Sensibilidade do investidor internacional acerca do desmatamento nos biomas brasileiros

• Autor(a) principal: Ramos, Bruno Bernardo
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29962
• topic: ASG; Mudanças climáticas; Biodiversidade; Bioma; Mudança climática; Desmatamento; Biodiversidade; Investimento estrangeiro; ESG; Climate change; Biodiversity

O desmatamento tem sido uma questão crítica no Brasil e a percepção dos investidores internacionais em relação ao desmatamento brasileiro pode afetar significativamente na atração de investimentos e acesso a mercados. Muitas instituições financeiras internacionais têm se comprometido com a sustentabilidade e a preservação ambiental, adotando políticas que evitam o financiamento a atividades que contribuem para o desmatamento. Para identificar quais são os biomas brasileiros que mais atraem a atenção dos investidores, foi feita uma busca por termos associados ao desmatamento dos biomas no Google Trends. Somado a isso, foi realizado um cruzamento dos membros signatários das seguintes iniciativas globais que buscam de alguma forma combater o desmatamento: Farm Animal Investment Risk & Return (FAIRR) Initiative, Finance for Biodiversity (FfB), Finance Sector Deforestation Action (FSDA) e Investor Policy Dialogue on Deforestation (IPDD); visando identificar as principais práticas adotadas para gerenciar o risco de promover o desmatamento em seus portfólios de investimento. A preocupação dos investidores em conservar as florestas está intrinsecamente ligada com os riscos associados às mudanças climáticas e a perda da biodiversidade. Os investidores destacam a importância de proteger em especial a Amazônia, mas biomas como Cerrado e Mata Atlântica também se destacam. Foram encontrados 480 signatários de pelo menos uma das iniciativas, sendo a FAIRR a com maior número, seguido pela FfB, IPDD e FSDA, respectivamente. Apenas 7 instituições estão simultaneamente nas quatro iniciativas e o engajamento se mostrou o principal método escolhido para gerenciar o risco da promoção de desmatamento, seguido de perto por ações de advocacy e depois políticas de restrição e proxy voting em igual. O Brasil precisa se comprometer com a agenda e apresentar resultados sólidos de redução das taxas de desmatamento para se tornar atrativo para receber investimentos internacionais e cumprir com o Acordo de Paris, além de que manter a floresta de pé pode trazer benefícios socioeconômicos elevados para o Brasil, fortalecendo a economia do país e gerando impactos positivos para o clima, biodiversidade e sociedade