BIOPOLÍTICA SEM BIOLOGIA? Agamben e a pandemia do COVID-19
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Húmus |
Texto Completo: | http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16132 |
Resumo: | O presente texto pretende analisar as posições de Giorgio Agamben acerca da pandemia do COVID-19 a partir do quadro teórico antecedente desenvolvido pelo próprio filósofo, especialmente em A Linguagem e a Morte, O Aberto e A Potência do Pensamento. A partir de um exame dos trabalhos, sustenta que a ontologia de Agamben fica presa na filosofia da linguagem, confinando-se em uma antropologia filosófica que separa o humano do animal, considerando o primeiro como o único a habitar o não-lugar da Voz. Além disso, a concepção de biologia (ou vida biológica) inspirada em Martin Heidegger é definida como se qualquer abordagem desse tipo fosse necessariamente eugênica, ignorando concepções mais complexas do trânsito entre biologia e filosofia como de Donna Haraway e Catherine Malabou. Com isso, a obra de Agamben fecha-se para a experiência de intrusão do biológico que percorre, por exemplo, fenômenos como o próprio vírus e pandemia, os traumatismos neuronais e a questão ecológica. |
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BIOPOLÍTICA SEM BIOLOGIA? Agamben e a pandemia do COVID-19O presente texto pretende analisar as posições de Giorgio Agamben acerca da pandemia do COVID-19 a partir do quadro teórico antecedente desenvolvido pelo próprio filósofo, especialmente em A Linguagem e a Morte, O Aberto e A Potência do Pensamento. A partir de um exame dos trabalhos, sustenta que a ontologia de Agamben fica presa na filosofia da linguagem, confinando-se em uma antropologia filosófica que separa o humano do animal, considerando o primeiro como o único a habitar o não-lugar da Voz. Além disso, a concepção de biologia (ou vida biológica) inspirada em Martin Heidegger é definida como se qualquer abordagem desse tipo fosse necessariamente eugênica, ignorando concepções mais complexas do trânsito entre biologia e filosofia como de Donna Haraway e Catherine Malabou. Com isso, a obra de Agamben fecha-se para a experiência de intrusão do biológico que percorre, por exemplo, fenômenos como o próprio vírus e pandemia, os traumatismos neuronais e a questão ecológica.Universidade Federal do Maranhão2021-06-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16132Revista Húmus; v. 11 n. 32 (2021): EDIÇÃO ESPECIAL - PERSPECTIVAS FILOSÓFICAS2236-4358reponame:Revista Húmusinstname:Universidade Federal do Maranhão (UFMA)instacron:UFMAporhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16132/9433Copyright (c) 2021 Revista Húmusinfo:eu-repo/semantics/openAccessPinto Neto, Moysés2021-07-12T17:29:46Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/16132Revistahttp://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumusPUBhttp://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/oai||wellington.amorim@gmail.com2236-43582236-4358opendoar:2024-05-21T19:53:53.050916Revista Húmus - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)true |
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