Modos de ser quilombola, indígena e português: do cruzamento de pertencimentos corpóreos nas danças tradicionais às dádivas que consolidam as identidades da colônia do Paiol, Aldeia Araponga e comunidade de Areosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Cátia Pereira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14210
Resumo: A partir das experiências de vida e acadêmicas em torno das danças tradicionais na escola, discutidas no grupo de estudo e pesquisa Práticas escolares e Educação Física, bem como em eventos científicos de Educação e Educação Física, questiono nesta pesquisa quais são os valores, sentidos e significados das danças em uma colônia quilombola, uma aldeia indígena e uma comunidade portuguesa; como esses valores, sentidos e significados tradicionais são vinculados à sua prática de vida atual; de que forma a cultura não local se relaciona com estes grupos e de que forma eles influenciam a vida dos que não fazem parte de sua cultura. Para tanto, realizei um estudo etnográfico com remanescentes do quilombo da Colônia do Paiol, na cidade de Bias Fortes – MG, indígenas guarani da Aldeia de Araponga, em Paraty – RJ, e portugueses da freguesia de Areosa, em Viana do Castelo – Alto Minho, com idade entre 12 a 98 anos, residentes ou não das comunidades que abrigam as suas associações. Embasada no “Ensaio sobre a dádiva”, de Mauss (2017), que estuda o princípio comum que regula as trocas: a obrigação de dar, receber e retribuir, analisei os diários de campo, entrevistas, fotos, vídeos e teses sobre as três comunidades, chegando às conclusões de que: 1) os valores são consolidados na relação de signos que embasam os sentidos das dádivas que permitem assimilação e acomodação de significados dos saberes de acordo com as individualidades psicofísicas; 2) grupos de dança são fatos sociais totais, individuais e coletivos simultaneamente, agindo de acordo com obrigações de reciprocidades coercitivas e voluntárias em um sistema assimétrico que garante a perpetuação da corporalidade étnica, democraticamente, aceita pelo coletivo; 3) a dádiva/troca atualizada/reciprocidade/prestação é um denominador comum de atividades sociais aparentemente heterogêneas entre si; nas festas, apresenta simbolismos da realidade local e atinge a todos em uma circularidade de saberes que fortalece a identidade das comunidades; e 4) as dádivas vivenciadas transitam pelas diferentes estruturas da vida e podem ser fonte de inspiração para um novo paradigma de interpretação da relação entre identidade e produção de conhecimento no âmbito escolar.
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Para tanto, realizei um estudo etnográfico com remanescentes do quilombo da Colônia do Paiol, na cidade de Bias Fortes – MG, indígenas guarani da Aldeia de Araponga, em Paraty – RJ, e portugueses da freguesia de Areosa, em Viana do Castelo – Alto Minho, com idade entre 12 a 98 anos, residentes ou não das comunidades que abrigam as suas associações. Embasada no “Ensaio sobre a dádiva”, de Mauss (2017), que estuda o princípio comum que regula as trocas: a obrigação de dar, receber e retribuir, analisei os diários de campo, entrevistas, fotos, vídeos e teses sobre as três comunidades, chegando às conclusões de que: 1) os valores são consolidados na relação de signos que embasam os sentidos das dádivas que permitem assimilação e acomodação de significados dos saberes de acordo com as individualidades psicofísicas; 2) grupos de dança são fatos sociais totais, individuais e coletivos simultaneamente, agindo de acordo com obrigações de reciprocidades coercitivas e voluntárias em um sistema assimétrico que garante a perpetuação da corporalidade étnica, democraticamente, aceita pelo coletivo; 3) a dádiva/troca atualizada/reciprocidade/prestação é um denominador comum de atividades sociais aparentemente heterogêneas entre si; nas festas, apresenta simbolismos da realidade local e atinge a todos em uma circularidade de saberes que fortalece a identidade das comunidades; e 4) as dádivas vivenciadas transitam pelas diferentes estruturas da vida e podem ser fonte de inspiração para um novo paradigma de interpretação da relação entre identidade e produção de conhecimento no âmbito escolar.Based on the life and academic experiences around traditional dances at school, discussed inside the study and research group School practices and Physical Education, as well as in scientific events of Education and Physical Education, I question in this research what are the values, notions, and meanings of dances in a quilombola colony, an indigenous village and a Portuguese community; how these traditional values, notions and meanings are linked to their current life practice; how the non-local culture relates to these groups and how they influence the lives of those who are not part of their culture. To this end, I carried out an ethnographic study with remnants of the quilombo of the Colônia do Paiol, in the city of Bias Fortes - MG, Guaraní Indians from the Aldeia de Araponga, in Paraty - RJ, and Portuguese from the parish of Areosa, in Viana do Castelo - Alto Minho, with ages between 12 and 98 years, residents or not of the communities that house their associations. Based on Mauss's "The Gift" (2017), which studies the common principle that regulates exchanges: the obligation to give, receive and repay, I analyzed the field diaries, interviews, photos, videos and theses about the three communities, reaching the following conclusions: 1) the values are consolidated in the relationship of signs that support the senses of gifts that allow assimilation and accommodation of meanings of knowledge according to psychophysical individualities; 2) dance groups are total social facts, individual and collective simultaneously, acting according to obligations of coercive and voluntary reciprocity in an asymmetric system that ensures the perpetuation of ethnic corporality, democratically accepted by the collective; 3) the reciprocal exchange is a common denominator of apparently heterogeneous social activities; at parties, it presents symbols of local reality and reaches everyone in a circularity of knowledge that strengthens the identity of communities; and 4) the gifts experienced transit through different structures of life and can be a source of inspiration for a new paradigm of interpretation of the relationship between identity and knowledge production in the school setting.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)-UFJFBrasilColégio de Aplicação João XXIIIhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICAIdentidadeQuilombolasIndígenasPortuguesesDádiva de MaussDanças tradicionaisIndigenousPortugueseGift of MaussTraditional dancesModos de ser quilombola, indígena e português: do cruzamento de pertencimentos corpóreos nas danças tradicionais às dádivas que consolidam as identidades da colônia do Paiol, Aldeia Araponga e comunidade de Areosainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALcatiapereiraduarte.pdfcatiapereiraduarte.pdfPDF/Aapplication/pdf4514199https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14210/1/catiapereiraduarte.pdfbb92495b05fb8d76b94affe0214e42fdMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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