Território e subjetividade: os desafios da cidadania no cotidiano de usuários de serviços de saúde mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98YJM5 |
Resumo: | O Movimento da Reforma Psiquiátrica é responsável, no Brasil, pela reformulação do trabalho no campo da saúde mental. A partir de um novo paradigma de cuidado, tem-se pensado em uma prática que considera o sujeito inserido em um contexto muito mais amplo do que a atenção à saúde oferecida em instituições hospitalares. O trabalho que tem sido desenvolvido pretende abranger a produção da vida desses sujeitos, considerando a singularidade das interações de cada um nos seus diferentes espaços de sociabilidade. O novo paradigma de cuidado, baseado na atenção psicossocial, gerou a necessidade de novos serviços, cuja premissa é justamente a promoção da autonomia dos sujeitos, permitindo, ao mesmo tempo, a complexificação da vida à medida que são estabelecidos os contatos com o território. Entretanto, a simples criação de serviços pelo poder público não implica na imediata superação do modelo manicomial, que ainda se faz presente e gera novas formas de segregação e estigmatização. Dessa forma, conceitos como o de espaço, território e cidade são fundamentais para se repensar as práticas, e são analisados no presente trabalho segundo a ótica de autores que se dedicaram a discutir a questão. As teorias serviram como base para uma pesquisa empírica, realizada junto a usuários de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte. Participaram da pesquisa cinco sujeitos, entre moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos e/ou usuários de Centro de Convivência de uma das regionais do município. Foram realizadas observações participantes do cotidiano desses sujeitos, buscando-se identificar como estabelecem as suas relações com o território e com os serviços que os assistem. A partir dos dados obtidos, foi feita uma analise crítica que traz contribuições para as novas práticas preconizadas pela Reforma Psiquiátrica. |
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Izabel Christina Friche PassosJuarez Pereira FurtadoLucas Herique Braga2019-08-14T21:21:10Z2019-08-14T21:21:10Z2013-05-10http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98YJM5O Movimento da Reforma Psiquiátrica é responsável, no Brasil, pela reformulação do trabalho no campo da saúde mental. A partir de um novo paradigma de cuidado, tem-se pensado em uma prática que considera o sujeito inserido em um contexto muito mais amplo do que a atenção à saúde oferecida em instituições hospitalares. O trabalho que tem sido desenvolvido pretende abranger a produção da vida desses sujeitos, considerando a singularidade das interações de cada um nos seus diferentes espaços de sociabilidade. O novo paradigma de cuidado, baseado na atenção psicossocial, gerou a necessidade de novos serviços, cuja premissa é justamente a promoção da autonomia dos sujeitos, permitindo, ao mesmo tempo, a complexificação da vida à medida que são estabelecidos os contatos com o território. Entretanto, a simples criação de serviços pelo poder público não implica na imediata superação do modelo manicomial, que ainda se faz presente e gera novas formas de segregação e estigmatização. Dessa forma, conceitos como o de espaço, território e cidade são fundamentais para se repensar as práticas, e são analisados no presente trabalho segundo a ótica de autores que se dedicaram a discutir a questão. As teorias serviram como base para uma pesquisa empírica, realizada junto a usuários de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte. Participaram da pesquisa cinco sujeitos, entre moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos e/ou usuários de Centro de Convivência de uma das regionais do município. Foram realizadas observações participantes do cotidiano desses sujeitos, buscando-se identificar como estabelecem as suas relações com o território e com os serviços que os assistem. A partir dos dados obtidos, foi feita uma analise crítica que traz contribuições para as novas práticas preconizadas pela Reforma Psiquiátrica.The Psychiatric Reform Movement is responsible, in Brazil, for the labor reformulation in the mental health field. Whereof this new care paradigm, a practice which consideres the subject inserted in a wider context than the one offered by the health attention in the hospitals has been thought. The work that has been developed intend to encompass these subjects life production, considering each ones uniqueness of the interactions in the different spaces of sociability whereby they move along. The new care modality created the need of an outbreak of new services, whose work premise is exactly the promotion of the subjects autonomy, allowing life, at the same time, to become more complex as the contacts with the territory are established. However, the simple creation of the services by the State doesnt imply the immediate overcome of the psychiatric hospitals model, which still makes itself present and generate new ways of segregation and stigmatization regarding the users of mental health services. Thus, concepts like space, territory and city are crucial to think about this new labor modality, and they are analyzed in this article according the authors who dedicated themselves to think about this question. These theories served as the basis for an empiric research, accomplished with the users of substitute services to the psychiatric hospital, which compose the Belo Horizontes Psychosocial Attention Network. Five subjects, among the Therapeutic Residential Servicess residents and Companionship Centers users of a municipalitys regional, participated in the research. Participating observations of the subjects everyday were achieved, trying to identify how their relationships with the territory and the services which assist them are stablished. Through the acquired data, a critical analysis of the observed points was made, seeking to contribute with the new practices in mental health preconized by the Psychiatric Reform.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSubjetividadeSaúde mentalCidadaniaPsicologiaServiços substitutivosTerritórioSubjetividadeSaúde mentalTerritório e subjetividade: os desafios da cidadania no cotidiano de usuários de serviços de saúde mentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALbraga__lucas.pdfapplication/pdf845082https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98YJM5/1/braga__lucas.pdfdf4b624d932463ba678e06d2e2bacd12MD51TEXTbraga__lucas.pdf.txtbraga__lucas.pdf.txtExtracted texttext/plain133335https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-98YJM5/2/braga__lucas.pdf.txt32d6e3d16a98899d39619018a907689fMD521843/BUOS-98YJM52019-11-14 15:57:44.735oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-98YJM5Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:57:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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