O que é que estamos a fazer aqui? A relação com o lugar para os “Retornados”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Lucas Esperança da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9999
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar a produção literária de “escritores retornados”. Entende-se por escritores retornados aqueles que estavam e/ ou pertenciam às colônias lusófonas em África e que foram obrigados, com a Revolução dos Cravos e o fim do período colonial, retornar a Portugal. Esses escritores, após anos de silenciamento, apresentam suas histórias ou histórias sobre o seu ponto de vista sobre os acontecimentos. Dentre as obras e os autores selecionados como corpus literários, estão as obras autobiográficas Sabor de Maboque (20091), de Dulce Braga, e Caderno de Memórias Coloniais (2009), de Isabela Figueiredo; e as obras ficcionais Os Retornados, um amor nunca se esquece (2008) e O retorno, de Dulce Maria Cardoso (2011). Observa-se, na leitura e análise das obras, os problemas enfrentados pelas personagens acerca do sentimento de pertencimento, principalmente, após a saída das colônias portuguesas, nesse caso, Angola e Moçambique, e o processo de adaptação aos novos espaços em que aportavam, Portugal e Brasil. A percepção enquanto retornados ou não se confronta com a construção do Lugar/ lar, baseado nas experiências que essas personagens experienciaram. Nessa trajetória de autoconhecimento das personagens, percorremos os caminhos do contexto histórico, com a finalidade de entender os movimentos históricos que levaram a saída delas desses países. Num segundo momento, trilhamos pelas teorias da historiografia, a importância dos fatos históricos mencionados na obra. Essa história não é apenas pano de fundo para o desenvolver das narrativas, mas elemento fundamental para as obras. Indo aos lugares da memória, nessa fase, busca-se compreender o papel da memória como elemento que faz re-presentificar as experiências das personagens. Por último, chegamos ao lugar do Lugar, onde percebemos que um Lugar é uma construção social, mediada por fatores territoriais que variam conforme os movimentos dos indivíduos nesse território ou para outros territórios, em processos de desterritorialização e reterritorialização. De um espaço marcado por práticas sociais, as experiências desses indivíduos, suas ressignificações cotidianas, modificam esses espaços em Lugares. Quanto mais íntimas tornam-se essas experiências esses são transformados em lares. Desse modo, através do percurso por esses caminhos, compreende-se como as personagens constroem seus Lugares/ lares depois de passarem pelas tribulações do retorno, assim como cerca de meio milhão de pessoas que retornaram para Portugal com o fim do período colonial.
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Esses escritores, após anos de silenciamento, apresentam suas histórias ou histórias sobre o seu ponto de vista sobre os acontecimentos. Dentre as obras e os autores selecionados como corpus literários, estão as obras autobiográficas Sabor de Maboque (20091), de Dulce Braga, e Caderno de Memórias Coloniais (2009), de Isabela Figueiredo; e as obras ficcionais Os Retornados, um amor nunca se esquece (2008) e O retorno, de Dulce Maria Cardoso (2011). Observa-se, na leitura e análise das obras, os problemas enfrentados pelas personagens acerca do sentimento de pertencimento, principalmente, após a saída das colônias portuguesas, nesse caso, Angola e Moçambique, e o processo de adaptação aos novos espaços em que aportavam, Portugal e Brasil. A percepção enquanto retornados ou não se confronta com a construção do Lugar/ lar, baseado nas experiências que essas personagens experienciaram. Nessa trajetória de autoconhecimento das personagens, percorremos os caminhos do contexto histórico, com a finalidade de entender os movimentos históricos que levaram a saída delas desses países. Num segundo momento, trilhamos pelas teorias da historiografia, a importância dos fatos históricos mencionados na obra. Essa história não é apenas pano de fundo para o desenvolver das narrativas, mas elemento fundamental para as obras. Indo aos lugares da memória, nessa fase, busca-se compreender o papel da memória como elemento que faz re-presentificar as experiências das personagens. Por último, chegamos ao lugar do Lugar, onde percebemos que um Lugar é uma construção social, mediada por fatores territoriais que variam conforme os movimentos dos indivíduos nesse território ou para outros territórios, em processos de desterritorialização e reterritorialização. De um espaço marcado por práticas sociais, as experiências desses indivíduos, suas ressignificações cotidianas, modificam esses espaços em Lugares. Quanto mais íntimas tornam-se essas experiências esses são transformados em lares. Desse modo, através do percurso por esses caminhos, compreende-se como as personagens constroem seus Lugares/ lares depois de passarem pelas tribulações do retorno, assim como cerca de meio milhão de pessoas que retornaram para Portugal com o fim do período colonial.This study aims to analyze the literary production of "returned writers". The term returned writers those and/or belonged to the Portuguese-speaking colonies in Africa who were forced, with the Carnation Revolution and the end of the colonial period, returning to Portugal. These writers after years of silencing feature their stories or stories about your point of view on the events. Among the works and authors selected as literary corpus, are autobiographical works Sabor de Maboque (2009), Dulce Braga and Caderno de Memórias Coloniais (2009), Isabella Figueiredo; and the fictional works Os Retornados, um amor nunca se esquece (2008), Julio Magalhães and O Retorno, of Dulce Maria Cardoso (2011). It is observed in the analysis of the works, the problems faced by the characters about the feeling of belonging, especially after the departure of the Portuguese colonies, in this case, Angola and Mozambique and the process of adaptation to new spaces in which docked, Portugal and Brazil. The perception while returned or not is confronted with the construction of the Place/home based on experiences that these characters have experienced. In this path of self-awareness of characters, traveled the roads of historical context in order to understand the historical movements that led to their departure from these countries; in a second moment, walk by the theories of historiography, the importance of historical facts listed on the works. This story is not just a backdrop to the develop of the narratives, but fundamental element for the works; going to places of memory, in this phase, the aim is to understand the role of memory as element that does re-present the experiences of characters; and finally, we come to a place of the Place, where we realize that a Place is a social construct, mediated by territorial factors which vary according to the movements of individuals in that territory or to other territories, in processes of deterritorialization and reterritorialization; and that of a space marked by social practices, the experiences of these individuals, their everyday resignifications that modify these spaces in places and the more intimate become these experiences these are transformed into homes. In this way, through the route through these paths, it is understandable how the characters build their places/homes after the tribulations of the return, as well as about half a million people who have returned to Portugal with the end of the period colonial.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos LiteráriosUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASRetornadosHistóriaMemóriaLugar/ larRomance portuguêsReturnedHistoryMemoryPlace/ homePortuguese novelO que é que estamos a fazer aqui? A relação com o lugar para os “Retornados”info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILlucasesperancadacosta.pdf.jpglucasesperancadacosta.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1133https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9999/4/lucasesperancadacosta.pdf.jpgabf8df7ed500636c86b409c24608a0d0MD54ORIGINALlucasesperancadacosta.pdflucasesperancadacosta.pdfapplication/pdf1973214https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9999/1/lucasesperancadacosta.pdf2f9958dd06cc5c4bc1b513feef17d605MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9999/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTlucasesperancadacosta.pdf.txtlucasesperancadacosta.pdf.txtExtracted texttext/plain754448https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9999/3/lucasesperancadacosta.pdf.txt0c3353bad92843b6dcf968eb869fc8e9MD53ufjf/99992019-06-16 13:39:33.996oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9999TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T16:39:33Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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