Caracterízação genotípica e fenotípica de Escherichia coli enteropatogênica atípica isolada de cães e de humanos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6352 |
Resumo: | Cepas atípicas de Escherichia coli enteropatogênica (aEPEC) são consideradas patógenos emergentes e vêm sendo detectadas de modo crescente em animais e humanos. No Brasil; aEPEC é atualmente mais prevalente que as cepas típicas de EPEC. O presente trabalho teve como objetivo a comparação de isolados de aEPEC recuperados de cães e de crianças; por meio de sua caracterização genética e fenotípica. Foram estudados 15 isolados caninos e 5 isolados humanos de aEPEC provenientes de material fecal diarréico. Isolados dos sorotipos O51:H40; O4:H16; O11:H16 e O49:H10; foram recuperados de crianças e de cães. Os demais isolados; dos sorotipos O28:H16; O2:H19; O181:H18; O159:H23; O156:H-; O136:H- e O117:H40; foram recuperados apenas de cães. Foram investigados; através de PCR; diversos marcadores genéticos; cromossomiais ou plasmidiais; associados ou não ao lócus LEE; e descritos em outros patotipos de E. coli. Testes fenotípicos incluíram a adesão celular in vitro em células Caco-2 e a produção de hemolisinas. A similaridade genética foi avaliada por meio do perfil plasmidial e de amplificação através do RAPD-PCR. A maioria (65%) dos isolados apresentou os subtipos β ou γ do gene eae e 50% e 60% dos isolados foram do subtipo α na subtipagem de tir e espB; respectivamente. Já na subtipagem do gene espA; foram detectados os subtipos α e β em 46;6% (n=7) e 40% (n=6) dos isolados caninos; respectivamente. Nenhum isolado humano foi positivo para o gene ehxA; e 60% foram positivos para α-hlyA; enquanto nenhum isolado canino foi positivo para estes dois genes. Entretanto; no teste fenotípico; apenas um isolado humano do sorotipo O51:H40 produziu enterohemolisina. Os genes efa-1; iha e astA foram detectados em 20% e 40%; 100% e 0% e 0% e 13.3% dos isolados humanos e caninos; respectivamente. Os genes tccp2 e tccp foram detectados em 60% e 20% dos isolados humanos; e 26;7% e 6;7% dos isolados caninos. Adicionalmente; 85% dos isolados foram positivos para o gene fimH. Todos os isolados foram negativos para os genes afa; cnf1; kps; pap; stx2f e aggR. Todos os isolados humanos apresentaram os subtipos lpfA1-2 e lpfA2-1 de Lpf; enquanto apenas 6/15 dos isolados caninos foram tipáveis; sendo que um deles apresentou dois subtipos de lpfA1 (lpfA1-2 e 1-5) associado a lpfA2-1. O dendograma construído após os ensaios de RAPD-PCR agrupou os isolados em 5 tipos (I a V); sendo que todos isolados de origem humana e canina de sorotipos comuns formaram um agrupamento com mais de 75% de similaridade genética (tipo I). Na extração plasmidial; 18 dos 20 isolados apresentaram plasmídeos de alto peso molecular. Uma aderência de moderada a intensa foi caracterizada em ensaios de 6 horas com a maioria dos isolados (90%) apresentando um padrão de aderência localizada like (ALL); sendo que em dois destes; o padrão ALL estava associado com aderência periférica na forma de cordões; semelhante à aderência agregativa. Os resultados obtidos no presente estudo permitiram concluir que os isolados de aEPEC estudados apresentaram um perfil de virulência heterogêneo sendo mais diversificado em isolados de origem humana; inclusive entre isolados de mesmo sorotipo dos isolados caninos. No entanto; os marcadores de virulência detectados e a elevada similaridade genética demonstrada entre os isolados evidenciam um perfil patogênico; tanto para humanos como para animais; dos isolados de origem canina estudados. |
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