Desenvolvimento e caracterização de filmes biopoliméricos a partir de resíduos de tilápia (Oreochromis niloticus) com incorporação de óleos essenciais, nanoargila e gelatina

• Autor(a) principal: Scudeler, Cintia Granzotti da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2299
• topic: Oreochromis niloticus; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Isolado proteico; Carne de peixe; Protein isolates; Fish

Filmes obtidos a partir de fontes renováveis são considerados promissores devido sua capacidade de degradação, diminuindo os impactos ambientais. O objetivo deste trabalho foi desenvolver filmes à base de isolado proteico de tilápia com adição de diferentes concentrações de glicerol, nanoargila, óleos essenciais de cravo-da-índia e orégano e filmes à base de isolado proteico de tilápia com diferentes concentrações de gelatina, glicerol e sorbitol; avaliando suas propriedades de espessura, solubilidade em água, solubilidade ácida, permeabilidade ao vapor de água (PVA), resistência à tração, elongação, cor, opacidade, também se avaliou a microestrutura dos filmes obtidos, características térmicas e a atividade antimicrobiana dos filmes com adição de óleos essenciais; comparar as características das formulações. O isolado proteico foi obtido pela técnica de solubilização alcalina da proteína e precipitação no ponto isoelétrico a partir de carne mecanicamente separada de tilápia. Para desenvolver os filmes com nanoargila e óleos essenciais, utilizou-se a técnica de casting e planejamento experimental fracionário 2 (5-1) . Para obtenção dos filmes proteicos com gelatina foi utilizada a mesma técnica com nove experimentos. Para o desenvolvimento dos todos os filmes, a solução filmogênica foi elaborada com 100 mL de água destilada. Para os filmes proteicos com nanoargila, utilizou-se as seguintes concentrações: isolado proteico (0,5; 1,0 e 1,5 g); plastificante glicerol (0,2; 0,3 e 0,4 g); óleo essencial de orégano e de cravo-da-índia (0,0; 0,2 e 0,4 g) e nanoargila (0,1; 0,2 e 0,3 g). Para os filmes com gelatina: isolado proteico (0,0; 0,75; 1,5; 2,25 e 3,0 g); gelatina (3,0; 2,25;1,5; 0,75 e 0,0 g); sorbitol ou glicerol (0,6; 0,45; 0,3; 0,15 e 0,0 g). A atividade antimicrobiana dos filmes proteicos com nanoargila e óleos essenciais foi verificada através do método de difusão em disco em relação à Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella typhymurium. Os resultados dos filmes proteicos com nanoargila e óleos essenciais foram submetidos à metodologia de superfície de resposta para estudar os efeitos simultâneos das variáveis independentes sobre os parâmetros analisados. O isolado proteico obtido de carne mecanicamente separada de tilápia apresentou 85,15% de proteína, boa capacidade de retenção de água e de óleo. Apresentaram valores de solubilidade em água que variaram de 30,62 a 85,45% e solubilidade em ácido de 13,19 a 45,92%. Os valores obtidos para PVA encontram-se entre 2,38 e 4,02 gmm d -1 KPa -1 m -2 , resistência à tração de 0,65 a 2,76 MPa e para elongação de 0,29 a 2,07%. Para as análises antimicrobianas, os óleos essenciais não apresentaram atividade positiva. Os filmes proteicos com gelatina exibiram valores de solubilidade em água variaram de 4,11 a 28,72%, os valores para PVA variaram de 7,12 a 16,36 gmm d -1 KPa -1 m -2 , resistência à tração de 12,43 a 155,57 MPa e para elongação de 2,14 a 125,33%. Os filmes foram considerados promissores, do ponto de vista da aparência visual, manuseabilidade e continuidade. Os filmes com nanoargila e óleos essenciais apresentaram alta solubilidade e baixa PVA, resistência à tração e elongação quando comparados aos filmes proteicos com gelatina. O isolado proteico de tilápia apresentou alto potencial para a produção de filmes, desta forma sua utilização poderia agregar lucros para as indústrias processadoras, reduzindo os impactos ambientais.