Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Fernando de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7960
Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade mórbida (OM) é atualmente um grave problema de saúde pública no país, que junto com o sobrepeso já é a maioria da população (51%). A associação entre a OM e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) já está bem documentada. No entanto, a evolução pós-operatória da DHGNA nas diferentes técnicas ainda não é bem conhecida devido à dificuldade e carência de estudos de acompanhamento. A elastografia hepática transitória (EHT) realizada pelo FibroScan® (EchoSens – Paris, França) é um novo e promissor método para avaliação do parênquima hepático, não invasivo e que nos dá uma avaliação fidedigna e possibilidade de acompanhamento sem maiores dificuldades. Além disso, o FibroScan® nos fornece duas medidas: a EHT (kPa), que avalia fibrose; e o CAP – Controlled Attenuation Parameter (dB/m), que avalia o grau de esteatose. OBJETIVO: Comparar prospectivamente a evolução da DHGNA através do FibroScan® entre as técnicas mais realizadas atualmente: a gastrectomia vertical (GV) vs. bypass gástrico (BG). PACIENTES E MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado com pacientes obesos mórbidos, entre 18-60 anos do Hospital Federal do Andaraí. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo B – Bypass gástrico (n=25) e Grupo G – Gastrectomia vertical (n=25). Avaliamos as medidas antropométricas dos pacientes no pré-operatório e com 7, 14, 30 e 90 dias após a cirurgia. Os exames laboratoriais e o FibroScan® foram realizados antes e 3 meses após a intervenção. As variáveis contínuas foram expressas em média +/- o desvio padrão. Para análises utilizamos os seguintes testes: Pearson (correlação linear entre as variáveis e as medidas do FibroScan®); Mann-Whitney (variáveis contínuas entre os grupos); teste de t de Student (comparação dos valores iniciais dos grupos); e o teste do qui-quadrado e exato de Fisher (avaliação das frequências). RESULTADOS: Recrutamos um total de 73 pacientes, porém tivemos ao longo do ensaio clínico 23 perdas. Dentre os 50 pacientes, eram 42 mulheres (84%) e 8 homens (16%). Não houve óbito durante o estudo. Os seguintes valores médios foram registrados para os Grupos B e G, respectivamente: idade (anos) - 36,4 e 31,1; peso (kg) - 123,2 e 128,3; Índice de Massa Corpórea -IMC (kg / m2) - 45,6 e 47,3. Na primeira semana de pós-operatório, o Grupo B mostrou uma maior perda de peso (p=0,047), que não foi observada depois de 14, 30 e 90 dias (p>0,05). O controle glicêmico foi melhor no Grupo B (p = 0,023), enquanto que o controle da pressão arterial sistêmica foi melhor no Grupo G (p = 0,026). Antes da cirurgia detectamos 7 pacientes (14%) com fibrose avançada (F4) e 21 pacientes (42%) com esteatose em mais de 67% do parênquima (S3 - grave). A HbA1c e o HOMA-IR tiveram forte correlação com o CAP (r=0,643, p=0,013 e r=0.668, p=0,009, respectivamente). O Grupo G teve uma queda maior do que o Grupo B da EHT: média de 6,92 para 5,53 kPa contra média de 9,25 para 8,81 kPa do Grupo B (p = 0,004). Assim como na análise da EHT, observamos uma maior queda na diferença do CAP no Grupo G: de 346 para 289 dB/m comparado ao Grupo B de 290 para 279 dB/m (p < 0,0001). CONCLUSÃO: BG e a GV foram igualmente eficazes e seguros para perda de peso no período estudado. A resistência insulínica teve relação direta com a esteatose, porém uma fraca correlação com fibrose na EHT. A GV teve maior taxa de remissão da hipertensão arterial sistêmica, contudo, o BG foi mais efetivo no controle glicêmico. Observamos uma alta incidência de pacientes obesos assintomáticos com fibrose avançada no pré-operatório. A GV teve uma melhor evolução na avaliação hepática por elastografia após 3 meses da cirurgia comparada ao BG
id UFF-2_29f07427e9f222e36333a7f704ecd4ba
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/7960
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástricoGastroplastiaHepatopatia gordurosa não alcoólicaCirurgia bariátricaTécnicas de imagem por elasticidadeGastroplastiaHepatopatia gordurosa não alcoólicaCirurgia bariátricaTécnicas de imagem por elasticidadeGastroplastyNonalcoholic fatty liver diseaseGastric bypasselasticity imaging techniquesINTRODUÇÃO: A obesidade mórbida (OM) é atualmente um grave problema de saúde pública no país, que junto com o sobrepeso já é a maioria da população (51%). A associação entre a OM e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) já está bem documentada. No entanto, a evolução pós-operatória da DHGNA nas diferentes técnicas ainda não é bem conhecida devido à dificuldade e carência de estudos de acompanhamento. A elastografia hepática transitória (EHT) realizada pelo FibroScan® (EchoSens – Paris, França) é um novo e promissor método para avaliação do parênquima hepático, não invasivo e que nos dá uma avaliação fidedigna e possibilidade de acompanhamento sem maiores dificuldades. Além disso, o FibroScan® nos fornece duas medidas: a EHT (kPa), que avalia fibrose; e o CAP – Controlled Attenuation Parameter (dB/m), que avalia o grau de esteatose. OBJETIVO: Comparar prospectivamente a evolução da DHGNA através do FibroScan® entre as técnicas mais realizadas atualmente: a gastrectomia vertical (GV) vs. bypass gástrico (BG). PACIENTES E MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado com pacientes obesos mórbidos, entre 18-60 anos do Hospital Federal do Andaraí. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo B – Bypass gástrico (n=25) e Grupo G – Gastrectomia vertical (n=25). Avaliamos as medidas antropométricas dos pacientes no pré-operatório e com 7, 14, 30 e 90 dias após a cirurgia. Os exames laboratoriais e o FibroScan® foram realizados antes e 3 meses após a intervenção. As variáveis contínuas foram expressas em média +/- o desvio padrão. Para análises utilizamos os seguintes testes: Pearson (correlação linear entre as variáveis e as medidas do FibroScan®); Mann-Whitney (variáveis contínuas entre os grupos); teste de t de Student (comparação dos valores iniciais dos grupos); e o teste do qui-quadrado e exato de Fisher (avaliação das frequências). RESULTADOS: Recrutamos um total de 73 pacientes, porém tivemos ao longo do ensaio clínico 23 perdas. Dentre os 50 pacientes, eram 42 mulheres (84%) e 8 homens (16%). Não houve óbito durante o estudo. Os seguintes valores médios foram registrados para os Grupos B e G, respectivamente: idade (anos) - 36,4 e 31,1; peso (kg) - 123,2 e 128,3; Índice de Massa Corpórea -IMC (kg / m2) - 45,6 e 47,3. Na primeira semana de pós-operatório, o Grupo B mostrou uma maior perda de peso (p=0,047), que não foi observada depois de 14, 30 e 90 dias (p>0,05). O controle glicêmico foi melhor no Grupo B (p = 0,023), enquanto que o controle da pressão arterial sistêmica foi melhor no Grupo G (p = 0,026). Antes da cirurgia detectamos 7 pacientes (14%) com fibrose avançada (F4) e 21 pacientes (42%) com esteatose em mais de 67% do parênquima (S3 - grave). A HbA1c e o HOMA-IR tiveram forte correlação com o CAP (r=0,643, p=0,013 e r=0.668, p=0,009, respectivamente). O Grupo G teve uma queda maior do que o Grupo B da EHT: média de 6,92 para 5,53 kPa contra média de 9,25 para 8,81 kPa do Grupo B (p = 0,004). Assim como na análise da EHT, observamos uma maior queda na diferença do CAP no Grupo G: de 346 para 289 dB/m comparado ao Grupo B de 290 para 279 dB/m (p < 0,0001). CONCLUSÃO: BG e a GV foram igualmente eficazes e seguros para perda de peso no período estudado. A resistência insulínica teve relação direta com a esteatose, porém uma fraca correlação com fibrose na EHT. A GV teve maior taxa de remissão da hipertensão arterial sistêmica, contudo, o BG foi mais efetivo no controle glicêmico. Observamos uma alta incidência de pacientes obesos assintomáticos com fibrose avançada no pré-operatório. A GV teve uma melhor evolução na avaliação hepática por elastografia após 3 meses da cirurgia comparada ao BGO presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001BACKGROUND: Morbid obesity (MO) is currently a major public health problem in our country, which together with overweight is already the majority of the population (51%). The association between MO and nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) is well documented. However, the postoperative course of NAFLD in different techniques is not well known because of the difficulty and lack of follow-up studies. Transient hepatic elastography (THE) held by Fibroscan® (EchoSens - Paris, France) is a promising new method for assessment of liver parenchyma, non-invasive and give us a reliable evaluation and the possibility of follow up with no difficulty. Furthermore, Fibroscan® provides two measurements: the THE (kPa), that evaluates fibrosis and the CAP - Controlled Parameter Attenuation (dB/m) that assesses the degree of steatosis. OBJECTIVE: To compare prospectively the evolution of NAFLD through Fibroscan® among the techniques most widely held: sleeve gastrectomy (SG) vs. gastric bypass (GB). METHODS: This is a randomized clinical trial with MO patients between 18-60 years from Andaraí Federal Hospital. Patients were randomized into 2 groups: Group B - Gastric bypass (n = 25) and Group G - Sleeve gastrectomy (n = 25). We evaluate the anthropometric measurements of patients preoperatively and 7, 14, 30 and 90 days after surgery. Laboratory tests and Fibroscan® were performed before and 3 months after the intervention. The continuous variables were expressed as mean +/- standard deviation. For analysis we use the following tests: Pearson (linear correlation between variables and Fibroscan® measures); Mann-Whitney test (continuous variables between groups); Student's t-test (comparison of baseline groups); and chi-square and Fisher's exact test (assessment of comorbidities). RESULTS: We recruited a total of 73 patients, however we had over 23 losses. Among the 50 patients, we had 42 women (84%) and 8 men (16%). The following average values were recorded for groups B and G, respectively: age (years) - 36.4 and 31.1, weight (kg) - 123.2 and 128.3, BMI (kg/m2) - 45, 6 and 47.3. In the first week after surgery, Group B showed a larger weight loss (p = 0.047), which was not observed after 14, 30, and 90 days (p > 0.05). Glycemic control was better in Group B (p = 0.023), whereas the control of blood pressure was better in Group G (p = 0.026). Before surgery, we detected 7 patients (14%) with advanced fibrosis (F4) and 21 patients (42%) with steatosis in more than 67% of parenchyma (S3 - severe). The HbA1c and HOMA-IR had a strong correlation with CAP (r = 0.643, p = 0.013 and r = 0,668, p = 0.009, respectively). The Group G had a larger drop than Group B in the THE: average of 6.92 to 5.53 kPa against average of 9.25 to 8.81 kPa in Group B (p = 0.004). As in the analysis of THE, we observed greater decrease in the CAP difference in Group G: 346 to 289 dB / m compared to Group B of 290 to 279 dB / m (P < 0.0001). CONCLUSION: GB and SG were equally effective and safe for weight loss during the study period. insulin resistance was directly related to steatosis, but a weak correlation with fibrosis in THE. The SG had higher remission rate of hypertension however, GB was more effective in glycemic control. We observed a high incidence of advanced fibrosis in asymptomatic obese patients preoperatively. The SG had a better evolution in liver elastography evaluation after 3 months of surgery compared to GBSetúbal, SérgioMatos, Jorge Paulo Strogoff deTrugilho, José Carlos VieiraTaboada, Giselle FernandesMarsico, Giovanni AntonioManso, José Eduardo FerreiraMartinho, José Manoel da Silva GomesBarros, Fernando de2018-11-30T13:09:37Z2018-11-30T13:09:37Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7960Aluno de Doutoradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-06-05T19:23:37Zoai:app.uff.br:1/7960Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-06-05T19:23:37Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
title Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
spellingShingle Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
Barros, Fernando de
Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplasty
Nonalcoholic fatty liver disease
Gastric bypass
elasticity imaging techniques
title_short Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
title_full Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
title_fullStr Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
title_full_unstemmed Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
title_sort Impacto da cirurgia bariátrica na evolução da doença hepática gordurosa não alcoólica da obesidade mórbida: ensaio clínico randomizado comparativo entre as técnicas de gastrectomia vertical e bypass gástrico
author Barros, Fernando de
author_facet Barros, Fernando de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Setúbal, Sérgio
Matos, Jorge Paulo Strogoff de
Trugilho, José Carlos Vieira
Taboada, Giselle Fernandes
Marsico, Giovanni Antonio
Manso, José Eduardo Ferreira
Martinho, José Manoel da Silva Gomes
dc.contributor.author.fl_str_mv Barros, Fernando de
dc.subject.por.fl_str_mv Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplasty
Nonalcoholic fatty liver disease
Gastric bypass
elasticity imaging techniques
topic Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplastia
Hepatopatia gordurosa não alcoólica
Cirurgia bariátrica
Técnicas de imagem por elasticidade
Gastroplasty
Nonalcoholic fatty liver disease
Gastric bypass
elasticity imaging techniques
description INTRODUÇÃO: A obesidade mórbida (OM) é atualmente um grave problema de saúde pública no país, que junto com o sobrepeso já é a maioria da população (51%). A associação entre a OM e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) já está bem documentada. No entanto, a evolução pós-operatória da DHGNA nas diferentes técnicas ainda não é bem conhecida devido à dificuldade e carência de estudos de acompanhamento. A elastografia hepática transitória (EHT) realizada pelo FibroScan® (EchoSens – Paris, França) é um novo e promissor método para avaliação do parênquima hepático, não invasivo e que nos dá uma avaliação fidedigna e possibilidade de acompanhamento sem maiores dificuldades. Além disso, o FibroScan® nos fornece duas medidas: a EHT (kPa), que avalia fibrose; e o CAP – Controlled Attenuation Parameter (dB/m), que avalia o grau de esteatose. OBJETIVO: Comparar prospectivamente a evolução da DHGNA através do FibroScan® entre as técnicas mais realizadas atualmente: a gastrectomia vertical (GV) vs. bypass gástrico (BG). PACIENTES E MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado com pacientes obesos mórbidos, entre 18-60 anos do Hospital Federal do Andaraí. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo B – Bypass gástrico (n=25) e Grupo G – Gastrectomia vertical (n=25). Avaliamos as medidas antropométricas dos pacientes no pré-operatório e com 7, 14, 30 e 90 dias após a cirurgia. Os exames laboratoriais e o FibroScan® foram realizados antes e 3 meses após a intervenção. As variáveis contínuas foram expressas em média +/- o desvio padrão. Para análises utilizamos os seguintes testes: Pearson (correlação linear entre as variáveis e as medidas do FibroScan®); Mann-Whitney (variáveis contínuas entre os grupos); teste de t de Student (comparação dos valores iniciais dos grupos); e o teste do qui-quadrado e exato de Fisher (avaliação das frequências). RESULTADOS: Recrutamos um total de 73 pacientes, porém tivemos ao longo do ensaio clínico 23 perdas. Dentre os 50 pacientes, eram 42 mulheres (84%) e 8 homens (16%). Não houve óbito durante o estudo. Os seguintes valores médios foram registrados para os Grupos B e G, respectivamente: idade (anos) - 36,4 e 31,1; peso (kg) - 123,2 e 128,3; Índice de Massa Corpórea -IMC (kg / m2) - 45,6 e 47,3. Na primeira semana de pós-operatório, o Grupo B mostrou uma maior perda de peso (p=0,047), que não foi observada depois de 14, 30 e 90 dias (p>0,05). O controle glicêmico foi melhor no Grupo B (p = 0,023), enquanto que o controle da pressão arterial sistêmica foi melhor no Grupo G (p = 0,026). Antes da cirurgia detectamos 7 pacientes (14%) com fibrose avançada (F4) e 21 pacientes (42%) com esteatose em mais de 67% do parênquima (S3 - grave). A HbA1c e o HOMA-IR tiveram forte correlação com o CAP (r=0,643, p=0,013 e r=0.668, p=0,009, respectivamente). O Grupo G teve uma queda maior do que o Grupo B da EHT: média de 6,92 para 5,53 kPa contra média de 9,25 para 8,81 kPa do Grupo B (p = 0,004). Assim como na análise da EHT, observamos uma maior queda na diferença do CAP no Grupo G: de 346 para 289 dB/m comparado ao Grupo B de 290 para 279 dB/m (p < 0,0001). CONCLUSÃO: BG e a GV foram igualmente eficazes e seguros para perda de peso no período estudado. A resistência insulínica teve relação direta com a esteatose, porém uma fraca correlação com fibrose na EHT. A GV teve maior taxa de remissão da hipertensão arterial sistêmica, contudo, o BG foi mais efetivo no controle glicêmico. Observamos uma alta incidência de pacientes obesos assintomáticos com fibrose avançada no pré-operatório. A GV teve uma melhor evolução na avaliação hepática por elastografia após 3 meses da cirurgia comparada ao BG
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016
2018-11-30T13:09:37Z
2018-11-30T13:09:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://app.uff.br/riuff/handle/1/7960
Aluno de Doutorado
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/7960
identifier_str_mv Aluno de Doutorado
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1797044736675020800