Perfil clínico e evolução de pacientes com infecção relacionado com os dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis no Hospital das Clinicas da UFMG do período de janeiro de 2001 a janeiro de 2017

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Main Author: Alessandra de Souza Maciel
Publication Date: 2018
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFMG
Download full: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B46GZ2
Summary: Houve um expressivo aumento (210%) na incidência de infecções relacionadas com os dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) nos últimos 15 a 20 anos, atingindo a incidência de até 19,9%, segundo dados da literatura. Assim, torna-se fundamental o conhecimento deste quadro, com análise do perfil clínico e da evolução dos pacientes com estes dispositivos, constituindo este o objetivo do trabalho. Métodos: trata-se de estudo retrospectivo, observacional e longitudinal com, 6.406 procedimentos submetidos aos DCEI no período entre janeiro de 2001 e janeiro de 2017, em um único hospital universitário. Foram avaliados os pacientes que apresentaram infecção relacionada aos DCEI sob os aspectos clínico, laboratorial, de tratamento e evolução. Resultados: foram identificados 123 pacientes com infeção de DCEI com média de idade de 60,1 ±19,4% anos, 71 (57,7%) do sexo masculino, com uma média de 1,7 procedimentos. As cardiopatias de base predominantes foram cardiopatia chagásica em 55 pacientes (44,7%) e dilatada por outra etiologia em 24 (19,5%). Os DCEI eram marca-passo VVI em 47 (38,2%) pacientes, DDD em 38 (30,9%), AAI em três (2,4%), cardioversor-desfibrilador implantável em 24 (19,5%) e terapia de ressincronização cardíaca em 11(9,0%). Entre as comorbidades, houve predomínio de hipertensão arterial sistêmica. A mediana do intervalo entre o implante e o diagnóstico de infecção foi de 138,5 dias. O principal agente etiológico foi o estafilococo em 63 (51,2%) pacientes. O ecocardiograma transesofágico foi realizado em 91 (73,9%) dos pacientes. O tempo médio de internação foi de 35,3 dias, sendo feita a remoção total do sistema em 105 (85,4%) pacientes. O antibiótico mais utilizado foi a vancomicina em 91 (73,9%). Setenta e um pacientes apresentaram endocardite bacteriana e 23 apresentaram sepse durante a internação. Outras complicações predominantes foram a piora da função renal em 37 (30,0%) pacientes e quadro de tromboembolismo pulmonar em 27 (21,9%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 19,5% (24 pacientes). Houve associação (teste de qui-quadrado e de Mann-Whitney) entre endocardite e extrusão do gerador (p=0,045) e sepse (p=0,010). Houve, também, associação significante entre morte intra-hospitalar e endocardite (p=0,005) e sepse (p<0,0001). Receberam alta hospitalar 99 pacientes. Durante a média de seguimento clínico foi de 43,8 meses, a taxa de mortalidade foi de 43,0%. Aplicando-se a curva de sobrevida de Kaplan-Meier, não houve associação significante com as variáveis sexo, tipo de dispositivo, agente etiológico, fração de ejeção <0,50, curso de endocardite infecciosa durante a internação e modalidade de tratamento (somente antibioticoterpia, remoção parcial ou total do sistema). Tomando como base prognóstica o quadro de sepse durante a internação, houve 69,5% de mortalidade, com p<0,0001 (teste de Log-rank). A taxa de morte foi de 32,8%, entre os pacientes submetidos ao reimplante de eletrodos por via endocárdica, e de 52,2%, entre aqueles submetidos ao implante por via epicárdica. Conclusões: A taxa de infecção foi de 1,9%, com predomínio em homens e em pacientes com miocardiopatia dilatada. A incidência de endocardite infecciosa foi de 57,7% e de sepse foi de 18,7% durante a internação. Foi feita remoção total do sistema na maioria dos pacientes. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 19,5% e houve associação com endocardite e sepse. Após a alta hospitalar, a taxa de mortalidade anual foi de 11,8%, com influência somente da ocorrência de sepse durante a internação e o implante epicárdico.
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Resultados: foram identificados 123 pacientes com infeção de DCEI com média de idade de 60,1 ±19,4% anos, 71 (57,7%) do sexo masculino, com uma média de 1,7 procedimentos. As cardiopatias de base predominantes foram cardiopatia chagásica em 55 pacientes (44,7%) e dilatada por outra etiologia em 24 (19,5%). Os DCEI eram marca-passo VVI em 47 (38,2%) pacientes, DDD em 38 (30,9%), AAI em três (2,4%), cardioversor-desfibrilador implantável em 24 (19,5%) e terapia de ressincronização cardíaca em 11(9,0%). Entre as comorbidades, houve predomínio de hipertensão arterial sistêmica. A mediana do intervalo entre o implante e o diagnóstico de infecção foi de 138,5 dias. O principal agente etiológico foi o estafilococo em 63 (51,2%) pacientes. O ecocardiograma transesofágico foi realizado em 91 (73,9%) dos pacientes. O tempo médio de internação foi de 35,3 dias, sendo feita a remoção total do sistema em 105 (85,4%) pacientes. O antibiótico mais utilizado foi a vancomicina em 91 (73,9%). Setenta e um pacientes apresentaram endocardite bacteriana e 23 apresentaram sepse durante a internação. Outras complicações predominantes foram a piora da função renal em 37 (30,0%) pacientes e quadro de tromboembolismo pulmonar em 27 (21,9%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 19,5% (24 pacientes). Houve associação (teste de qui-quadrado e de Mann-Whitney) entre endocardite e extrusão do gerador (p=0,045) e sepse (p=0,010). Houve, também, associação significante entre morte intra-hospitalar e endocardite (p=0,005) e sepse (p<0,0001). Receberam alta hospitalar 99 pacientes. Durante a média de seguimento clínico foi de 43,8 meses, a taxa de mortalidade foi de 43,0%. Aplicando-se a curva de sobrevida de Kaplan-Meier, não houve associação significante com as variáveis sexo, tipo de dispositivo, agente etiológico, fração de ejeção <0,50, curso de endocardite infecciosa durante a internação e modalidade de tratamento (somente antibioticoterpia, remoção parcial ou total do sistema). Tomando como base prognóstica o quadro de sepse durante a internação, houve 69,5% de mortalidade, com p<0,0001 (teste de Log-rank). A taxa de morte foi de 32,8%, entre os pacientes submetidos ao reimplante de eletrodos por via endocárdica, e de 52,2%, entre aqueles submetidos ao implante por via epicárdica. Conclusões: A taxa de infecção foi de 1,9%, com predomínio em homens e em pacientes com miocardiopatia dilatada. A incidência de endocardite infecciosa foi de 57,7% e de sepse foi de 18,7% durante a internação. Foi feita remoção total do sistema na maioria dos pacientes. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 19,5% e houve associação com endocardite e sepse. Após a alta hospitalar, a taxa de mortalidade anual foi de 11,8%, com influência somente da ocorrência de sepse durante a internação e o implante epicárdico.Background: There was an expressive increase (210%) in the incidence of infections related to implantable electronic cardiac devices (IECD) in the last 15 to 20 years, reaching an incidence of up to 19.9%, according to literature data. Thus, it is essential knowledge of this condition, with analysis of the clinical profile and the evolution of the patients with these devices, this being the purpose of the work. Methods: This is an observational, longitudinal and retrospective study with 6,406 procedure, undergoing IECD between January 2001 and January 2017 in a single university hospital. Patients who presented infection related to IECD were evaluated under clinical and laboratorial aspects, treatment and outcome. Results: 123 patients with a mean age of 60.1 ± 19.4% were identified, and 71 (57.7%) were males, with an average of 1.7 implant procedures. The predominant cardiopathies were chronic chagasic cardiopathy in 55 patients (44.7%) and dilated by another etiology in 24 (19.5%). IECD were pacemaker VVI mode in 47 (38.2%) patients, DDD mode in 41 (33.3%), AAI mode in three (2.4) implantable cardioverter defibrillator in 24 (19.5%) and cardiac resynchronization therapy in 11 (9.0 %). Among comorbidities, there was a predominance of systemic arterial hypertension. The median interval between the implant and the diagnosis of infection was 138.5 days. The main etiological agent was staphylococcus in 63 (51.2%) patients. Transesophageal echocardiography was performed in 91 (73.9%) patients. The mean time of hospitalization was 35.3 days, and the total removal of the system was done in 105 (85.4%) patients. The most commonly used antibiotic was vancomycin in 91 (73.9%). Seventy-one patients had bacterial endocarditis and 23 had sepsis during hospitalization. Other predominant complications were worsening of renal function in 37 (30.0%) patients and pulmonary thromboembolism in 27 (21.9%). In-hospital mortality was 19.5% (24 patients). There was association (chi-square and Mann-Whitney test) between endocarditis and generator extrusion (p=0.045) and sepsis (p=0.010). There was also a significant association between in-hospital mortality and endocarditis (p = 0.005) and sepsis (p <0.0001). Ninetynine patients were discharged from hospital. During the mean clinical follow-up was 43.8 months, the mortality rate was 43.0%. Kaplan-Meier survival curve showed no significant association with gender, type of device, etiologic agent, ejection fraction <0.50, course of infective endocarditis during hospitalization and treatment modality (only antibiotic therapy, partial or total removal of the system). Based on the prognostic sepsis during their hospital, mortality was 69.5%, p <0.0001 (long-rank test). The mortality rate was 32.8% among patients submitted to endocardial reimplantation of electrodes and 52.2% among those submitted to epicardial implantation with.Conclusions: The infection rate was 1.9%, predominantly in men and in patients with dilated cardiomyopathy. The incidence of infective endocarditis was 57.7% and sepsis was 18.7% during hospitalization. Total system removal was performed in most patients. The in-hospital mortality rate was 19.5% and there was an association with endocarditis and sepsis. After hospital discharge, the annual mortality rate was 11,8%, with influence the occurrence of sepsis during hospitalization and epicardial implantation.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInfecçãoEquipamentos e ProvisõesMedicinaTerapia de Ressincronização CardíacaDispositivo Cardíaco Eletrônico Implantável CardíacoDiagnósticoInfecçãoMortalidadePerfil clínico e evolução de pacientes com infecção relacionado com os dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis no Hospital das Clinicas da UFMG do período de janeiro de 2001 a janeiro de 2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_de_mestrado_alessandra_souza_maciel.pdfapplication/pdf1535782https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B46GZ2/1/tese_de_mestrado_alessandra_souza_maciel.pdf13915ea78e7932bfbfac3982dafcbd98MD51TEXTtese_de_mestrado_alessandra_souza_maciel.pdf.txttese_de_mestrado_alessandra_souza_maciel.pdf.txtExtracted texttext/plain143671https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B46GZ2/2/tese_de_mestrado_alessandra_souza_maciel.pdf.txt8c15d03b448bb945b927ee997e0a9c0cMD521843/BUOS-B46GZ22019-11-14 18:12:17.383oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B46GZ2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:12:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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