Estudo retrospectivo (1998 - 2001) da erliquiose canina em Belo Horizonte: avaliação clínica e laboratorial de infecções experimentais

• Autor(a) principal: Simone Magela Moreira
• Data de Publicação: 2001
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8C8DX2
• topic: Ehrlichia platys; Epidemiologia; Ehrlichia canis; Infeccção experimental; Cães; Ehrlichia Infecção; Cão Doenças; Epidemiologia

O presente trabalho descreve um estudo retrospectivo da causística clinica de erliquiose em cães atendidos no Hospital da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, de março de 1998 a setembro de 2001 e a avaliação clínica e laboratorial de cães experimentalmente infectados com amostra brasileira Ehrlichia canis. Das fichas com confirmação labiratorial de Rhrlichia canis e E. platys foram considerados aspectos demográficos (idade , raça, sexo, época do ano e região de origem), parâmetros clínicos (temperatura corporal, presença e/ou histórico de carrapatos e sinais clínicos) e parâmetros hematológicos (hemograma completo e célula parasitada). Foram analisadas 194 fichas com suspeita clínica de hemoparasitoses, das quais 31 animais encontravam-se infectatos com E. canis e 21 com E. platys. O número de diagnósticos positivos para erliquiose aumentou consideravelmente a partir de 2000, sendo que 24,4% dos casos ocorreram em animais entre 13 e 24 meses. Os sintomas mais freqüentes foram febre, anorexia, apatia, dor abdominal, linfadenopatia e dispnéia. Quanto às alterações hematológicas, 70,3% dos animais apresentaram anemia, 50% apresentaram trombocitopenia e 30% leucopenia. A grande maioria das infecções por E. canis foi visualizada em monócitos. Os cães experimentalmente infectados foram monitorados durante a fase aguda da infecção através de exame clínico, hemograma completo, pesquisa da riquétsia e sorologia. Os períodos pré-patente variaram de 11 a 13 dias, os sinais clínicos foram febre, palidez de mucosas, linfadenopatia, secreções óculo-nasal serosa e acentuada perda de peso. A detecção da riquétsia em esfregaços sanguíneos mostrou ser um método de diagnóstico limitado, porém estádios de E. canis foram visualizados no material aspirado da medula óssea. Os resultados demonstram que, apesar da crescente casuística clínica de erliquiose canina em Belo Horizonte, os métodos de diagnostico disponíveis são ainda limitados e que a punção de medula pode ser utilizada para a detecção precoce de E. canis na fase aguda da infecção