Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos

Bibliographic Details
Main Author: Ticiana de Brito Lima
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Download full: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8799
Summary: A alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarÃdeos, um ficocolÃide denominado carragenana de grande importÃncia comercial devido Ãs suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espÃcies exÃticas de algas marinhas vÃm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolÃide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de gÃis aquosos e lÃcteos elaborados com ι-carragenana extraÃda da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense atravÃs da tÃcnica de esporulaÃÃo natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses gÃis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas atravÃs de esporulaÃÃo natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma Ãnica corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um perÃodo de nove meses. Para extraÃÃo da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estaÃÃo chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elÃtrico e submetidas à extraÃÃo aquosa (1,5% m⁄v), sob agitaÃÃo a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ÂC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resÃduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtraÃÃo à vÃcuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no perÃodo seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no perÃodo chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Jà os teores de aÃÃcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores jà verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos gÃis aquosos na presenÃa de CaCl2 0,1% e lÃcteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentraÃÃes de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parÃmetro de firmeza para os gÃis aquosos e lÃcteos quando comparados aos gÃis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores prÃximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os gÃis formulados com leite reconstituÃdo obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com soluÃÃo de cloreto de cÃlcio 0,1%, devido Ãs interaÃÃes entre as proteÃnas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilizaÃÃo da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulaÃÃo natural à capaz de formar gÃis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia atravÃs da utilizaÃÃo de concentraÃÃes de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto.
id UFC_c97b67e3d38f42e7619929af359b7603
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:6143
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos Farming the red seaweed Solieria filiformis (KÃtzing) PW Gabrielson: texture of aqueous gels and dairy 2012-09-14Norma Maria Barros Benevides04505670368http://lattes.cnpq.br/3839272083508826Marjory Lima Holanda734655000300http://lattes.cnpq.br/2415224578673059Stella Regina Sobral Arcanjo42999235372http://lattes.cnpq.br/211343407025633880338828320http://lattes.cnpq.br/9299552409753124Ticiana de Brito LimaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmicaUFCBResporulaÃÃo natural Solieria filiformis carragenana perfil de texturanatural sporulation Solieria filiformis carrageenan texture profileBIOQUIMICAA alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarÃdeos, um ficocolÃide denominado carragenana de grande importÃncia comercial devido Ãs suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espÃcies exÃticas de algas marinhas vÃm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolÃide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de gÃis aquosos e lÃcteos elaborados com ι-carragenana extraÃda da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense atravÃs da tÃcnica de esporulaÃÃo natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses gÃis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas atravÃs de esporulaÃÃo natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma Ãnica corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um perÃodo de nove meses. Para extraÃÃo da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estaÃÃo chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elÃtrico e submetidas à extraÃÃo aquosa (1,5% m⁄v), sob agitaÃÃo a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ÂC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resÃduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtraÃÃo à vÃcuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no perÃodo seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no perÃodo chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Jà os teores de aÃÃcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores jà verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos gÃis aquosos na presenÃa de CaCl2 0,1% e lÃcteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentraÃÃes de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parÃmetro de firmeza para os gÃis aquosos e lÃcteos quando comparados aos gÃis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores prÃximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os gÃis formulados com leite reconstituÃdo obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com soluÃÃo de cloreto de cÃlcio 0,1%, devido Ãs interaÃÃes entre as proteÃnas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilizaÃÃo da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulaÃÃo natural à capaz de formar gÃis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia atravÃs da utilizaÃÃo de concentraÃÃes de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto.The red seaweed Solieria filiformis, abundant in CearÃ, biossintetiza, among other polysaccharides, phycoloide called carrageenan of great commercial importance due to its properties thickeners, stabilizers and gelling agents. In Brazil, exotic species of marine algae are being grown on a commercial scale in order to meet the demand of industrial phycoloide. The aim of this study was to analyze the texture of aqueous gels made with milk and carrageenan extracted from seaweed S. filiformis, cultivated in Cearà through sporulation natural technique, in order to establish a comparison between these gels and those prepared with commercial carrageenans (iota and kappa carrageenan). The algae were grown through sporulation natural, where monthly PVC structures (25 mm) in size 25 x 44 cm, each containing a single nylon cord (10 mm) of 23 m length were kept at depths of 1 and 2 m over a period of nine months. For extraction of carrageenan were collected at both depths seaweed samples S. filiformis backstage with higher and lower biomass, some for the rainy season (January and April) and dry (October and November). Initially, the algae were dried, crushed in electric grinder and subjected to aqueous extraction (1.5% m / v), stirring every 20 minutes in a water bath at 90 ÂC for 4 h. The homogenates were filtered through nylon cloth, the waste discarded. The filtrates were subjected to filtration on a vacuum funnel sintered plate, and carrageenans obtained were frozen, lyophilized and weighed. The highest yields were obtained from carrageenan seaweed collected from the scenes that have accumulated during the dry spores (35.6% - November 2M to 45.3% - October 1M), while the algae that accumulated during the rainy season had the lowest incomes (29 6% - April 1M to 33.8% - April 2M). In contrast, levels of total sugars ranged between 37.6 and 50.5% and the content of carrageenan sulfate ranged from 21.6 to 33.3% according to the levels already checked to carrageenans of the iota type. The texture of aqueous gels in the presence of CaCl2 and 0.1% milk prepared with carrageenan S. filiformis and commercial concentrations of 0.5 and 1.5%, were analyzed for firmness, adhesiveness, cohesiveness, springiness, gumminess and chewiness. All samples with carrageenan derived from S. filiformis backstage obtained values of firmness, gumminess and chewiness than those found for ι-carrageenan commercial. Backstage November had the highest values in the parameter of firmness for aqueous gels and compared to ι-carrageenan commercial dairy. Adhesiveness, elasticity and cohesiveness showed values close to those found for ι-carrageenan commercial. The results for firmness and chewiness of κ-carrageenan were superior when compared to commercial car ι-carrageenan and S. filiformis. The gels formulated with milk obtained results strongly higher than those formulated with a solution of calcium chloride 0.1% due to interactions between the proteins and the milk carrageenan. With the data obtained it can be concluded that the use of carrageenan S. filiformis derived by sporulation natural cultivation is capable of forming gels when compared to stronger ι-carrageenan commercial could generate savings through the use of lower concentrations of the carrageenan commercial, to obtain the desired firmness of a product.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8799application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:54Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Farming the red seaweed Solieria filiformis (KÃtzing) PW Gabrielson: texture of aqueous gels and dairy
title Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
spellingShingle Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
Ticiana de Brito Lima
esporulaÃÃo natural
Solieria filiformis
carragenana
perfil de textura
natural sporulation
Solieria filiformis
carrageenan
texture profile
BIOQUIMICA
title_short Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
title_full Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
title_fullStr Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
title_full_unstemmed Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
title_sort Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos
author Ticiana de Brito Lima
author_facet Ticiana de Brito Lima
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Norma Maria Barros Benevides
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 04505670368
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3839272083508826
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Marjory Lima Holanda
dc.contributor.advisor-co1ID.fl_str_mv 734655000300
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2415224578673059
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Stella Regina Sobral Arcanjo
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 42999235372
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2113434070256338
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 80338828320
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9299552409753124
dc.contributor.author.fl_str_mv Ticiana de Brito Lima
contributor_str_mv Norma Maria Barros Benevides
Marjory Lima Holanda
Stella Regina Sobral Arcanjo
dc.subject.por.fl_str_mv esporulaÃÃo natural
Solieria filiformis
carragenana
perfil de textura
topic esporulaÃÃo natural
Solieria filiformis
carragenana
perfil de textura
natural sporulation
Solieria filiformis
carrageenan
texture profile
BIOQUIMICA
dc.subject.eng.fl_str_mv natural sporulation
Solieria filiformis
carrageenan
texture profile
dc.subject.cnpq.fl_str_mv BIOQUIMICA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv A alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarÃdeos, um ficocolÃide denominado carragenana de grande importÃncia comercial devido Ãs suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espÃcies exÃticas de algas marinhas vÃm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolÃide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de gÃis aquosos e lÃcteos elaborados com ι-carragenana extraÃda da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense atravÃs da tÃcnica de esporulaÃÃo natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses gÃis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas atravÃs de esporulaÃÃo natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma Ãnica corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um perÃodo de nove meses. Para extraÃÃo da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estaÃÃo chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elÃtrico e submetidas à extraÃÃo aquosa (1,5% m⁄v), sob agitaÃÃo a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ÂC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resÃduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtraÃÃo à vÃcuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no perÃodo seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no perÃodo chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Jà os teores de aÃÃcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores jà verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos gÃis aquosos na presenÃa de CaCl2 0,1% e lÃcteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentraÃÃes de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parÃmetro de firmeza para os gÃis aquosos e lÃcteos quando comparados aos gÃis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores prÃximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os gÃis formulados com leite reconstituÃdo obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com soluÃÃo de cloreto de cÃlcio 0,1%, devido Ãs interaÃÃes entre as proteÃnas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilizaÃÃo da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulaÃÃo natural à capaz de formar gÃis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia atravÃs da utilizaÃÃo de concentraÃÃes de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The red seaweed Solieria filiformis, abundant in CearÃ, biossintetiza, among other polysaccharides, phycoloide called carrageenan of great commercial importance due to its properties thickeners, stabilizers and gelling agents. In Brazil, exotic species of marine algae are being grown on a commercial scale in order to meet the demand of industrial phycoloide. The aim of this study was to analyze the texture of aqueous gels made with milk and carrageenan extracted from seaweed S. filiformis, cultivated in Cearà through sporulation natural technique, in order to establish a comparison between these gels and those prepared with commercial carrageenans (iota and kappa carrageenan). The algae were grown through sporulation natural, where monthly PVC structures (25 mm) in size 25 x 44 cm, each containing a single nylon cord (10 mm) of 23 m length were kept at depths of 1 and 2 m over a period of nine months. For extraction of carrageenan were collected at both depths seaweed samples S. filiformis backstage with higher and lower biomass, some for the rainy season (January and April) and dry (October and November). Initially, the algae were dried, crushed in electric grinder and subjected to aqueous extraction (1.5% m / v), stirring every 20 minutes in a water bath at 90 ÂC for 4 h. The homogenates were filtered through nylon cloth, the waste discarded. The filtrates were subjected to filtration on a vacuum funnel sintered plate, and carrageenans obtained were frozen, lyophilized and weighed. The highest yields were obtained from carrageenan seaweed collected from the scenes that have accumulated during the dry spores (35.6% - November 2M to 45.3% - October 1M), while the algae that accumulated during the rainy season had the lowest incomes (29 6% - April 1M to 33.8% - April 2M). In contrast, levels of total sugars ranged between 37.6 and 50.5% and the content of carrageenan sulfate ranged from 21.6 to 33.3% according to the levels already checked to carrageenans of the iota type. The texture of aqueous gels in the presence of CaCl2 and 0.1% milk prepared with carrageenan S. filiformis and commercial concentrations of 0.5 and 1.5%, were analyzed for firmness, adhesiveness, cohesiveness, springiness, gumminess and chewiness. All samples with carrageenan derived from S. filiformis backstage obtained values of firmness, gumminess and chewiness than those found for ι-carrageenan commercial. Backstage November had the highest values in the parameter of firmness for aqueous gels and compared to ι-carrageenan commercial dairy. Adhesiveness, elasticity and cohesiveness showed values close to those found for ι-carrageenan commercial. The results for firmness and chewiness of κ-carrageenan were superior when compared to commercial car ι-carrageenan and S. filiformis. The gels formulated with milk obtained results strongly higher than those formulated with a solution of calcium chloride 0.1% due to interactions between the proteins and the milk carrageenan. With the data obtained it can be concluded that the use of carrageenan S. filiformis derived by sporulation natural cultivation is capable of forming gels when compared to stronger ι-carrageenan commercial could generate savings through the use of lower concentrations of the carrageenan commercial, to obtain the desired firmness of a product.
description A alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarÃdeos, um ficocolÃide denominado carragenana de grande importÃncia comercial devido Ãs suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espÃcies exÃticas de algas marinhas vÃm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolÃide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de gÃis aquosos e lÃcteos elaborados com ι-carragenana extraÃda da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense atravÃs da tÃcnica de esporulaÃÃo natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses gÃis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas atravÃs de esporulaÃÃo natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma Ãnica corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um perÃodo de nove meses. Para extraÃÃo da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estaÃÃo chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elÃtrico e submetidas à extraÃÃo aquosa (1,5% m⁄v), sob agitaÃÃo a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ÂC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resÃduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtraÃÃo à vÃcuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no perÃodo seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no perÃodo chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Jà os teores de aÃÃcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores jà verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos gÃis aquosos na presenÃa de CaCl2 0,1% e lÃcteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentraÃÃes de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parÃmetro de firmeza para os gÃis aquosos e lÃcteos quando comparados aos gÃis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores prÃximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os gÃis formulados com leite reconstituÃdo obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com soluÃÃo de cloreto de cÃlcio 0,1%, devido Ãs interaÃÃes entre as proteÃnas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilizaÃÃo da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulaÃÃo natural à capaz de formar gÃis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia atravÃs da utilizaÃÃo de concentraÃÃes de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-09-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8799
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8799
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295167012143104