Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Angela Maria da Silva Gomes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DVGBM
Resumo: O tráfico de africanos no Atlântico representou não só o traslado de pessoas, mas também de saberes que promovemm o intercâmbio entre culturas e plantas na diáspora. Saberes etnobotânicos e práticas sociais diversas que se manifestam no transcurso da história do Atlântico Negro, seja na fitoterapia, na agroecologia, ou nas expressões de religiosidade de matriz africana, como o camdomblé. Traça-se uma rota cultural, do transatlântico África-Brasil, desses saberes etnobotânicos, do período escravista -até a atualidade, em diferentes territorialidades, desde os terreiros de candomblé, os quilombos até os quintais de vilas e favelas, na Região Metropolitana de Belo Horioznte (RMBH). Busca-se compreender as aproximações da cultura nagô, banto com o Brasil, dentro de Minas Gerais, tendo a etnobotânica como base epistemológica e de contextualização política. Levantam-se significações, sistemas de curas, a botânica litúrgica negra-africana dos saberes das plantas produzidos nos terreiros de candomblé, nos quilombos, e nos quintais urbanos de vilas e favelas. Analisa-se a construção e a sobrevivência dos saberes tradicionais de matriz africana nagô e banto, em tennos do patrimônio ecológico e cultural. A hipótese dessa pesquisa é que, mesmo diante do paradigma moderno, de (des)territorialização dos saberes etnobotâncios negro-africanos, produzidos pelos sujeitos sociais na diáspora africana, haveria processos de territorialização a partir da produção de saberes complexos das plantas, capazes de produzir novas racionalidades, Desenvolve-se uma reflexão sobre as condições de apropriação cultural da ciência moderna, sobre a apropriação econômica dos saberes tradicionais da etnobotânica, as estratégias autogestionárias, em contextos mais amplos de justiça ambiental.
id UFMG_2c8133682be61e8917cba79bf233009d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-8DVGBM
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Heloisa Soares de Moura CostaCassio Eduardo Viana HissaJose Antonio Souza de DeusDalmir FranciscoRafael Sanzio Araújo dos AnjosHeloisa Amelia GrecoAngela Maria da Silva Gomes2019-08-11T21:57:17Z2019-08-11T21:57:17Z2009-08-14http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DVGBMO tráfico de africanos no Atlântico representou não só o traslado de pessoas, mas também de saberes que promovemm o intercâmbio entre culturas e plantas na diáspora. Saberes etnobotânicos e práticas sociais diversas que se manifestam no transcurso da história do Atlântico Negro, seja na fitoterapia, na agroecologia, ou nas expressões de religiosidade de matriz africana, como o camdomblé. Traça-se uma rota cultural, do transatlântico África-Brasil, desses saberes etnobotânicos, do período escravista -até a atualidade, em diferentes territorialidades, desde os terreiros de candomblé, os quilombos até os quintais de vilas e favelas, na Região Metropolitana de Belo Horioznte (RMBH). Busca-se compreender as aproximações da cultura nagô, banto com o Brasil, dentro de Minas Gerais, tendo a etnobotânica como base epistemológica e de contextualização política. Levantam-se significações, sistemas de curas, a botânica litúrgica negra-africana dos saberes das plantas produzidos nos terreiros de candomblé, nos quilombos, e nos quintais urbanos de vilas e favelas. Analisa-se a construção e a sobrevivência dos saberes tradicionais de matriz africana nagô e banto, em tennos do patrimônio ecológico e cultural. A hipótese dessa pesquisa é que, mesmo diante do paradigma moderno, de (des)territorialização dos saberes etnobotâncios negro-africanos, produzidos pelos sujeitos sociais na diáspora africana, haveria processos de territorialização a partir da produção de saberes complexos das plantas, capazes de produzir novas racionalidades, Desenvolve-se uma reflexão sobre as condições de apropriação cultural da ciência moderna, sobre a apropriação econômica dos saberes tradicionais da etnobotânica, as estratégias autogestionárias, em contextos mais amplos de justiça ambiental.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCandombléQuilombosEtnobotânicaquilomboscandombléterritorialidadesetnobotânica negro-africanaAtlântico negroquintaisRotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BHinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_pronta.pdfapplication/pdf8980602https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8DVGBM/1/tese_pronta.pdfdb51d226344e05a6c81d9103a36f2193MD51TEXTtese_pronta.pdf.txttese_pronta.pdf.txtExtracted texttext/plain590914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8DVGBM/2/tese_pronta.pdf.txt9460a456ec0b7eba47c0861b672f31b9MD521843/MPBB-8DVGBM2019-11-14 07:20:11.5oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-8DVGBMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:20:11Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
title Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
spellingShingle Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
Angela Maria da Silva Gomes
quilombos
candomblé
territorialidades
etnobotânica negro-africana
Atlântico negro
quintais
Candomblé
Quilombos
Etnobotânica
title_short Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
title_full Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
title_fullStr Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
title_full_unstemmed Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
title_sort Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, Quilombos, Quintais da Grande BH
author Angela Maria da Silva Gomes
author_facet Angela Maria da Silva Gomes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Heloisa Soares de Moura Costa
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Cassio Eduardo Viana Hissa
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Jose Antonio Souza de Deus
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Dalmir Francisco
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Rafael Sanzio Araújo dos Anjos
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Heloisa Amelia Greco
dc.contributor.author.fl_str_mv Angela Maria da Silva Gomes
contributor_str_mv Heloisa Soares de Moura Costa
Cassio Eduardo Viana Hissa
Jose Antonio Souza de Deus
Dalmir Francisco
Rafael Sanzio Araújo dos Anjos
Heloisa Amelia Greco
dc.subject.por.fl_str_mv quilombos
candomblé
territorialidades
etnobotânica negro-africana
Atlântico negro
quintais
topic quilombos
candomblé
territorialidades
etnobotânica negro-africana
Atlântico negro
quintais
Candomblé
Quilombos
Etnobotânica
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Candomblé
Quilombos
Etnobotânica
description O tráfico de africanos no Atlântico representou não só o traslado de pessoas, mas também de saberes que promovemm o intercâmbio entre culturas e plantas na diáspora. Saberes etnobotânicos e práticas sociais diversas que se manifestam no transcurso da história do Atlântico Negro, seja na fitoterapia, na agroecologia, ou nas expressões de religiosidade de matriz africana, como o camdomblé. Traça-se uma rota cultural, do transatlântico África-Brasil, desses saberes etnobotânicos, do período escravista -até a atualidade, em diferentes territorialidades, desde os terreiros de candomblé, os quilombos até os quintais de vilas e favelas, na Região Metropolitana de Belo Horioznte (RMBH). Busca-se compreender as aproximações da cultura nagô, banto com o Brasil, dentro de Minas Gerais, tendo a etnobotânica como base epistemológica e de contextualização política. Levantam-se significações, sistemas de curas, a botânica litúrgica negra-africana dos saberes das plantas produzidos nos terreiros de candomblé, nos quilombos, e nos quintais urbanos de vilas e favelas. Analisa-se a construção e a sobrevivência dos saberes tradicionais de matriz africana nagô e banto, em tennos do patrimônio ecológico e cultural. A hipótese dessa pesquisa é que, mesmo diante do paradigma moderno, de (des)territorialização dos saberes etnobotâncios negro-africanos, produzidos pelos sujeitos sociais na diáspora africana, haveria processos de territorialização a partir da produção de saberes complexos das plantas, capazes de produzir novas racionalidades, Desenvolve-se uma reflexão sobre as condições de apropriação cultural da ciência moderna, sobre a apropriação econômica dos saberes tradicionais da etnobotânica, as estratégias autogestionárias, em contextos mais amplos de justiça ambiental.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-08-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-11T21:57:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-11T21:57:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DVGBM
url http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DVGBM
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8DVGBM/1/tese_pronta.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8DVGBM/2/tese_pronta.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv db51d226344e05a6c81d9103a36f2193
9460a456ec0b7eba47c0861b672f31b9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797971415711875072