Shakespeare, A Tempestade e Cia.: uma linguagem metafórica e atemporal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Luiza Lobo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14959
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar o romance Semente de Bruxa, da autora canadense Margaret Atwood, a partir de uma comparação com a peça A Tempestade, de William Shakespeare, obra na qual o romance se baseia. Em primeiro lugar, foi feita uma análise dos espaços presentes no romance e na peça, com um foco maior na prisão em que se passa a história de Atwood e, posteriormente, na ilha em que a maior parte da trama d’A Tempestade acontece. Após os espaços, tratamos dos personagens de cada uma das obras, comparando-os e analisando as escolhas feitas pela autora no momento de trazer para seu romance as alegorias criadas por Shakespeare em sua peça. Por fim, tratamos das representações do teatro presentes nas obras analisadas, por considerarmos que A Tempestade é uma peça que fala sobre o teatro e a ação de fazer teatro. Essa análise é feita a partir de um estudo da linguagem do romance em comparação com a linguagem de Shakespeare, e de observações sobre a maneira como a autora trouxe metáforas presentes na peça para a narrativa. Um fio condutor da pesquisa é a tentativa de entender as escolhas de Atwood em sua adaptação e seu projeto em relação à peça de Shakespeare: consideramos que ela, através de seu texto, consegue tirar Calibã da posição de monstro marginalizado, humanizar Próspero – que, no romance, se chama Felix – e aproximar a obra do dramaturgo inglês do público do século XXI, visto que, com o passar dos anos, ele fora colocado em um pedestal pelos críticos e estudiosos, algo que não condiz com sua obra, que era direcionada para o público de maneira geral. Também consideramos importante a presença da imaginação nas obras, e que ela tem um papel significativo na leitura da peça, principalmente. A imaginação é, inclusive, o que aproxima o público do texto, incluindo-o na narrativa e na ação
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