na estiagem Considerando o tempo de residÃncia calculado para cada segmento dos canais estuarinos dos rios Timonha e Ubatuba observa-se que o modelo linear nÃo à o mais representativo para anÃlise da capacidade de diluiÃÃo do sistema. Com base no modelo segmentado, observa-se que, no Timonha, a Ãrea situada entre 3,7 km e 7,0 km de distÃncia do mar assume forte tendÃncia à retenÃÃo de Ãgua, com tempo de residÃncia equivalente à aproximadamente uma semana. Essa Ãrea parece ser a mais inadequada à recepÃÃo de descarga direta de efluentes. Em comparaÃÃo com outros estuÃrios tropicais, o sistema apresenta uma boa capacidade de diluiÃÃo e baixo tempo residÃncia. A ausÃncia de monitoramento para a correÃÃo das vazÃes liberadas pelo AÃude ItaÃna em perÃodos de estiagem prolongados e os processos de assoreamento da foz poderÃo representar os principais vetores de comprometimento da capacidade de suporte do estuÃrio. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDinÃmica do sistema estuarino Timonha/Ubatuba (Cearà â Brasil): consideraÃÃes ambientaisDynamics of the estuarine system Timonha / Ubatuba (Cearà - Brazil): environmental considerations2005-07-07Jader Onofre de Morais00186910304Luis Parente Maia1554489334963694042534http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4705622Z1Carolina Braga DiasUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias Marinhas TropicaisUFCBREstuÃrios Rio Timonha BalanÃo de Ãgua e SalEstuaries Timonha River, Water and Salt BalanceOCEANOGRAFIAO sistema estuarino Timonha / Ubatuba està localizado na divisa dos Estados do Cearà e PiauÃ, 500 km à noroeste de Fortaleza, nordeste do Brasil. A bacia hidrogrÃfica afluente ao sistema estuarino ocupa uma Ãrea de 2.165 km2. A porÃÃo norte està inserida em terrenos PaleozÃicos do Planalto da Ibiapaba, Embasamento Cristalino, FormaÃÃo Barreiras e depÃsitos QuatemÃrios enquanto que a porÃÃo sul està ~sentada sobre terrenos PrÃÂCambrianos com exumaÃÃes do GranitÃide Chaval. A procura por Ãreas para expansÃo da carcinicultura, crescimento urbano e desenvolvimento agroindustrial pode representar o comprometimento da saÃde desse ecossistema, considerado o maior do Estado do Cearà Estes impactos tendem a se incrementar com a construÃÃo e operaÃÃo do aÃude pÃblico ItaÃna, com capacidade de armazenamento de 77,5 milhÃes de m3, localizado 17 km à montante da Ãrea estuarina. A par destes problemas e considerando as hipÃteses de minimizÃÂlos ou elimina-Ios, este trabalho considerou os elementos estruturais, dinÃmicos e controladores do estado de evoluÃÃo atual do sistema estuarino, contribuindo com informaÃÃes Ãteis para o uso adequado e sustentÃvel da Ãrea. Os processos hidrodinÃmicos e sedimentolÃgicos estÃo subordinados, sobretudo, ao regime sazonal das precipitaÃÃes onde somam-se processos de assoreamento da foz pela deriva litorÃnea e oscilaÃÃo da marÃ. A construÃÃo do reservatÃrio implicou na reduÃÃo de 91% da descarga fluvial do rio Timonha apresentando atualmente, uma vazÃo de 5,6 X 108 m3 ao longo de um ano. A vazÃo regularizada nÃo à suficiente para promover os processos de mistura e diluiÃÃo de sais, contribuindo para inversÃo da salinidade no perÃodo e estiagem. No perÃodo chuvoso, a salinidade do rio Timonha aumenta progressivamente em direÃÃo ao mar com regimes oscilando do limnÃtico  0,5) ao euhalino (30,0 à 40,0). Na estiagem, o regime à tipicamente euhalino com fortes indÃcios de hipersalinizaÃÃo (> 40,0). No Ubatuba, o regime salino variou de polihalino (18,0 à 30,0) a euhalino entre os perÃodos de chuva e estiagem. Os estuÃrios sÃo do tipo 2a no perÃodo chuvoso e do tipo Ia no perÃodo de estiagem. O balanÃo de sal do rio Timonha no perÃodo de chuva foi de + 0,3 t enquanto que no perÃodo de estiagem foi 0,01. No Ubatuba o balanÃo referente ao perÃodo de chuva foi de - 0,1 t e na estiagem foi de - 0,2 1. A profundidade mÃdia do sistema à de 5m com mÃximas observadas no Ubatuba. O substrato à formado predominantemente por areias mÃdias e sedimentos bioclÃsticos. O total de sedimentos exportados para deriva litorÃnea, ao longo de um ano, foi de 250 t enquanto que a carga importada foi de 150 1. O volume do prisma de marà no Timonha foi de aproximadamente 3,6 x 107 m3 e no rio Ubatuba 4) x 107 m3. Considerando o modelo simplificado, o tempo de residÃncia do Timonha à de 1 dia no perÃodo de chuva e 5 dias no de estiagem No Ubatuba esse tempo à de 0,5 dia no perÃodo chuvoso e 2 dias na estiagem Considerando o tempo de residÃncia calculado para cada segmento dos canais estuarinos dos rios Timonha e Ubatuba observa-se que o modelo linear nÃo à o mais representativo para anÃlise da capacidade de diluiÃÃo do sistema. Com base no modelo segmentado, observa-se que, no Timonha, a Ãrea situada entre 3,7 km e 7,0 km de distÃncia do mar assume forte tendÃncia à retenÃÃo de Ãgua, com tempo de residÃncia equivalente à aproximadamente uma semana. Essa Ãrea parece ser a mais inadequada à recepÃÃo de descarga direta de efluentes. Em comparaÃÃo com outros estuÃrios tropicais, o sistema apresenta uma boa capacidade de diluiÃÃo e baixo tempo residÃncia. A ausÃncia de monitoramento para a correÃÃo das vazÃes liberadas pelo AÃude ItaÃna em perÃodos de estiagem prolongados e os processos de assoreamento da foz poderÃo representar os principais vetores de comprometimento da capacidade de suporte do estuÃrio.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2879application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:56Zmail@mail.com - |
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