A Incontrolabilidade e a crise estrutural do capital

• Autor(a) principal: Lambertucci, Frederico Fernando Moises
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3223
• topic: CNPQ::OUTROS::CIENCIAS SOCIAIS; Capitalismo; Economia política; Capitalism; Political economy

A crise atual evidenciou o que há muito diversos teóricos marxistas já sabiam. A história não chegou ao seu fim e o sistema sóciometabólico do capital não pôde, como alegavam os apologistas, superar suas próprias limitações intrínsecas, suas contradições internas e fundar um saudável e estável processo de acumulação e reprodução, sem interrupções, que levasse a humanidade a um estágio de abundância generalizada, em suma, findou-se o encanto do “capital permanente universal”. Põe-se na ordem do dia, portanto, um estudo sistemático sobre a natureza da crise do capital nesse momento histórico. O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo inicial da obra de István Mészáros, Para Além do Capital. Pela magnitude da obra tivemos que circunscrever nosso estudo sobre a parte I e III do livro, que são respectivamente os desenvolvimentos da tese da incontrolabilidade do capital e da sua crise estrutural. A originalidade posta no estudo de Mészáros é que de um lado retoma as determinações fundamentais do capital rearticulando a argumentação marxiana e trazendo a luz a questão que já está em Marx da incontrolabilidade do capital e em seguida sobre a crise estrutural do sistema sóciometabólico do capital, que põe em cena seus limites absolutos. Neste marco a crise aparece em Mészáros como um processo de continuum de depressão. Nossa investigação e problemática consistem em pesquisar de que forma Mészáros retoma as teses da incontrolabilidade e da crise estrutural do capital.