Fatores de patogenicidade, perfil de resistência a antimicrobianos e diversidade clonal de Staphylococcus aureus isolados de leite cru, soro fermento, manipuladores e queijo Minas artesanal da região de Campo das Vertentes, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Renata Dias de Castro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34848
Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais agentes patogênicos encontrados em queijos produzidos com leite cru no mundo, incluindo o queijo Minas artesanal produzido no Brasil. No entanto, informações sobre S. aureus isolados de queijos artesanais e de fontes de produção em queijarias de pequena escala são muito limitadas. Nós objetivamos caracterizar os aspectos de patogenicidade e a diversidade clonal de S. aureus isolados de queijo Minas artesanal, leite cru, soro-fermento e manipuladores da Região de Campo das Vertentes, MG, Brasil. As amostras foram identificadas usando MALDI-TOF MS e para a avaliação de produção de biofilme o Agar Vermelho Congo (AVC) e placas de poliestireno. PCR foi utilizada para detectar icaA, icaB, icaC, sea, seb, sec, sed, see, tsst-1, agr e mecA. A expressão dos genes das toxinas estafilocócicas em amostras positivas na PCR foi avaliada por qRT-PCR e a produção dessas toxinas bem como a atividade hemolítica foram avaliadas in vitro. Também avaliamos o perfil de resistência antimicrobiana das amostras. Para análises estatísticas foram utilizados cluster, teste qui-quadrado e correspondência. O estudo da diversidade clonal das amostras foi realizado pela aplicação das técnicas de spa typing, rep-PCR ((GTG)5) e MALDI-TOF MS, sendo realizada a avaliação do poder discriminatório, da tipabilidade e da concordância entre as técnicas de tipificação supramencionadas. Foram analisadas 76 amostras de Staphylococcus aureus. Na PCR, 18,42%, 18,42%, 2,63% e 77,63% das amostras foram positivos para sea, tsst-1, sec e agr, respectivamente. Os genes das toxinas estafilocócicas foram de baixa expressão na qRT-PCR e apenas duas amostras foram produtoras de TSST. A maior parte das amostras (61,84%) apresentou atividade hemolítica e foram formadoras de biofilme em CRA (69,73%) e em placas de poliestireno (81,58%). Nenhuma das amostras possuia mecA nem apresentou padrão de multirresistência, sendo as maiores resistências observadas para Penicilina G (67,11%) e Tetraciclina (27,63%). O genótipo de maior frequência no estudo foi o t605 (27%), seguido pelos tipos t002 (10,8%) e t521 (9,5%). Spa typing e (GTG)5 apresentaram alto poder discriminatório, em contrapartida ao MALDI-TOF MS que apresentou baixo poder discriminatório e baixa concordância com as técnicas genômicas de tipificação. Em conclusão, as amostras apresentaram potencial toxigênico, com maior prevalência de sea e tsst-1. Nós constatamos que a produção de biofilme foi o principal fator de patogenicidade das amostras. Foram formados seis clusters cujas frequências de distribuição diferiram para atividade hemolítica, formação de biofilme (análises qualitativa e quantitativa) e resistência à Penicilina, Tetracilina e Eritromicina (P<0,05). As amostras de Staphylococcus aureus apresentaram alta diversidade genética, e há indícios de que a presença desse micro-organismo no produto final seja fruto da contaminação cruzada do leite cru, do soro-fermento (pingo) e dos manipuladores assintomáticos desse agente bacteriano. Nossos achados enfatizam a necessidade de medidas efetivas que previnam a intoxicação alimentar estafilocócica, limitando o crescimento de S. aureus e a formação de enterotoxinas, bem como reforçam a importância da implementação das boas práticas de fabricação para reduzir o risco de transmissão de bactérias potencialmente patogênicas ao longo da cadeia de produção do queijo Minas artesanal.
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As amostras foram identificadas usando MALDI-TOF MS e para a avaliação de produção de biofilme o Agar Vermelho Congo (AVC) e placas de poliestireno. PCR foi utilizada para detectar icaA, icaB, icaC, sea, seb, sec, sed, see, tsst-1, agr e mecA. A expressão dos genes das toxinas estafilocócicas em amostras positivas na PCR foi avaliada por qRT-PCR e a produção dessas toxinas bem como a atividade hemolítica foram avaliadas in vitro. Também avaliamos o perfil de resistência antimicrobiana das amostras. Para análises estatísticas foram utilizados cluster, teste qui-quadrado e correspondência. O estudo da diversidade clonal das amostras foi realizado pela aplicação das técnicas de spa typing, rep-PCR ((GTG)5) e MALDI-TOF MS, sendo realizada a avaliação do poder discriminatório, da tipabilidade e da concordância entre as técnicas de tipificação supramencionadas. Foram analisadas 76 amostras de Staphylococcus aureus. Na PCR, 18,42%, 18,42%, 2,63% e 77,63% das amostras foram positivos para sea, tsst-1, sec e agr, respectivamente. Os genes das toxinas estafilocócicas foram de baixa expressão na qRT-PCR e apenas duas amostras foram produtoras de TSST. A maior parte das amostras (61,84%) apresentou atividade hemolítica e foram formadoras de biofilme em CRA (69,73%) e em placas de poliestireno (81,58%). Nenhuma das amostras possuia mecA nem apresentou padrão de multirresistência, sendo as maiores resistências observadas para Penicilina G (67,11%) e Tetraciclina (27,63%). O genótipo de maior frequência no estudo foi o t605 (27%), seguido pelos tipos t002 (10,8%) e t521 (9,5%). Spa typing e (GTG)5 apresentaram alto poder discriminatório, em contrapartida ao MALDI-TOF MS que apresentou baixo poder discriminatório e baixa concordância com as técnicas genômicas de tipificação. Em conclusão, as amostras apresentaram potencial toxigênico, com maior prevalência de sea e tsst-1. Nós constatamos que a produção de biofilme foi o principal fator de patogenicidade das amostras. Foram formados seis clusters cujas frequências de distribuição diferiram para atividade hemolítica, formação de biofilme (análises qualitativa e quantitativa) e resistência à Penicilina, Tetracilina e Eritromicina (P<0,05). As amostras de Staphylococcus aureus apresentaram alta diversidade genética, e há indícios de que a presença desse micro-organismo no produto final seja fruto da contaminação cruzada do leite cru, do soro-fermento (pingo) e dos manipuladores assintomáticos desse agente bacteriano. Nossos achados enfatizam a necessidade de medidas efetivas que previnam a intoxicação alimentar estafilocócica, limitando o crescimento de S. aureus e a formação de enterotoxinas, bem como reforçam a importância da implementação das boas práticas de fabricação para reduzir o risco de transmissão de bactérias potencialmente patogênicas ao longo da cadeia de produção do queijo Minas artesanal.Staphylococcus aureus is one of the main pathogens found in cheeses produced with raw milk, including Minas artisanal cheese from Brazil. However, information on S. aureus isolated from artisanal cheeses and its sources of production in small-scale dairies is very limited. We aimed to characterize the virulence aspects and clonal diversity of S. aureus isolated from Minas artisanal cheese, raw milk, endogenous starter culture and handlers from the region of Campo das Vertentes, Minas Gerais State, Brazil. The samples were identified by MALDI-TOF MS. Biofilm production was evaluated on Congo Red Agar (CRA) and polystyrene plates. PCR was used to detect icaA, icaB, icaC, sea, seb, sec, sed, see, tsst-1, agr and mecA. Expression of staphylococcal toxin genes in PCR positive samples was evaluated by qRT-PCR and the production of these toxins as well as hemolytic activity were in vitro evaluated. We also evaluated the antimicrobial resistance profile of the samples. For statistical analysis, cluster, chi-square test and correspondence were used. The study of the clonal diversity of the samples was performed by the spa typing, rep-PCR ((GTG)5) and MALDI-TOF MS techniques. The discriminatory power, the typability and the concordance between the typing techniques were evaluated. A total of 76 Staphylococcus aureus samples were analyzed. In the PCR, 18.42%, 18.42%, 2.63% and 77.63% of the samples were positive for sea, tsst-1, sec and agr, respectively. Staphylococcal toxin genes were of low expression in qRT-PCR and only two samples were TSST-producing. Most of the samples (61.84%) had hemolytic activity and were biofilm forming in CRA (69.73%) and in polystyrene plates (81.58%). None of the samples presented mecA neither presented a multiresistance pattern, with the highest resistance observed for Penicillin G (67.11%) and Tetracycline (27.63%). The most frequent genotype in the study was t605 (27%), followed by t002 (10.8%) and t521 (9.5%). Spa typing and (GTG)5 presented high discriminatory power, in contrast to MALDI-TOF MS, which presented low discriminatory power and low concordance with typification genomic techniques. In conclusion, the samples presented toxigenic potential, with a higher prevalence of sea and tsst-1. We found that the biofilm production was the main virulence factor of the samples. Six clusters were formed whose distribution frequencies differed 13 for hemolytic activity, biofilm formation (qualitative and quantitative analyses) and resistance to Penicillin, Tetracillin and Erythromycin (P <0.05). Staphylococcus aureus samples showed high genetic diversity, and there are evidences that the presence of this microorganism in the final product is the result of cross-contamination of raw milk, serum-yeast (pingo) and asymptomatic manipulators of this bacterial agent. These findings emphasize the need for effective measures to prevent staphylococcal food poisoning by limiting S. aureus growth and enterotoxin formation, , as well as reinforcing the importance of implementing good manufacturing practices to reduce the risk of transmission of potentially pathogenic bacteria along the cheesemaking chain.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência AnimalUFMGBrasilStaphylococcus aureusToxinasBiofilmeLeiteFatores de patogenicidade, perfil de resistência a antimicrobianos e diversidade clonal de Staphylococcus aureus isolados de leite cru, soro fermento, manipuladores e queijo Minas artesanal da região de Campo das Vertentes, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Renata Dias de Castro.pdfTese Renata Dias de Castro.pdfapplication/pdf2324160https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34848/1/Tese%20Renata%20Dias%20de%20Castro.pdf28bfa80e5eaae34071bb0866b42efa43MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34848/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/348482021-01-25 10:23:06.456oai:repositorio.ufmg.br:1843/34848TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-25T13:23:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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