Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Rodrigo Bento
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5289
Resumo: A questão da representação e da autorrepresentação indígena junto à cultura hegemônica brasileira é o pano de fundo contra o qual se descortinam as reflexões propostas nesta dissertação. Para tanto, faz-se necessário compreender a construção da imagem indígena junto ao imaginário nacional, seu caráter unilateral e que frequentemente atendeu a interesses de um projeto que buscou reduzir as epistemologias e alteridades indígenas. Nesse sentido, estudar e discutir teorias e práticas decoloniais, que visem romper o monopólio epistemológico hegemônico, torna-se uma ação necessária e libertadora, especialmente no que tange à questão indígena. À luz de intelectuais indígenas como Ailton Krenak (2015), Daniel Munduruku (2012; 2018), Eliane Potiguara (2004), Olívio Juekupé (2009), Graça Graúna (2013) e Julie Dorrico (2020), pretende-se direcionar nossa atenção à forma como a prática literária teve, e tem, papel central no processo de reconstrução da imagem dos povos indígenas e na conquista de seu protagonismo na produção de narrativas autorrepresentacionais. Partindo de um entendimento mais amplo do conceito de literatura, no que tange à produção nativa, objetivase traçar um breve panorama dos caminhos da palavra na luta dos povos originários, afim de criarmos condições para a compreensão da produção do grupo indígena de rap Brô MC’s, formado por jovens Guarani Kaiowá da Reserva Indígena de Dourados-MS, como uma prática literária de extrema importância artística, cultural, social e política. Busca-se relacionar o trabalho do grupo com o arcabouço teórico reunido, para que seja possível identificar nas letras do Brô MC’s, os caminhos e a potência gerados pela palavra indígena desde sua concepção cosmológica nhë’e. Nesse percurso, objetiva-se encontrar nos estudos pós-coloniais um amparo teórico para delimitação de práticas invisibilizantes e silenciadoras empreendidas pelo sistema hegemônico, bem como para a compreensão das estratégias de que podem lançar mão os sujeitos subalternizados, por meio de diálogos com intelectuais como Gayatri Spivak (2010), Walter Mignolo (2003). Silviano Santiago (2000) e Aníbal Quijano (2005). Por fim, a partir dessas concepções teóricas, propõe-se a análise das letras das canções Eju orendive, Terra vermelha e A vida que eu levo, criando-se conexões entre essas obras e o caráter político, cultural e emancipatório que reside na produção da literatura indígena brasileira contemporânea.
id UFGD_3d76b7353a20b1f21cee1f30bf8bf5fc
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/5289
network_acronym_str UFGD
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD
repository_id_str
spelling Fernandes, Célia Regina Deláciohttp://lattes.cnpq.br/4978877013343192Goettert, Jones Darihttp://lattes.cnpq.br/0319502811622693Silva, Denise0000-0003-4558-7100http://lattes.cnpq.br/0602121370347648Crespe, Aline Castilhohttp://lattes.cnpq.br/9416298515164083Esper, Gil de Medeiroshttp://lattes.cnpq.br/3871549206627754http://lattes.cnpq.br/8389746529419540Correia, Rodrigo Bento2023-01-05T16:48:42Z2023-01-05T16:48:42Z2022-03-31Correia, Rodrigo Bento. Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5289A questão da representação e da autorrepresentação indígena junto à cultura hegemônica brasileira é o pano de fundo contra o qual se descortinam as reflexões propostas nesta dissertação. Para tanto, faz-se necessário compreender a construção da imagem indígena junto ao imaginário nacional, seu caráter unilateral e que frequentemente atendeu a interesses de um projeto que buscou reduzir as epistemologias e alteridades indígenas. Nesse sentido, estudar e discutir teorias e práticas decoloniais, que visem romper o monopólio epistemológico hegemônico, torna-se uma ação necessária e libertadora, especialmente no que tange à questão indígena. À luz de intelectuais indígenas como Ailton Krenak (2015), Daniel Munduruku (2012; 2018), Eliane Potiguara (2004), Olívio Juekupé (2009), Graça Graúna (2013) e Julie Dorrico (2020), pretende-se direcionar nossa atenção à forma como a prática literária teve, e tem, papel central no processo de reconstrução da imagem dos povos indígenas e na conquista de seu protagonismo na produção de narrativas autorrepresentacionais. Partindo de um entendimento mais amplo do conceito de literatura, no que tange à produção nativa, objetivase traçar um breve panorama dos caminhos da palavra na luta dos povos originários, afim de criarmos condições para a compreensão da produção do grupo indígena de rap Brô MC’s, formado por jovens Guarani Kaiowá da Reserva Indígena de Dourados-MS, como uma prática literária de extrema importância artística, cultural, social e política. Busca-se relacionar o trabalho do grupo com o arcabouço teórico reunido, para que seja possível identificar nas letras do Brô MC’s, os caminhos e a potência gerados pela palavra indígena desde sua concepção cosmológica nhë’e. Nesse percurso, objetiva-se encontrar nos estudos pós-coloniais um amparo teórico para delimitação de práticas invisibilizantes e silenciadoras empreendidas pelo sistema hegemônico, bem como para a compreensão das estratégias de que podem lançar mão os sujeitos subalternizados, por meio de diálogos com intelectuais como Gayatri Spivak (2010), Walter Mignolo (2003). Silviano Santiago (2000) e Aníbal Quijano (2005). Por fim, a partir dessas concepções teóricas, propõe-se a análise das letras das canções Eju orendive, Terra vermelha e A vida que eu levo, criando-se conexões entre essas obras e o caráter político, cultural e emancipatório que reside na produção da literatura indígena brasileira contemporânea.La cuestión de la representación y autorrepresentación indígena dentro de la cultura hegemónica brasileña es el telón de fondo sobre el cual se desarrollan las reflexiones propuestas en esta disertación. Para ello, es necesario comprender la construcción de la imagen indígena en el imaginario nacional, su carácter unilateral, que muchas veces servía a los intereses de un proyecto que buscaba reducir las epistemologías indígenas y la alteridad. En este sentido, estudiar y discutir teorías y prácticas decoloniales que apunten a romper el monopolio epistemológico hegemónico se convierte en una acción necesaria y liberadora, especialmente en lo que se refiere a la cuestión indígena. A la luz de intelectuales indígenas como Ailton Krenak (2015), Daniel Munduruku (2012) y (2018), Eliane Potiguara (2004), Olívio Juekupé (2009), Graça Graúna (2013) y Julie Dorrico (2020), es pretendía dirigir nuestra atención a la forma en que la práctica literaria tuvo, y tiene, un papel central en el proceso de reconstrucción de la imagen de los pueblos indígenas y en la conquista de su papel protagónico en la producción de narrativas autorrepresentativas. Partiendo de una comprensión más amplia del concepto de literatura, en lo que se refiere a la producción indígena, se busca trazar un breve recorrido por los caminos de la palabra en la lucha de los pueblos originarios, con el fin de generar condiciones para la comprensión de la producción de la grupo indígena de rap Brô MC's, formado por jóvenes guaraníes kaiowá de la Reserva Indígena Dourados-MS, como práctica literaria de extrema importancia artística, cultural, social y política. Buscamos relacionar el trabajo del grupo con el marco teórico recogido, de manera que sea posible identificar en las letras de Brô MC's, los caminos y el poder generado por la palabra indígena desde su concepción cosmológica nhë'e. De esta forma, se pretende encontrar en los estudios poscoloniales un sustento teórico para la delimitación de las prácticas invisibilizadoras y silenciadoras emprendidas por el sistema hegemónico, así como para la comprensión de las estrategias que pueden utilizar los sujetos subalternizados, a través de diálogos con intelectuales como Gayatri Spivak (2010), Walter Mignolo (2003). Silviano Santiago (2000) y Aníbal Quijano (2005). Finalmente, a partir de estas concepciones teóricas, se propone analizar las letras de las canciones Eju orendive, Terra Vermelha y A vida que eu leva, creando conexiones entre estas obras y el carácter político, cultural y emancipatorio que reside en la producción de música brasileña contemporánea. literatura indigena.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-01-05T16:48:42Z No. of bitstreams: 1 RodrigoBentoCorreia.pdf: 40825323 bytes, checksum: e65f8a91f48349df5267189fe743f792 (MD5)Made available in DSpace on 2023-01-05T16:48:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RodrigoBentoCorreia.pdf: 40825323 bytes, checksum: e65f8a91f48349df5267189fe743f792 (MD5) Previous issue date: 2022-03-31porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em LetrasUFGDBrasilFaculdade de Comunicação, Artes e LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLiteratura indígenaPovos indígenasIndigenous literatureIndigenous peoplesEju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’sEju orendive: las “palabras camino” en la obra del grupo de rap indígena Brô MCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5289/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALRodrigoBentoCorreia.pdfRodrigoBentoCorreia.pdfapplication/pdf40825323https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5289/1/RodrigoBentoCorreia.pdfe65f8a91f48349df5267189fe743f792MD51prefix/52892023-01-05 13:49:13.168oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/5289TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufgd.edu.br/oai/request?verb=ListRecords&metadataPrefix=oai_dcbiblioteca.csb@ufgd.edu.br||andersonpiassarollo@ufgd.edu.bropendoar:2023-01-05T16:49:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Eju orendive: las “palabras camino” en la obra del grupo de rap indígena Brô MC
title Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
spellingShingle Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
Correia, Rodrigo Bento
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Literatura indígena
Povos indígenas
Indigenous literature
Indigenous peoples
title_short Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
title_full Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
title_fullStr Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
title_full_unstemmed Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
title_sort Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s
author Correia, Rodrigo Bento
author_facet Correia, Rodrigo Bento
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fernandes, Célia Regina Delácio
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4978877013343192
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Goettert, Jones Dari
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0319502811622693
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Silva, Denise
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 0000-0003-4558-7100
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0602121370347648
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Crespe, Aline Castilho
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9416298515164083
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Esper, Gil de Medeiros
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3871549206627754
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8389746529419540
dc.contributor.author.fl_str_mv Correia, Rodrigo Bento
contributor_str_mv Fernandes, Célia Regina Delácio
Goettert, Jones Dari
Silva, Denise
Crespe, Aline Castilho
Esper, Gil de Medeiros
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Literatura indígena
Povos indígenas
Indigenous literature
Indigenous peoples
dc.subject.por.fl_str_mv Literatura indígena
Povos indígenas
dc.subject.eng.fl_str_mv Indigenous literature
Indigenous peoples
description A questão da representação e da autorrepresentação indígena junto à cultura hegemônica brasileira é o pano de fundo contra o qual se descortinam as reflexões propostas nesta dissertação. Para tanto, faz-se necessário compreender a construção da imagem indígena junto ao imaginário nacional, seu caráter unilateral e que frequentemente atendeu a interesses de um projeto que buscou reduzir as epistemologias e alteridades indígenas. Nesse sentido, estudar e discutir teorias e práticas decoloniais, que visem romper o monopólio epistemológico hegemônico, torna-se uma ação necessária e libertadora, especialmente no que tange à questão indígena. À luz de intelectuais indígenas como Ailton Krenak (2015), Daniel Munduruku (2012; 2018), Eliane Potiguara (2004), Olívio Juekupé (2009), Graça Graúna (2013) e Julie Dorrico (2020), pretende-se direcionar nossa atenção à forma como a prática literária teve, e tem, papel central no processo de reconstrução da imagem dos povos indígenas e na conquista de seu protagonismo na produção de narrativas autorrepresentacionais. Partindo de um entendimento mais amplo do conceito de literatura, no que tange à produção nativa, objetivase traçar um breve panorama dos caminhos da palavra na luta dos povos originários, afim de criarmos condições para a compreensão da produção do grupo indígena de rap Brô MC’s, formado por jovens Guarani Kaiowá da Reserva Indígena de Dourados-MS, como uma prática literária de extrema importância artística, cultural, social e política. Busca-se relacionar o trabalho do grupo com o arcabouço teórico reunido, para que seja possível identificar nas letras do Brô MC’s, os caminhos e a potência gerados pela palavra indígena desde sua concepção cosmológica nhë’e. Nesse percurso, objetiva-se encontrar nos estudos pós-coloniais um amparo teórico para delimitação de práticas invisibilizantes e silenciadoras empreendidas pelo sistema hegemônico, bem como para a compreensão das estratégias de que podem lançar mão os sujeitos subalternizados, por meio de diálogos com intelectuais como Gayatri Spivak (2010), Walter Mignolo (2003). Silviano Santiago (2000) e Aníbal Quijano (2005). Por fim, a partir dessas concepções teóricas, propõe-se a análise das letras das canções Eju orendive, Terra vermelha e A vida que eu levo, criando-se conexões entre essas obras e o caráter político, cultural e emancipatório que reside na produção da literatura indígena brasileira contemporânea.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-03-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-05T16:48:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-05T16:48:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Correia, Rodrigo Bento. Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5289
identifier_str_mv Correia, Rodrigo Bento. Eju Orendive: as “palavras-caminho” na obra do grupo indígena de rap Brô MC’s. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.
url http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5289
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Grande Dourados
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de pós-graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFGD
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Grande Dourados
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD
instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron:UFGD
instname_str Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron_str UFGD
institution UFGD
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5289/2/license.txt
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5289/1/RodrigoBentoCorreia.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
e65f8a91f48349df5267189fe743f792
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
repository.mail.fl_str_mv biblioteca.csb@ufgd.edu.br||andersonpiassarollo@ufgd.edu.br
_version_ 1797045595715665920