Utilização dos níveis séricos da progesterona no dia da administração do hCG como preditor de qualidade oocitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marco Antonio Barreto de Melo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72KH7R
Resumo: Várias evidências indicam que altos níveis séricos da progesterona (P4) no dia da administração do hCG possam afetar os resultados de ciclos de fertilização in vitro (FIV). O objetivo do presente estudo foi verificar o possível papel da concentração final da P4 na predição da qualidade oocitária de mulheres submetidas à hiperestimulação ovariana controlada (HOC), após bloqueio hipofisário (protocolo longo), em ciclos de FIV. Analisamos retrospectivamente 240 ciclos de doação oocitária nos quais 120 mulheres realizaram dois ciclos consecutivos, com intervalo de três meses, de forma que em seu primeiro ciclo foi constatada a presença de P4< 1,2 ng/ mL e no outro de P4= 1,2 ng/ mL. Desta forma, a doadora funcionou como seu próprio controle. Baseados neste valor, dois grupos foram criados: Grupo 1 (n= 120)- ciclos em que se utilizaram oócitos de doadoras que apresentaram P4< 1,2 ng/ mL, ao dia da administração do hCG; Grupo 2 (n= 120)- ciclos em que os óvulos eram provenientes de doadoras com P4= 1,2 ng/ mL. Ambos os grupos foram comparados de acordo com os parâmetros clínicos e laboratoriais dos ciclos de HOC das doadoras e dos resultados dos ciclos de FIV de suas respectivas receptoras. Não encontramos diferenças na taxa de gravidez entre os grupos (54,4% vs. 55,7%, respectivamente). O número de oócitos aspirados (18,2 ± 0,6 vs. 20,8 ± 0,6; p= 0,003) e de oócitos maduros (16,9 ± 0,6 vs. 19,4 ± 0,6; p= 0,005) foram superiores quando a P4= 1,2 ng/ mL no dia da administração do hCG. Não houve diferenças entre os grupos segundo as taxas de fertilização, de clivagem, de número de blastômeros no dia 3 de evolução embrionária, de formação de blastocisto e de fragmentação. Também não encontramos diferenças no número de embriões transferidos ou criopreservados, nem na taxa de implantação e de abortamento entre os grupos. Diante disto, nossos resultados demonstram que os níveis séricos da P4 não apresentam correlação e não podem ser utilizados na predição da qualidade oocitária, em mulheres submetidas ao protocolo longo de estimulação ovariana.
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