A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, CARLOS HENRIQUE
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
Texto Completo: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/18378
Resumo:  Se o Ser for suposto como uma solução provisória, uma ontologia deve poder pensar seu inacabamento como realidade essencial de sua natureza. É nesse sentido que se coloca a ontologia de Gilles Deleuze, pronta a pensar, a partir daí, um estado do Ser a se caracterizar por movimentos de liberação de linhas que desarticulam o já formado e permitem suas determinações escapar das relações já individuadas. A partir da articulação da ontologia deleuzeana com as experiências de Fernand Deligny com crianças autistas não verbais, nos será possível confrontar as formas hegemônicas de existir com modos de existência singulares que se afirmam em sua diferença ingovernável. Refratários a serem adaptados a partir de qualquer medida padrão, constituindo-se como uma deriva às formas hegemônicas e um desvio que permite se escapar ao controle, tais experiências nos colocam diante de uma deriva que mantêm a perspectiva da desmesura de existências mínimas sempre inacabadas.Palavras-chave: Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva. Deleuze's Ontology and Deligny's Experiences: How to Establish ABSTRACTIf Being is supposed to be a provisional solution, an ontology must be able to think of its unfinished business as an essential reality of its nature. It is in this sense that Gilles Deleuze's ontology is placed, ready to think, from there, on a state of Being to be characterized by movements of liberation of lines that disarticulate what has already been formed and allow its determinations to escape from the relations already individuated. From the articulation of Deleuzian ontology with Fernand Deligny's experiences with non-verbal autistic children, it will be possible for us to confront the hegemonic forms of existence with singular modes of existence that assert themselves in their ungovernable difference. Refractories to be adapted from any standard measure, constituting a drift to hegemonic forms and a deviation that allows one to escape control, such experiences place us in front of a drift that maintains the perspective of the disproportion of minimal existences that are always unfinished.Keywords: Deleuze. Deligny. Ontology. Autistic. Body without organs. Drift.
id UFMA-7_15c0c6e0e9d2eb91f101c77e192f95ae
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/18378
network_acronym_str UFMA-7
network_name_str Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
repository_id_str
spelling A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimasDeleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva. Se o Ser for suposto como uma solução provisória, uma ontologia deve poder pensar seu inacabamento como realidade essencial de sua natureza. É nesse sentido que se coloca a ontologia de Gilles Deleuze, pronta a pensar, a partir daí, um estado do Ser a se caracterizar por movimentos de liberação de linhas que desarticulam o já formado e permitem suas determinações escapar das relações já individuadas. A partir da articulação da ontologia deleuzeana com as experiências de Fernand Deligny com crianças autistas não verbais, nos será possível confrontar as formas hegemônicas de existir com modos de existência singulares que se afirmam em sua diferença ingovernável. Refratários a serem adaptados a partir de qualquer medida padrão, constituindo-se como uma deriva às formas hegemônicas e um desvio que permite se escapar ao controle, tais experiências nos colocam diante de uma deriva que mantêm a perspectiva da desmesura de existências mínimas sempre inacabadas.Palavras-chave: Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva. Deleuze's Ontology and Deligny's Experiences: How to Establish ABSTRACTIf Being is supposed to be a provisional solution, an ontology must be able to think of its unfinished business as an essential reality of its nature. It is in this sense that Gilles Deleuze's ontology is placed, ready to think, from there, on a state of Being to be characterized by movements of liberation of lines that disarticulate what has already been formed and allow its determinations to escape from the relations already individuated. From the articulation of Deleuzian ontology with Fernand Deligny's experiences with non-verbal autistic children, it will be possible for us to confront the hegemonic forms of existence with singular modes of existence that assert themselves in their ungovernable difference. Refractories to be adapted from any standard measure, constituting a drift to hegemonic forms and a deviation that allows one to escape control, such experiences place us in front of a drift that maintains the perspective of the disproportion of minimal existences that are always unfinished.Keywords: Deleuze. Deligny. Ontology. Autistic. Body without organs. Drift.Universidade Federal do Maranhão2021-12-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/1837810.18764/2447-6498.v7n2p80-94Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade; v. 7, n. 2, jul./dez. 2021; 80-942447-64982594-4231reponame:Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)instname:Universidade Federal do Maranhão (UFMA)instacron:UFMAporhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/18378/9916Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessMACHADO, CARLOS HENRIQUE2022-01-03T18:49:06Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/18378Revistahttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/PUBhttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/oairics.pgcult@ufma.br || rics.pgcult@gmail.com2447-64982447-6498opendoar:2022-01-03T18:49:06Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)false
dc.title.none.fl_str_mv A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
title A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
spellingShingle A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
MACHADO, CARLOS HENRIQUE
Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva.
title_short A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
title_full A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
title_fullStr A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
title_full_unstemmed A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
title_sort A Ontologia de Deleuze e as Experiências de Deligny: como instaurar existências mínimas
author MACHADO, CARLOS HENRIQUE
author_facet MACHADO, CARLOS HENRIQUE
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv MACHADO, CARLOS HENRIQUE
dc.subject.por.fl_str_mv Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva.
topic Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva.
description  Se o Ser for suposto como uma solução provisória, uma ontologia deve poder pensar seu inacabamento como realidade essencial de sua natureza. É nesse sentido que se coloca a ontologia de Gilles Deleuze, pronta a pensar, a partir daí, um estado do Ser a se caracterizar por movimentos de liberação de linhas que desarticulam o já formado e permitem suas determinações escapar das relações já individuadas. A partir da articulação da ontologia deleuzeana com as experiências de Fernand Deligny com crianças autistas não verbais, nos será possível confrontar as formas hegemônicas de existir com modos de existência singulares que se afirmam em sua diferença ingovernável. Refratários a serem adaptados a partir de qualquer medida padrão, constituindo-se como uma deriva às formas hegemônicas e um desvio que permite se escapar ao controle, tais experiências nos colocam diante de uma deriva que mantêm a perspectiva da desmesura de existências mínimas sempre inacabadas.Palavras-chave: Deleuze. Deligny. Ontologia. Autistas. Corpo sem órgãos. Deriva. Deleuze's Ontology and Deligny's Experiences: How to Establish ABSTRACTIf Being is supposed to be a provisional solution, an ontology must be able to think of its unfinished business as an essential reality of its nature. It is in this sense that Gilles Deleuze's ontology is placed, ready to think, from there, on a state of Being to be characterized by movements of liberation of lines that disarticulate what has already been formed and allow its determinations to escape from the relations already individuated. From the articulation of Deleuzian ontology with Fernand Deligny's experiences with non-verbal autistic children, it will be possible for us to confront the hegemonic forms of existence with singular modes of existence that assert themselves in their ungovernable difference. Refractories to be adapted from any standard measure, constituting a drift to hegemonic forms and a deviation that allows one to escape control, such experiences place us in front of a drift that maintains the perspective of the disproportion of minimal existences that are always unfinished.Keywords: Deleuze. Deligny. Ontology. Autistic. Body without organs. Drift.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-27
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/18378
10.18764/2447-6498.v7n2p80-94
url http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/18378
identifier_str_mv 10.18764/2447-6498.v7n2p80-94
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/18378/9916
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Maranhão
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Maranhão
dc.source.none.fl_str_mv Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade; v. 7, n. 2, jul./dez. 2021; 80-94
2447-6498
2594-4231
reponame:Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
instname:Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
instacron:UFMA
instname_str Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
instacron_str UFMA
institution UFMA
reponame_str Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
collection Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
repository.mail.fl_str_mv rics.pgcult@ufma.br || rics.pgcult@gmail.com
_version_ 1796794498074804224