Litotoponímia de origem indígena em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maryelle Joelma Cordeiro
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Maria Cândida Trindade Costa de Seabra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49065
Resumo: O ser humano necessita nomear tudo aquilo que está ao seu redor, necessita traduzir em "palavras" as diferentes características de sua cultura. Quando se trata dos lugares pelos quais passa, o mesmo ocorre. Entretanto, esse tipo de nomeação, ao contrário de outros processos denominativos, não acontece de maneira aleatória. Assim, o estudo da significação e da origem desses nomes, bem como as mudanças que nele possam ter ocorrido, pode revelar os valores e costumes de uma determinada sociedade e destacar aspectos da cultura atual e de outras culturas que possam ter sido sobrepostas com o passar do tempo. A toponímia se dedica ao estudo da origem e dos significados dos nomes próprios de lugares, que podem ser de natureza física (ligada às características do próprio acidente geográfico) ou de natureza antropocultural (aquela relacionada à visão de mundo pelo ser humano). É capaz de revelar aspectos histórico culturais de um determinado grupo social, refletidos no próprio nome, mostrando as ideologias e crenças desse povo, usadas no momento de um ato denominativo. Este trabalho se insere dentro dos estudos de toponímia e trata do estudo linguístico e cultural dos topônimos, os nomes próprios de lugar, de origem mineral – os litotopônimos – de origem indígena em Minas Gerais. Ligada ao Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais – Projeto ATEMIG, coordenado pela Profa. Maria Cândida, nossa pesquisa é uma forma de investigação e descrição da toponímia que tem como eixo norteador o fato de que língua e cultura são entidades inseparáveis. O referencial teórico metodológico se apoia nos modelos toponímicos de Albert Dauzat (1926), Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (1990a, 1990b e 2004) e Maria Cândida Trindade Costa de Seabra (2004), no conceito de região cultural de Manuel Diégues Jr. (1960) e na noção de cultura de Alessandro Duranti (2005).
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