Mudanças climáticas no eucalipto: modelos de desenvolvimento e zoneamento de aptidão climática

• Autor(a) principal: FLORENCIO, Gabriel Wilson Lorena
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI)
• Texto Completo: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2343
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITÁRIA::RECURSOS HÍDRICOS; Duração da fase de muda; Filocrono; Wang e Engel; Aptidão agroclimática

As projeções climáticas indicam aumento da temperatura do ar e alterações nos padrões de precipitação em todo o território brasileiro, os quais poderão impactar o cultivo de espécies florestais. Desta forma, torna-se importante a realização de estudos que analisem os potenciais impactos das projeções climáticas, especialmente para aquelas economicamente importantes, como o eucalipto. Diante destes aspectos, os objetivos dessa dissertação de mestrado foram: a) calibrar e avaliar os modelos de simulação do desenvolvimento filocrono (FIL) e Wang e Engel (WE) para o clima presente, assim como identificar os possíveis impactos dos aumentos projetados de temperatura do ar na duração da fase de muda (DFM) de duas espécies de eucalipto, considerando dois cenários de fornçantes radiativas (RCP 4.5 e RCP 8.5) e; b) avaliar os impactos das projeções climáticas nas áreas de aptidão climática para as principais espécies de eucalipto cultivadas no Brasil, considerando as limitações hídricas e térmicas das espécies e para dois cenários de forçantes radiativas (RCP 4.5 e RCP 8.5). Os dois modelos (FIL e WE) foram capazes de predizer a dinâmica do desenvolvimento para as duas espécies, com desempenho superior do modelo WE. Os aumentos projetados da temperatura do ar ao longo do século XXI poderão modificar as taxas de desenvolvimento e a DFM das duas espécies de eucalipto cultivadas em Itajubá, assim como em regiões de clima subtropical, reduzindo a taxa de desenvolvimento e aumentando a permanência das mudas nos viveiros florestais. Não haverá alterações consideráveis nas áreas de aptidão ao cultivo do eucalipto no território brasileiro para o futuro próximo (2021-2050). No entanto, no final do século XX1 (2071-2100) poderá ocorrer redução de 3% (RCP 4.5) a 7% (RCP 8.5) das áreas totalmente adequadas ou adequadas ao cultivo de eucalipto comparado ao clima presente (1980 – 2005), e o surgimento de áreas restritas, até 47% do território brasileiro, nas quais há inadequação hídrica ao cultivo do eucalipto em longo prazo.