Análise sérica de leptina, IL-6, IGF-1 e estrógeno em cadelas com excesso de peso e carcinomas mamários em estadio inicial

• Autor(a) principal: Stefane Valgas Teixeira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AX9JMQ
• topic: Patologia; Neoplasias da mama; Medicina; Obesidade; Leptina/análise; Estadiamento de neoplasias; Cães

As neoplasias de glândulas mamárias são as mais frequentes em cadelas, onde aproximadamente 84% são classificadas como malignas, sendo 98% caracterizados como carcinomas. A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial com uma incidência entre 22% a 40% na espécie canina, estando associada a diversas outras enfermidades, entre elas o câncer de mama. Este estudo tem por objetivo relacionar a concentração sérica de IL-6, IGF-1, leptina e estrógeno em cadelas não castradas com ou sem excesso de peso e carcinomas mamários em estádio inicial. Foram utilizadas 43 cadelas divididas em quatro grupos, sendo dois grupos de cadelas sem carcinomas mamários, com excesso de peso (10/43) e sem (10/43), e dois grupos de cadelas com carcinomas mamários com (13/43) e sem excesso de peso (10/43). Cadelas com excesso de peso, com ou sem carcinomas mamários, eram estatisticamente diferentes de cadelas em peso ideal, em relação as avaliações corporais de ECC, IMCC e percentual de gordura corpórea (p<0,0001). Foi observada uma correlação positiva entre o ECC e o IMCC (r=0,8686; p<0,0001), o ECC e o %GC (r=0,8808; p<0,0001), e o IMCC e o %GC (r=0,7449; p<0,0001). As análises de estrógeno, leptina, IL-6 e IGF-1 não apresentaram diferenças estatísticas significantes entre os grupos estudados. Demonstrou-se correlação positiva entre as concentrações séricas de leptina e IL-6 (r=0,3072; p=0,0451) e entre leptina e IGF-1 (r=0,2998; p=0,05). Ao analisar os métodos de avaliação corporal e as concentrações séricas encontrou-se correlação positiva entre ECC e leptina (r=0,4493; p=0,0053) e negativa entre ECC e IL-6 (r=-0,3591, p=0,0435). Entre o percentual de gordura e a concentração de leptina encontrou-se correlação positiva (r=0,4996; p=0,0016), assim como encontrado entre IMCC e leptina (r=0,3785; p=0,0209). O presente estudo demonstrou uma relação direta entre o excesso de peso e o aumento do percentual de gordura com a leptinemia. No entanto, não foram observadas diferenças nos níveis de IL-6, IGF-1 e estrógeno em relação ao excesso de peso e aos carcinomas mamários. Na amostragem estudada, não foi observada associação entre o excesso de peso e a presença de carcinomas mamários em estadio inicial.